terça-feira, 31 de março de 2015

31.03.2015 Rua Doutor Torres Neves

Com tanta coisa legal foi difícil escolher uma foto só
o jeito foi apelar pra uma montagem mesmo ^^
Hoje fui novamente ao meu amado sebo na Rua Torres Neves. Aliás achei um vídeo bem bacana que mostra um pouco desse lugar que se tornou um dos meus paraísos. Fui lá e hoje desembolsei apenas míseros R$: 1.50, valor que apenas inteirei da quantia que acumulei em crédito por conta das trocas. Uma das coisas que mais me impressiona é que aqueles livros de encadernação antiga, (aquelas capas duras bem trabalhadas e folhas amareladas) que são o tipo que mais gosto, são também geralmente os livros mais baratinhos. Peguei um livro do Dostoiévski hoje grande cuja capa parece de madeira, num estado impecável e era só 9 Dilmas! Peguei mais uns outros livros e sai de lá satisfeita. Hoje minha camera teve trabalho. Que gosto dessa tal rua não é novidade, vivo perambulando por lá, mas só hoje estava com os olhos devidamente atentos. A primeira foto eu já queria ter tirado há algum tempo, mas só hoje deu certo. Eu sou louca por essas casas cuja a entrada é direto pela porta. Acho essas portas antigas especialmente lindas, gosto desse aspecto vintage que ainda sobrevive em algumas partes de Jundiaí. A segunda foto é do globo de espelhos que vi no sebo, aliás deram uma arrumada e tem horas que aquilo parece um museu devido as coisas bacanas que ficam expostas. E eu acho bem legal a era disco, por isso não resisti ao globo de espelho, tanto que sou a doida dos filmes do John Travolta, e gosto de Bee Gees. (sonho um dia em dançar loucamente numa festa temática dos anos 80!). A terceira foto é a escada de uma galeria, que estranhamente eu só fui perceber a existência ontem, mas tava sem tempo de entrar. Hoje eu fui dar uma xeretada. Logo de cara o lugar já me chamou a atenção com essa escada coberta por azulejos coloridos no melhor estilo português, há quem ache brega, mas eu particularmente acho legal. Lá dentro vi uma lojinha de artigos artesanais que tinha uma linda bicicleta de cestinha com flores, e a bike era toda revestida com patchwork e rendas de croche, a coisa mais linda! Eu até ia emendar a foto dela aqui, mas saiu tremida :/ numa próxima visita quem sabe consigo um clique melhor. Já saindo da tal galeria algo me fez olhar para cima. E foi ai que vi um varal que imitava um poste de luz com fios, onde os tênis All Star's ficavam pendurados. É claro que eu amei né! Aliás eu mesma estava com meu tipico all star cano alto Amarelinho. Sem falar que uma coisa que eu sempre quis fazer (e fiz) foi jogar um par de all star num fio. Tive que tirar umas fotos, o mais legal é que embaixo, na sola dos tênis há umas luzes, e eu nem cheguei a ver quem foi, mas alguém acendeu quando viu que eu estava tirando foto. Achei o máximo essa ideia dos "tênis luminárias" mas como estava claro a foto não captou bem o efeito legal que dá. Certamente vou tentar fazer algo do tipo quando tiver meu cantinho. Eu não sei se é exagero meu, ou se aonde moro o lugar é sem graça por demais, só sei que toda vez que vou bater perna por Jundiaí acabo me encantando com essas coisinhas. Essa rua em especial por alguns motivos já ganhou minha admiração. Mas andei dando uma olhada numas coisas, e darei uma folguinha a Jundiaí, tem umas cidades aqui por perto que valem a pena desbravar... Se eu consigo achar graça num lugar que visito com frequência, espero também ver coisas interessantes em outros destinos. E a humilde WB350F vai ter que aguentar as novas aventuras rsrs.

30.03.2015 Alorromora

Hoje os livros foram os personagens principais. Primeiro pouco antes das oito da manhã acordei com alguém anunciando uma entrega em casa, certamente era o meu pacote do submarino, meu aguardado livro do Star Wars que conta a história do meu querido Obi-Wan Kenobi. Mas assim que ouvi "entrega!" eu corri por uma roupa decente, no quarto escuro mal tive noção do que tava fazendo. Quando terminei, já na sala prestes a sair, noto que vesti uma calça jeans do lado errado ¬¬' a parte de trás tava pra frente, de um jeito absurdamente hilário. Ri da minha própria maluquice, tive uma crise de riso na verdade e me senti aliviada de ter visto aquilo antes de sair pra fora de casa. Pra minha sorte meu pai já estava recebendo o pacote, e eu pude me recompor. O livro é fantástico, mal vejo a hora de ler. Depois fui ao sebo em Jundiaí trocar uns livros, tinha muita coisa da qual precisava me desfazer e lá fui eu me aventurar mais uma vez com a mochila tão pesada que quase me puxava pro chão. Por lá é sempre uma maravilha... pena que ao entrar o tempo passa de forma tão absurda :/ dá até raiva. Acabei com vários livros separados em mãos, e contava com o que tinha na mochila para trocar sem precisar gastar quase nada. No fim o responsável pela avaliação dos livros estava ausente, mas o senhorzinho gentil que atende lá me disse para deixar os livros que eu levei que eles avaliariam e quando eu retornasse já teriam acertado o valor do meu crédito. Achei uma boa, pelo menos a mochila voltaria menos pesada. Mas quem disse que eu consegui largar os livros que estava segurando? Alguns confesso que escondi para pegar assim que voltar lá e trocar pelos meus créditos, mas outros tive que levar. Um deles foi esse ai, o primeiro livro da série do Harry Potter. Foi engraçado que o senhorzinho me disse: "já deu uma olhada nas prateleiras dos livros mais populares?" e eu nem tinha visto. Por lá vi até exemplares lindos, um box das cronicas de gelo e fogo! Coisas em ótimo estado e com um preço bem mais acessível que as livrarias. Então lembrei do Harry. Procurei por lá e nada. Por fim acabei perguntando e ele de bom grado disse contendo a risada e me passando as coordenadas: "vire de costas" e tchan-rã lá estavam quase todos os livros do Harry Potter. ^^ Peguei o primeiro e na mesma estante já vi coisas que pegarei da próxima vez. Sempre saio de lá satisfeita, só de conversar com o senhorzinho que atende já vale a viagem. De quebra por lá os marca páginas são de graça, e achei um de Nárnia (!) Bem antigo que anunciava ainda o lançamento do primeiro filme e que tem uma imagem da Lucy ^^ Pra voltar pra casa foi meio corrido, eu precisava estar em casa logo, pois tinha marcado hora para tirar as medidas do meu vestido de madrinha, mas como sempre tive sorte de vir rápido o onibus do meu destino. Sentei e abri o livro do Harry, já amei logo de cara, mas logo tive que fechar, pois acabei cedendo meu lugar pra outra pessoa. Eu sabia que era loucura pegar o onibus logo na hora que o povo ta saindo do trampo, mas até então não pensei que estaria no onibus mais lotado que já estive na vida. Por conta desse caos vieram mais risadas. Eu me divertia vendo a reação das pessoas e simpatizei com um homem que também permaneceu bem humorado, com quem até troquei uma palavras, (adoro essas conversas descontraídas com estranhos nesses ambientes meio loucos), rimos um bocado de como as pessoas doidas se encaixavam umas entre as outras fazendo aquilo parecer um jogo de tetris sufocante. Fiquei até meio alarmada que estava chegando ao meu destino e mal tinha como me mexer, não fazia ideia de como ia conseguir sair. Mas felizmente deu tudo certo. Cheguei a tempo e tudo mais. E que alívio poder respirar ar fresco após sair de lá de dentro.
Alorromora:
Abrindo as portas para esse universo mágico ^^

A foto de hoje ia ser outra, mas na correria a foto não ficou como eu queria e achei que essa fazia mais sentido pro dia de hoje. Me lembro bem que quando estava na quinta série a coisa que eu mais amava na escola era a biblioteca. As vezes deixava até de comer pra ficar lá o recreio inteiro. Tinha uma bela quantidade de livros e temas, eu costumava ler coisas sem muito compromisso, como tirinhas do Hagar, Garfield, ou livros como O guia dos curiosos e uns juvenis que eram interativos (que aliás queria muito lembrar qual era o nome de alguns :/) os livros tinham alguns mistérios a serem desvendados e vinha com umas coisas para se descodificar. Ainda assim nesse tempo eu nem posso dizer que gostava de ler, mas foi bem nessa época que Harry Potter estourou, já tinham sido lançados dois filmes. As vezes no recreio pegávamos galhos secos das árvores e os usava imitando varinhas, eu claro era a Hermione e não poderia ser diferente, o cabelo era perfeitamente igual. Tinha um colega que se parecia com o Harry, o Douglas, ele já era super fã na época, aprendi alguns "feitiços" com ele. Mas enfim, quando anunciaram que o livro do Harry estaria disponível na biblioteca da escola eu fiquei ansiosa para ler, queria descobrir as coisas sozinha e não mais por ouvir os outros falarem, morria de curiosidade de conhecer a história melhor, sabia que os filmes nunca mostravam todos os detalhes. Só que ai começou a minha saga. Toda vez que perguntava pelo livro já estava com alguém, e passei o ano inteiro sem ter acesso a ele. No ano seguinte mudei de escola, Os novos colegas de classe não davam a minima pra Harry Potter e eu já não podia contar com uma biblioteca, coisa que aliás me fez perder o pouco de interesse por leitura que eu tinha. Acabei me conformando de ver os filmes e ainda assim já não tinha mais a mesma paixão. Nem cheguei a ver todos, mas quando anunciaram os últimos eu meio que me proibi de ver, queria ler o final no livro primeiro. Irônico pois nem o primeiro livro eu tinha lido. Depois que li a biografia de Esther Grace, (a menina fantástica que inspirou John Green a escrever o livro A culpa é das estrelas) vi a paixão dela pelo bruxinho e fui contagiada, me fez lembrar do quanto eu gostava. Vi também um documentário sobre a autora do livro, "J.K Rowling" e isso me deixou atiçada. No último Ressaca Friends acabei comprando esse colar vira tempo, e quando estava sentada num canto haviam dois doidos vestidos de bruxos com suas varinhas, achei engraçado, (me lembrei da mini Aline em 2003 que usava os galhos como varinhas) decidi que já era hora de eu ler o livro, mesmo depois de tanto tempo. Por mais que digam que foi modinha, e blablabla, eu acho a história bem envolvente e legal. Me pergunto hoje o que será que o Douglas, aquele fanático teria achado dos filmes. Esse livro foi algo que eu queria há mais de 10 anos por isso fiquei boba de feliz quando enfim comecei a ler. Tenho certeza que se tivesse tido a oportunidade de lê-lo naquela época meu amor pela leitura teria se firmado desde cedo. Espero gostar da saga toda e claro que vai demorar a terminar tudo, mas quando terminar farei um corujão Harry Potter e enfim poderei ver o final.

domingo, 29 de março de 2015

29.03.2015 Inocencia

A pequena "Julia" que ao longos dos anos já teve alguns outros nomes. 
Toda vez que paro para reorganizar minhas coisas sempre acho muitas tranqueiras escondidas e fico pensando "por que raios ainda guardo isso?" Claro que desta vez não foi diferente. Separei bastante coisa pra dar embora, outras pra jogar fora, e deixei meus livros mais bem acomodados. Adoro reorganizar os livros, mas nunca acho que eles estão tão bem acomodados quanto merecem.
E nisso numa hora esbarrei com essa bonequinha velhota ai, não queria fazer mais um post nostálgico e falar da infância, mas me deparar com a "Julia" me fez lembrar da época em que a inocência era é uma dádiva e não um problema.

sábado, 28 de março de 2015

28.03.2015 Cidades de papel

Um mundo tão vasto e eu perdida nesse labirinto interno. Eis que finalmente encontrei a saída.
"Deu-se conta de que só tinha uma vida e que queria vivê-la em outro lugar". Citação do livro A ignorância de Milan Kundera. E foi assim que cansei de querer viver para dentro, presa, virando quase uma agorafóbica. Isso acabou me fazendo lembrar do livro Cidades de Papel onde John Green me fez pensar ao comparar espelhos e janelas. Ficamos dependentes dos Espelhos, acostumados a reflexão baseada na própria imagem, acabamos presos ou pelo ego ou pelo desgosto e nada nos acrescenta, só nos distrai. Em quanto as Janelas nos permitem olhar para fora, para o imprevisível, para um mundo repleto de oportunidades. Achei sem querer um blog que falava da mesma ideia e gostei da colocação que li lá que definia assim: "o espelho estreita e as janelas ampliam". Pensando nisso vou deixar de ficar pesando tanto nos meus mimimis e me empenhar em fazer algo pelos outros, com tantas coisas que posso fazer, pra quê me desgastar com as coisas que não me fazem ir a lugar nenhum? Estou com vontade de voltar a executar umas tarefinhas para melhorar o dia das pessoas, uma simples gentileza já faz tanto, e sinto que ando em falta nisso. Uma coisa que sempre me motiva são os sites Hypeness  e Razões para acreditar, sites que me inspiram a fazer a diferença, a abrir janelas.

O mapa ai mostra duas cidades que eu tenho vontade de conhecer, Praga e Viena. Cidades natais de alguns escritores que gosto muito.  

27.03.2015 Embananada

Troco as datas, erros os endereços, esqueço nomes.
Tropeço do nada, esbarro nas coisas e derrubo objetos. Confundo frases. misturo informações. Sou esquecida e desengonçada. Me machuco. Motivo de riso. Maluquinha, desastrada. Atrapalhada até com coisas normais. Sem jeito. Embananada, por isso pago tanto mico: sou sempre a menina estabanada.

sexta-feira, 27 de março de 2015

26.03.2015 Arquivo Morto

Eis a caixa onde eu guardo algumas cartas que recebi ao longo da vida. A maioria são de crianças com quem cresci, brincávamos de trocar cartas como se fosse um amigo secreto. E não sei ao certo porque, mas sempre guardei. Hoje não passa de um arquivo morto. Muitos dos remetentes ai já se tornaram desconhecidos a esta altura. A nostalgia tem esse lado meio irreal, das verdades não absolutas. São palavras fora do prazo de validade, o tempo vai apagando o sentimento do que foi escrito. Gosto as vezes de relembrar certas caligrafias, pois é um fragmento que me sobrou da pessoa. Amo em especial os desenhos meio tortos, as letras ainda inseguras da criançada que trocava cartas lá na antiga rua de casa, ou das minhas primas e amigas da escola. Não tinham frases de efeito, simples, de uma ternura que ainda me comove. Sinto falta de algumas pessoas, sinto falta do que elas eram. Também sinto falta da Aline que eu era. Pois hoje em dia é tão estranho ver as pessoas, as donas dessas caligrafias, e não ter mais nada em comum a não ser uma parte do passado.
Mas algumas cartas são atemporais. Sentimentos que não se extraviaram. E ai já não é mais só um pedaço de papel num arquivo morto, é algo que se manteve vivo.

quinta-feira, 26 de março de 2015

25.03.2015 What's Up?


What's Up - 4 non Blonds (tradução)


Vinte e cinco anos e minha vida está imóvel 
Estou tentando subir aquela grande colina de esperança
Por um destino
Eu percebi logo quando soube que
O mundo era feito para essa
Irmandade dos homens
Seja lá o que isso signifique


E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama
Apenas para tirar tudo que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo um pouco peculiar

E então eu acordo pela manhã e vou lá para fora
E eu inspiro profundamente
E eu fico muito chapada
E grito com toda a força
O que está acontecendo?


[...] 
E eu tento, oh, meu Deus, como eu tento
Eu tento o tempo todo
Nesta instituição
E eu rezo, oh, meu Deus, como eu rezo
Eu rezo todo santo dia
Por uma revolução.





Essa é a primeira música da qual me recordo gostar. Aos três anos de idade quando a ouvia tocar na rádio me lembro que usava minha vassourinha de brinquedo para simular uma guitarra e eu inventava as palavras numa tentativa frustrada de cantar em "inglês". Somente anos mais tarde lá pra 2006 é que fui ver a tradução. E uns três anos depois ao escutar novamente essa música lembrei da letra e era exatamente o que eu estava vivendo, mesmo que ainda estivesse longe dos 25, me identifiquei. Desde então eu meio que evitava essa música, queria já ter terminado de subir a grande colina e descoberto meu destino antes de chegar nos 25 anos,[foi uma espécie de prazo que eu acabei criando] eu acreditava que ao terminar a escola e ser maior de idade eu poderia controlar tudo e que isso seria o começo da minha vida, quando a revolução começaria. Acreditava que aos 25 eu já teria um destino definido, e que essa tal música seria mais uma lembrança e não algo com que eu me identificasse. Agora esbarrei com essa canção de novo. E me identifico com a letra mais do que nunca, curiosamente logo agora que estou tão perto da "idade limite". Dá um desespero ver que tanto tempo passou e que alguns sentimentos e frustrações se mantem tão intactos, ou pior mais intensos, é deprimente. Vejo a vida como uma contagem regressiva, e já perdi números demais sem ter percebido. Quanto mais amadureço, mais insatisfeita fico. Passo a me cobrar mais, só que nem sempre tenho forças, coragem e animo para seguir tudo a risca, torna-se desproporcional e então a decepção aumenta. E é nessas horas que me pergunto "O que está acontecendo?". As vezes espero que algum evento mude tudo, como: mudar de cidade, um trabalho novo, um relacionamento sério, uma religião, cursar faculdade... mas seria mais uma fuga do que destino se for esperar que algo assim resolva tudo. Há muitas peças faltando na minha vida, eu brinquei demais e algumas delas se perderam. Eu preciso aprender a levar as coisas a sério e deixar de ser essa criatura insignificante, não posso mais desperdiçar meu tempo com a desculpa de não saber como usá-lo. É como na música: Eu e mais ninguém da K-sis, que ouvi ontem: "Eu não sei bem o que quero da vida, mas eu já sei o que ela quer de mim". Eu nunca vou saber tudo o que gostaria, assim como não viverei tudo que quero ao mesmo tempo, mas eu preciso parar de pensar no que me falta [distração maldita] e lembrar do pouco que eu tenho para usar isso a meu favor.

terça-feira, 24 de março de 2015

24.03.2015 Cicatrização

Hoje aconteceu um acidente enquanto eu lavava a louça, resultado: um prato quebrado, três dedos cortados, e sangue pra tudo que é lado. Na hora não senti dor, estava ocupada demais sentindo raiva de mim mesma por tamanha desatenção. O polegar ai poderia até ter ido levar uns pontos, mas eu teimosa me recusei a dar trabalho e decidi que vai sarar por si só.
Quando era criança tive uma experiencia parecida... um corte bem fundo no dedo anelar esquerdo. E foi a mesma coisa, nada de ir dar pontos, minha mãe fez as gambiarras dela e eu esperei cicatrizar na raça.
As vezes brinco dizendo que o povo de casa é bem insensível com essas coisas, e que eu e meu irmão sofremos com isso. Por outro lado acho que meus pais acabaram me ensinando a aguentar as coisas sem fazer drama. Mesmo que a lição tenha vindo de forma dolorida.
Sobre não dar os pontos... creio que não é só o dedo que anda com uma ferida aberta. Minha teimosia sobre isso, de negligenciar ajuda, só faz com que o processo seja mais lento. E não é medo da dor, da pele sensível ser submetida a outro processo dolorido... é mais uma auto punição, exige mais atenção da minha parte, aquilo de pensar que eu devo resolver as coisas sozinha. Afinal as cicatrizes virão de qualquer forma. De teimosia a imprudência, eu vou aguentando, até que tudo se feche e volte ao normal :)

segunda-feira, 23 de março de 2015

23.03.2015 Aula de história


Eis a foto do flagrante. Estava filmando umas borboletas (aliás nunca vi tantas num só lugar em toda minha vida, vi mais de 50 borboletas hoje!!!) daí olhei pro outro lado da rua e me deparei com essa cena. Filmei, pois havia o contraste desse lado meio rural, com os carros passando em frente na pista. Tirei umas fotos legais das borboletas, mas já havia colocado uma foto assim a pouco tempo e fotos de borboletas são um dos maiores clichês, Mas vê-las em tamanha quantidade foi lindo. De várias as cores e tamanhos, nem preciso dizer que me senti privilegiada de ver uma coisa tão linda dessas. Só que o melhor ainda estava por vir. Ainda no caminho, um pouco mais adiante vi uma das coisas que mais amo, uma libélula roxa! Mal pude acreditar na minha sorte, ela ficou me rodeando e eu no fim só lembrei da camera quando ela já estava indo embora. Eu AMO libélulas, acho que depois dos besouros, são minhas criaturas preferidas. E acho interessante ter visto logo uma roxa, pois no ano passado tive um sonho muito lindo com libélulas roxas, e o próprio significado delas me agrada. Com isso elas acabaram virando pra mim um simbolo de boa sorte, é difícil ver libélulas nessa cor. Por isso me sinto sortuda sempre que vejo uma. Há várias coisas na minha vida em que libélulas ganharam um significado especial. E espero continuar sendo agraciada pela presença delas por longos anos. Depois disso algumas horas depois e já na correria vi meu professor preferido do colegial. Vi ele de longe e ele nem mesmo tinha como me ver. Mas adorei poder vê-lo, achava que a esta altura ele nem morasse mais aqui, é um homem simples, mas estudado e inteligente, eu as vezes o imaginava morando fora. Ele nem deve imaginar o quanto foi importante na minha vida. Suas aulas de história infelizmente não agradavam a maioria dos alunos, mas a mim sempre cativou. Sua maneira de pensar e principalmente quando fazia diálogos abertos na sala certamente me mudaram. Foi a partir dai que passei a refletir sobre a vida, foi discutindo os problemas de civilizações antigas e sobre o mundo atual que eu comecei a analisar fatos e a construir uma opinião consistente. Foi com ele que desenvolvi interesse por politica e deixei de ser alguém que era conduzido pela mídia. Ele foi o professor que me fez aprender a maior lição de todas: aprender sobre a vida, não só sobre a matéria. Gostaria de um dia poder dizer tudo isso a ele, independente se ele vá se lembrar de mim. Não sei se ele causou o mesmo impacto nos demais alunos, mas quanto a mim a missão foi bem sucedida. Serei eternamente grata a aquele homem por vezes excêntrico, cuja cor de cabelo era inconstante, das camisetas do legião urbana e o nome que rima com gay que gerava piadinhas de mal gosto. Mais do que isso, dele vou carregar as melhores lembranças. De um homem inteligente, que viajava o mundo e compartilhava suas experiências, que não tinha medo de expor suas ideias. Adorava os relatos sobre a Índia e também veio daí meu interesse de desbravar o mundo, de também ter minhas próprias experiências e histórias. Uma pessoa inspiradora. Cuja a coincidência de vê-lo mesmo que por segundos me fez lembrar de tanta coisa, de tudo que sou grata e do tanto que ainda quero realizar. Todo mundo deveria ter a sorte de ter uma pessoa assim na vida. Os verdadeiros heróis estão dentro das salas de aula ganhando um salário ridículo, mas passando sempre algo de valor inestimável: o conhecimento.

domingo, 22 de março de 2015

22.03.2015 Acordei bemol

Como diria Paulo Leminski:

Acordei bemol 
tudo estava sustenido 
sol fazia 
só não fazia sentido.


Gosto desse poema, e hoje ele caí perfeitamente bem. E já que falamos em bemol... As vezes quando fico sozinha me dá vontade de tirar a poeira do violão. O violão velhinho ai foi presente do meu falecido avô, Alaor, pro meu irmão, Rafael, um canhoto que na verdade queria aprender contrabaixo e nem chegou a aprender nenhum instrumento. Fazendo com o que o violão vivesse as escondidas por vários anos. Eu, uma legítima curiosa numa das vezes que fuçava as coisas do meu irmão encontrei ele, e fiz o violão sair literalmente do armário [por isso eu costumava dizer que era um violão gay]. Mas só consegui "a guarda" definitiva quando minha vizinha e eu decidimos aprender. Graças a Camila eu fiz umas aulinhas e aprendi as notinhas básicas e dava para fazer algum barulho. Não cheguei a aprender o quanto deveria, e sai da aula por conta da mudança de horários na escola. Mas ainda assim o violão gay as vezes é meu companheiro. Que preciso de um novo não há dúvidas, creio que tocaria e me empenharia mais com algo de mais qualidade em mãos, mas gosto da origem desse violão estropiado. Meu avô infelizmente faleceu antes que eu viesse a aprender, mas certamente ia ficar feliz em saber que não gastou o dinheiro em vão. Hoje em dia sempre que vou fazer barulho to inventando alguma coisa, faço meus próprios acordes e as vezes invento umas musiquinhas que nem chego a escrever, algo do momento só pra me distrair mesmo. De uns tempos pra cá enfiei na cabeça que quero aprender a tocar bossa nova, blues e dedilhados mais elaborados. Acho mais desafiador e harmonioso, embora até pegar o jeito leva tempo. Uma das minha maiores alegrias foi ter de alguma forma colaborado para que minha prima aprendesse. Lembro que a primeira música que ela tocou foi Iron Man do Black Sabbath, nesse mesmo violão ai, ensinei só o solinho da introdução que era fácil, eu apertava sem dó os dedinhos dela nas cordas, ela muito reclamou, mas valeu a pena. A carinha de realização dela quando conseguiu sozinha não tem preço. Adorei ter participado disso. Depois ensinei também Smoke on the Water do Deep Purple e ela logo foi pegando o jeito. Hoje já com seu segundo violão a danada é que me ensina, aprendeu várias coisas e toca bem, pelo visto vai levar isso pra vida toda. Tá se superando e é bonito de ver o empenho dela. 
Posso ficar meses sem tocar no violão, mas acabo indo matar as saudades alguma hora. Meu professor vivia dizendo que se encontrasse com a gente por ai a primeira coisa que faria era tocar na ponta dos nossos dedos pra sentir os calos e saber se estávamos tocando. Por essas e outras penso que meu dedos precisam voltar a sofrer um pouco.

sábado, 21 de março de 2015

21.03.2015 Dentro do ringue

A foto de hoje veio de algo inesperado... Já é quase um costume o pessoal em casa se reunir para ver lutas, ou de boxe ou de ufc, um tipo de programa de família, sempre na falta de opções melhores do que assistir. Eu particularmente não acho mais graça, gosto de ufc só quando meu querido Roy Nelson luta, fora isso não faço questão de ver, boxe então me obriga a abrir um livro ou me retirar da sala. Mas hoje tive que abrir exceção... quando ouvi que Alfonso Gomes estaria na luta principal. Há 11 anos atrás ele participou de um Reality show de boxe que o Sly, Sr. Stallone apresentava. Eu e meu irmão pirávamos vendo esse reality [um dos melhores que já vi aliás]. Tínhamos nossos preferidos, e Alfonso era o nosso queridinho, depois de na primeira luta já desbancar o até então invicto e favorito dentre os participantes, ele mostrou logo de cara que não estava ali pra brincadeira. De desacreditado, Gomes virou nosso herói. Ele terminou o programa em terceiro, mas suas lutas foram tão boas que ele que ficou eternizado na memória do meu irmão e na minha. Sempre usamos ele como referencia se tratando de luta boa. Desde de então nunca mais acompanhei nada relacionado a boxe e acreditava que ele nem lutasse mais. Por isso veio a minha surpresa ao ver que ele ainda tinha prestígio e achei incrível poder rever ele lutando. Foram 10 rounds e Gomes venceu disparado nos pontos. Gostei de vê-lo, mas notei bem o jeito malandro dele, vi que já não era o mesmo, mas ainda assim achei o máximo.

sexta-feira, 20 de março de 2015

20.03.2015 reprojetando

Estava fuçando na net sobre o #ilustraday, e acabei caindo no blog Quero ser Bookaholic. Amei me deparar com um blog que é cheio de desafios e listinhas, como a das "101 coisas em 1001 dias" e a "52 filmes em 52 semanas". Eu adoro esse tipo de coisa [tanto que a ideia do blog veio de algo assim] lembro que tinha uma cadernetinha roxa e quando era criança escrevia as aventuras que eu ia realizar ao longo da vida, tipo o Adventure's book que aparece no filme UP . Tem coisas que já realizei, pois a maioria eram coisas simples como ir em um evento de anime, ou ir no primeiro carrinho da montanha russa sem gritar. Em 2010 eu cheguei a fazer uma planilha no excel reformulando essa lista e colocando coisas novas. Tomei gosto por ir riscando alguns itens, mas passei a me empenhar pra fazer coisas mais elaboradas, como voar de balão, fazer tattoo e viajar pra SC. Depois em 2013 comecei a fazer os projetos que levariam um ano. Cada ano seria um tema diferente e todo dia eu teria que cumprir uma tarefa, dois anos já se passaram e tenho conseguido até agora. Mas por focar tanto no desafio anual, eu me esqueci da velha listinha lá do excel. Então quando vi aquele blog recheado de ideias bacanas e projetos divertidos eu abri minha lista e fui dar uma conferida. Pra minha tristeza tava terrivelmente desatualizada, mas boa parte das coisas que eu queria fazer já tinham se concretizado. Decidi começar do zero e refazer tudo de novo. Novos projetos e ideias, algo mais difícil que além de ser uma diversão vai ser também um aprendizado em meio as aventuras. Sou tão desordenada que fazer essas listinhas me ajudam a não perder o foco. A lista tá nos 160 itens. Existe um livro que chama Listografia, ele dá temas e você vai listando as coisas que já viveu ou pretende viver. Não sei porque não comprei ainda!

Outra coisa que resolvi aproveitar o embalo e retomar foi dar continuidade nuns desenhos inacabados que estavam guardados. Esse da foto foi feito em 2010 se não me engano e era só uma ideia na verdade. Achei bastante coisa "reaproveitável" no meio de tantos papeis. Uma coisa que virou um projeto meio que sem querer foi essa cadernetinha ai. Não pensei que ia vingar de desenhar nela com frequência, mas a danada já deve estar com 40% das páginas rabiscadas. E quase todo dia escrevo ou desenho algo nela. Pretendo completá-la ainda este ano. Mas nem tudo são as mil maravilhas. Tem vários projetos estacionados, meu projeto "sem arestas" virou o "sem futuro" rsrs A forma como eu queria desenhar me baseando só nas cores e sombras ao invés de traçar o desenho me faziam demorar demais para terminar e nem sempre estava disposta a gastar tempo com isso. Talvez eu devesse ter começado light com o livrinho que comprei "52 desenhos" que tem uma proposta criativa e é algo simples de fazer, vou dar uma chance a ele futuramente. Meu projeto literário este ano é o de ler 20 livros de literatura nacional. Mas to fraca pra ler ultimamente, só li 6 livros até agora :/ e apenas um deles é de literatura nacional. O que me consola é que ano passado foi a mesma coisa, começo do ano quase não li, mas depois deslanchei a ponto de conseguir chegar na quantia que daria em média 3 livros por mês.
Parece maluquice esse negócio de fazer lista pra tanta coisa e se desafiar, mas vale a pena, faz a gente se sentir realizado e estimulado. Meu irmão finalizou cerca de 60 games em um ano, e se gaba disso pois sabe que agora que vai casar não chegará nem perto dessa média [talvez eu possa tentar superá-lo :D até parece, somando tudo não devo ter zerado mais que 10 jogos em toda a vida rsrs :/] Vou me dar por feliz quando acabar 2015 e eu montar meu calendário/álbum de fotos com as fotografias que tiro e posto aqui. Mas até que o ano acabe espero concluir mais umas coisinhas no caminho.

19.03.2015 Vivendo entre parênteses

Estou tomada pela angustia, nenhum dia foi tão difícil escrever aqui como hoje. Seja pelo estado da minha avó, que no momento passa por uma cirurgia séria, seja por outras coisas que sinto que perdi. O meu remédio para dias assim é buscar refúgio dentro de algum livro, mas as vezes o que me espera são doses de algumas verdades tão doloridas que esse tal remédio me faz lembrar o famoso merthiolate de anos atrás. Não bastasse ter sofrido algum corte ou se machucado, o remédio ardia tanto que era sinônimo de tortura, desinfeccionar doía mais que o próprio ferimento. Acho que algumas coisas são assim mesmo, precisam arder enquanto são tratadas, vivemos anestesiados em demasia, ou buscamos meios alternativos para desviar o foco da dor, tudo em vão, como diz John Green "o problema da dor é que ela precisa ser sentida".

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Pensei que nada do que eu lesse hoje ia me fazer me sentir melhor, mas não pensei que poderia me fazer ficar ainda pior. -Efeito Merthiolate.
Peguei um livro da Martha Medeiros pra folhear e caí numa cronica da qual tinha gostado muito quando li a primeira vez, que chama: Uma mulher entre parênteses. Lembro do efeito que me causou na primeira vez que li, é um texto que me marcou e senti vergonha por me identificar de novo, não estou só dentro de parênteses, talvez dentro de chaves e colchetes também. Dei uma olhada em mais algumas páginas e achei respostas que eu nem sabia que estava procurando.
Preciso ligar o foda-se para mim mesma. Não eram os problemas externos ou a situação desfavorável que vinham me transtornando. É que eu carecia de motivos e quando surgiram me agarrei a eles, e não notei de onde tudo começava. Sempre falo sobre liberdade mas nunca consegui fugir das minhas próprias imposições. "Você não pode fazer isso", "você não é boa o suficiente", e olha que acreditava ser uma pessoa positiva, e de fato sou em vários aspectos, mas certamente não estava sendo comigo mesma, não no meu intimo. E não tinha consciência disso, não no nível que precisava ter. Criei certos conceitos que andei levando como regras e verdades absolutas, que mais pareciam pesos presos aos meus pés. Arrastava eles comigo fadada a aceitar que minha "condição" não mudaria, que eu tinha de aprender a conviver com isso. Auto-sabotagem substituiu a auto-piedade. Odiava tanto o papel de vitima que acabei incorporando a vilã, me acusando de não sair do lugar, mas não me dando a chance de correr livremente. Percebo hoje que não sou dona de mim mesma. Não sei de nada na verdade, só acreditei nas coisas por não ter conseguido fazer diferente, mas isso não quer dizer que eu nunca vá conseguir. Sei que demorei demais para aprender isso, me sinto ridícula, aquele tipo de coisa que todo mundo diz e que você nunca vê.

  "Vai mesmo achar um jeito de se sentir mal por si mesma? Mesmo tendo motivos reais e mais significantes pra sofrer?" Foi o que me veio a cabeça quando notei meus olhos marejados ao ser confrontada nas frases grifadas do livro. Parecia egoísmo querer me importar com meus draminhas diante do turbilhão de coisas que tá acontecendo. Mas foi algo necessário e não existe hora certa ou errada para recomeçar. Estou recomeçando mesmo sem estar no meu melhor, mas ainda assim consigo ver que esse pequeno passo é o suficiente para ir mais longe.
Tirei essa foto com a máquina Diana mini,
por tanto é uma foto da foto. O lugar  onde estavam essas
palavras foi destruído, mas o significado delas, parece que
foi descoberto somente hoje.

quarta-feira, 18 de março de 2015

18.03.2015 Espinhos

Ptolomeu, meu cactos tricórnio florido <3
Hoje fui dar uma olhadinha nas plantas e fiquei maravilhada, Jerusa, uma plantinha que ganhei da minha avó, (cujo nome verdadeiro não sei) estava com seu recorde de flores, deu cinco ao mesmo tempo, mas não foi só isso, meus xodós espinhosos também tinham uma surpresa pra mim.
Que eu amo cactos não é nenhuma novidade. Esse ai é o Ptolomeu o meu menor cactos, embora seja o segundo mais velho. Não tem como não amar essa belezinha, várias vezes sou surpreendida com ele dando flores. e sempre amo como se fosse a primeira vez. Falando nisso hoje foi minha estreia, pela primeira vez um dos meus cactos me deu uma espinhada, e foi logo o muso da foto ai. Foi descuido meu, e nem chegou a doer, mas até então eu nunca tinha visto o lado malvado dos meus cactos. Sempre que se fala em espinhos se remete a conhecida frase do livro O pequeno príncipe: "É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou". Eu trocaria as rosas por cactos ( já que acho eles mais simpáticos que as rosas) rsrs, mas ainda assim por mais clichê que a frase seja é algo do qual sempre deveríamos lembrar.

terça-feira, 17 de março de 2015

17.03.2015 Hq's


Meu irmão desde criança lê quadrinhos. O pouco que sei desse universo veio por influência dele. As estantes em casa sempre pareciam pequenas diante da imensidade de quadrinhos que ele ia acumulando ao longo do tempo. Só deu uma maneirada com isso quando passou a ler em formato digital, mas ainda assim tinha em perfeito estado essas histórias em quadrinhos que tanto fizeram parte da vida dele. Uns tempos atrás ele se desfez de algumas doando a amigos que tinham o mesmo interesse em heróis. Sempre notei uma certa indecisão nele na hora de se desfazer, mas quando o fazia era de bom grado, sabia que estavam indo para boas mãos. E agora diante da proximidade da futura vida de casado ele se viu tendo que se desfazer ainda mais do que restou das coleções. Por sorte e com o direito a privilégios por ser irmã vou ficar com algumas. Essa pilha de hq's é o que me foi deixado, pouco diante do que ele ainda tem para despachar, mas ai estão reunidas em maioria os quadrinhos de um dos meus heróis preferidos, Daredevil, o Demolidor. Dá até um aperto no coração ver coisas que levaram anos para serem reunidas tendo que ser assim separadas e deixadas para trás. Vai ser estranho não ter mais a casa com as tipicas estantes cheias de hq's dele. Mas uma hora é preciso virar a página pra desbravar um novo capitulo. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

16.03.2015 Medidas Drásticas


Medidas drásticas precisam ser tomadas para que eu não me sufoque mais.
"Você faz suas escolhas, mas não escolhe as consequências."
E o Tyler Durden, meu dear friend, precisou vir e fazer suas intervenções para colocar as coisas nos eixos. 

domingo, 15 de março de 2015

15.03.2015 Malucos da Estrada

Anel feito pelo maluco Tom que fez pra mim em segundos
na virada de ano em Blumenau-SC

Hoje é um dia cheio de opções pra temas. Faz um ano que me mudei, hoje foi o dia das manifestações e hoje também foi dia de ver uma parte de um trabalho magnifico que me orgulho de ter ajudado a acontecer. Por isso esse último foi o escolhido. Há dois anos atrás num site de curiosidades vi um tipo de anúncio sobre o projeto de filmagem, precisavam de colaboradores para ajudar financeiramente um documentário da vida e a história dos Malucos Da Estrada. (vulgarmente conhecidos como hippies) Na hora eu já sabia que tinha que entrar nessa, por mais doido que possa parecer, eu via nisso a oportunidade de retribuir o que esses malucos representam pra mim. Sou apaixonada pelos artesanatos, e já falei aqui sobre trabalhos manuais, fora que além do talento há a ideologia, invejo a coragem, e tenho enorme admiração por quem escolhe a estrada como lar. E hoje a surpresa, fui notificada por um dos responsáveis que o link estava disponível com uma parte do que virá a ser o documentário. Não esperava algo tão completo e extenso. Vi que a colaboração não só valeu a pena como  me bateu o arrependimento de não ter ajudado mais. Ver o trabalho e a forma como mostraram a realidade dos Malucos da BR me deixou realizada. O menos relevante de tudo é ver meu nome nos créditos em meio aos demais colaboradores, quem sou eu perto de tudo que foi mostrado ali, do estilo de vida e tantas vivencias?  Sempre vi com bons olhos esse pessoal que aprendeu a viver com tão pouco e que tem tanto a ensinar. Já estou ansiosa pelas continuações. Amei a iniciativa e amei poder fazer parte de alguma forma.
Algumas frases em especial me marcaram:

"Cada um nasce com uma força e uma pureza que são perdidas
com as asas ai prontas pra voar, mas lamentavelmente
a sociedade vai tirando pena por pena das asas
ai no fim você vai ficando só com os ossos
que vão só ajudar a carregar peso não a voar"

"As vezes a pessoa é uma pérola e passa a vida inteira ali dentro da concha fechada. E ninguém viu [...] quem não se movimenta não sabem as cadeias que os prendem."



14.03.2015 Não pise na grama

Foto tosca de hoje. Queria registrar as mariposas que rodeavam a luz verde, mas fui interrompida antes de conseguir uma foto que prestasse. (Nem dá pra ver nenhuma mariposa nessa) Mas ao olhar pra placa "não pise na grama" lembrei de uma imagem que vi uma vez, que tinha uma placa semelhante a esta mas que estava escrito "não pise nas pessoas".
Sabe as vezes a gente pensa que tem o direito de desbravar qualquer terreno e ir deixando nossas pegadas, mas nem sempre temos tal direito, andamos distraídos, pisando firme e passamos por cima de tudo. A placa deveria ser a nossa consciência, mas as vezes estamos ocupados demais perambulando por ai para reparar que estamos em território proibido. 

sábado, 14 de março de 2015

13.03.2015* (Im)Possible

Alguns retratos emolduram uma história.


Audrey Hepburn, atriz maravilhosa, diva de filmes onde exibiu elegância, glamour e sofisticação. 
Uma princesa de hollywood. Que preferiu largar os holofotes em prol de causas sociais, virando embaixatriz da unicef.



“Nothing is impossible, the word itself says 'I'm possible'!”


sexta-feira, 13 de março de 2015

12.03.2015 Alquimia

A tarde hoje me dediquei um tempinho a criar "poções mágicas", fiz algumas misturebas para enfeitar minhas garrafinhas de vidro, para usá-las como colar. Adoro explorar e ir testando as coisas, mistura um pouco disso joga um pouco daquilo e ir acompanhando as coisas ganharem cor. Acho que por isso gostava tanto de química na escola, amava ver as coisas se transformando e saber que tinha uma explicação pra tudo. No meio dessa bagunça meu pai disse que se eu tivesse nascido em épocas passadas eu provavelmente seria alquimista. Adoro mexer pedras e vivo fazendo esses experimentos, mesmo sem nexo... mas nunca me considerei uma pessoa mistica. Sou uma pessoa que adora um mistério, gosto de coisas sombrias, uma curiosa que quer sempre descobrir o sentido das coisas, vendo por esse aspecto a comparação até faria sentido. Seria ótimo conseguir um Elixir da longa vida. Me lembro de quando era criança criar experimentos com os insetos que eu achava mortos. Eu fazia umas "poções" e tentava dar um jeito de conseguir conservá-los, mas o objetivo real era descobrir a fórmula mágica para trazê-los de volta a vida. Sim eu era piradinha uma imaginação fértil demais, adorava criar um mundo de fantasia [imagine se eu tivesse o hábito de ler nessa época? Ia ter mais ideias doidas ainda rsrs] Eu sempre tive algum caderninho onde escrevia umas lendas, escrevia usando códigos pra ninguém entender, enterrava as coisas, tinha esconderijos secretos, tudo que eu achava tinha que ter um significado especial, eu colecionava pedras e via essas coisas como se fossem preciosidades. Coisas com as quais não compartilhava com ninguém e por ser um segredo eu acabava levando a sério. Devo ser maluca, mas essa loucura de querer achar o sentido das coisas é algo do qual até gosto, porque torna tudo mais interessante e desafiador. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

11.03.2015 Chuva de verão

É sempre um privilégio poder dedicar um tempo para apreciar a chuva, o barulho e o cheiro, ver as gotas virarem poças no chão, quando dá eu gosto até de sentir as gotas frias tocarem minha pele. Por mais que a chuva tenha o efeito de me alegrar hoje ela veio junto as lágrimas. Mas dizem que chorar lava a alma, e nesse dia foi isso mesmo. A chuva perdeu lugar depois pra um solzinho ardido que espantou as nuvens carregadas, deixando o céu limpo. Tem dias que sou inconstante feito chuva de verão. 

quarta-feira, 11 de março de 2015

10.03.2015 Histórias


A foto não tem ligação alguma com o texto
bati essa foto enquanto caminhava após a chuva.
Comprei hoje o livro "Malala a menina mais corajosa do mundo" e já terminei hoje mesmo. Conta a história da Paquistanesa que mesmo tão novinha já lutou e muito pelo direito aos estudos em seu país onde os Talibãs ditam as regras. Gosto de ler livros de outras culturas e claro um livro sobre Malala não podia faltar. Depois descobri que o que comprei é um "genérico" pois há uma biografia dela intitulada: Eu sou Malala. Que é muito mais completa, e que agora to doida pra ler.

Eu já li dois livros do escritor afegão Khaled Hosseini e no livro "A cidade do Sol" passei a entender melhor os costumes daquele povo, a loucura que é viver com os talibãs e suas restrições, as mulheres são as que mais sofrem, mas naquela região todos de alguma forma são afetados. Acabei achando interessante, não por causa dessa parte violenta, triste e cruel, mas pelo lado belo que ainda cabe nas histórias. No livro sobre Malala de tanto que foi descrita acabei indo pesquisar sobre a região Swat do Paquistão. E fiquei absolutamente besta diante de um lugar tão lindo! Gostei do que vi de Swat, aquele lugar merece estar em seu melhor, ter paz, e não ser terreno de destruição, um dia espero poder ir ver aquele lugar com meus próprios olhos. Essa foi uma leitura daquelas enriquecedoras. Malala por pouco não foi morta por causa de uma coisa: Queria estudar. E lutou por esse direito. Atiraram nela impiedosamente mas felizmente essa guerreira sobreviveu e não se calou, passou a ser ativista social e foi a pessoa mais nova indicada ao premio Nobel da paz. Toda pessoa merece o direito de estudar, só que infelizmente no Paquistão e no Afeganistão não é fácil, é quase impossível. Enquanto aqui negligenciamos nosso direito e vemos isso como fardo. Dá até vergonha de ver o quanto desvalorizamos as coisas. Aliás dá vergonha também ao ver que pessoas como Malala e personagens das histórias de Khaled por mais difícil que fosse sua condição jamais deixaram de amar seu país e cultura. Por isso tratam de manter o orgulho bem vivo, não deixando que o cenário desfavorável junto aos rebeldes difamem seu país e roubem deles o amor que sentem pela sua história. Bem diferente da realidade que vivemos aqui, onde estamos acostumados a desistir das coisas quando parece difícil e difamamos tudo a nossa volta pelo menor motivo, sabemos apontar as falhas e desdenhando as qualidades.
Aqui dá pra ter uma noção melhor sobre os véus

Uma coisa que também acho curioso e bacana são os idiomas Pachto e o Urdu. Parecem ser extremamente complexos, acho a escrita de ambos fascinante. Tem muita coisa daquela região que despertou minha atenção com apenas três livros.
Por lá algumas coisas são sagradas e tradicionais, como as vestimentas das mulheres que tanto causam polêmicas. Sim o uso da Burqa é algo que deveria ser abolido, mas o uso do véu é tolerável, já que cobrir os cabelos faz parte da religião. Diria que esse costume em partes equivale as mulheres crentes daqui que usam saias longas e cabelão. Eu particularmente acho alguns véus lindos o Hijab e o Shayla que são os mais fáceis de usar. Mas é impressionante, embora usem o véu o olhar dessas mulheres é tão marcante que mesmo sem exibir as madeixas elas são lindas. Falando nisso... o nome de Malala foi inspirado no de Malalai de Maiwand considerada a Joana D'arc do Afeganistão. Malalai de Maiwand foi uma moça com cerca de 17 anos prestes a casar que se juntou a seu pai e noivo na guerra de 1880 contra os anglo-indianos que tentavam dominar o lugar. Malalai foi ajudar como enfermeira, e quando seu povo estava em desvantagem e já desanimado, ela tomou o lugar de um dos portas bandeiras que foi morto, correu no campo de batalha tirou o véu que cobria seus cabelos e o usou como bandeira, chamando a atenção de todos quando cantou: "Jovem amor! Se você não perecer na batalha de Maiwand, então, por Deusalguém o está poupando como sinal de vergonha!" 

"Com a gota do sangue de meu namorado
derramada para defender minha pátria mãe
Desenharei um pontinho vermelho sobre a testa
e será tão belo
Que fará inveja às rosas do jardim". 

Essa foi a outra canção que marcou o momento e que foi definitiva recuperando o animo dos guerreiros e resultou na vitória dos afegãos. Malalai lutou mas morreu, porém seu povo saiu vitorioso graças a sua coragem. E agora Malala que teve a chance de sobreviver após um ataque covarde honra seu nome lutando pelo direito das mulheres e crianças, uma heroína que está viva e que já tem feito muito mesmo com tão pouca idade.

segunda-feira, 9 de março de 2015

09.03.2015 Musicando

Hoje é dia de falar de música. Muitas vezes já pensei: "se minha vida fosse um filme a trilha sonora seria..." pois a cada momento parece que existiu uma música tema. Já cheguei até a elaborar a playlist da minha vida rsrs Com músicas que vinham desde a infância até a adolescência [época em que fiz a lista] com os sons que me marcaram.
Fones mais velhos que eu, da década de 80
Na sexta série eu ainda não era tão ligada a música, mas os guris já me chamavam de roqueira. Culpa da cabeleira enorme e do visual, eu usava um coturninho preto all star e camiseta preta sempre que dava, era com o que me sentia melhor. Tive certa sorte de crescer com boas influencias. Por falta de espaço os vinis do meu pai ficavam numa estante do meu quarto, onde meus bichos de pelúcia dividiam seu cantinho com coisas como Pink Floyd, Black Sabbath e Queen. Nasci em 1991 então bem pequeninha já passei a ouvir coisas como Guns e Nirvana, que era o que tocava nas rádios na época. E por mais influências do tipo que tivesse tido, até a sexta série nunca tinha pensado ou escolhido ter esse estilo de música como identidade. Foi só depois de perceber que eu pirava ouvindo Red Hot Chili Peppers que percebi que eu gostava daquilo por mim mesma. E assim foi, tive umas fases meio toscas meio emos, mas nunca saia muito fora do que gostava: Rock. Fui amadurecendo dentro desse estilo, Ac/dc virou minha paixão, Ozzy, Judas Priest, Matanza e até Amon Amarth eu escutava. Acabei virando aquelas pessoas chatas que acham que nada fora desse estilo era música e desdenhava tudo que fosse de gênero diferente, sem nem dar uma chance. Lembro de na época do orkut o Rômulo me dizer: "um dia você vai crescer e vai ver que seu gosto vai mudar". E isso porque ele gostava do mesmo tipo de música que eu. E claro ele estava certo. Ainda gosto de tudo que ouvia nessa época mais "do mau", só que meu gosto mudou mesmo. É engraçado, gostar de coisas tão diferentes como Motorhead e Tom Jobim srsrs Até Bee Gees me agrada! É bizarro. Mas aprendi a parar de me limitar. Não pertenço a uma coisa só. Desde 2013 pra cá comecei a curtir coisas mais leves, e é interessante ver que se fosse elaborar minha trilha sonora ia ser uma coisa bem bagunçada e louca, o que até combina comigo rsrs Fico a imaginar, do que será que vou gostar daqui algum tempo.

domingo, 8 de março de 2015

08.03.2015 Mulherzinha

Os pés parecendo patas de cavalo e o braço muito comprido
x_x daí que falar que desenha é uma mentira.
Dia internacional da mulher, mas não pretendo falar sobre.
Fazia muito muito tempo que eu tinha parado de fazer esses desenhos tipo croqui. Nos meus últimos anos de escola eu só desenhava coisas assim. Época em que eu pensava que estudaria moda. Eu adorava nos tempos livres da aula pegar meu caderno de desenho e passar um tempinho fazendo desenhos de roupas e tal. Fui querer fazer isso depois de anos e eis a desgraça... mal sei fazer o corpo quanto menos elaborar uma peça de roupa marcante, fiz esse em menos de cinco minutos, o mesmo tempo que eu levaria antes para fazer algo mais interessante. Na época que eu desenhava mais eu tinha aquele pensamento atrasado de que há coisas com as quais você nasce, dom, e que não havia como "aprender a desenhar" por exemplo, ou nasce sabendo e vai aprimorando, ou se não a pessoa está condenada a fazer aqueles rabiscos infantis pra sempre. Não demorou até eu ver que estava errada. É como na frase de Shreya que li no livro 365 dias extraordinários: "O trabalho duro desbanca o talento, quando o talento não trabalha duro." Pura verdade. Eu nem talento tinha aliás, só tinha a arrogância e ignorância mesmo. No curso de modelagem [que não é sobre desenho como esse e sim de fazer moldes para costura] minha professora, Rosana, tinha uma espécie de diário artístico, um dia levou para nos mostrar. Lá ela mostrava os croquis precários que fazia antes de estudar desenho de moda, e foi mostrando os desenhos dos exercícios e os progressos. Era de desacreditar na mudança extrema entre os primeiros desenhos e os últimos. Uma evolução inacreditável. Tem coisas que sim podemos aprender do zero. Eu nunca me esforcei pra valer em nada, e se acostumar com resultados medianos é ridículo, é um desperdício de potencial. Já não falo só sobre desenhar, seja no que for, eu quero ter orgulho do meu progresso e quero poder ver alguma evolução. Até agora é como se minha vida fosse o primeiro desenho da minha professora, uma coisa que a primeira vista você olha e pensa: "que porcaria" e nem cria expectativa, pois é algo que necessita de empenho para se lapidar.

sábado, 7 de março de 2015

07.03.2015 (in)diferença

Tentei fazer uma montagem pra imitar o símbolo de (diferente), não tive muito sucesso, mas eis que a ideia era transmitir como esse querer ser "diferente" limita as pessoas. E falo isso porque já fui assim. Acho que as pessoas não deveriam se preocupar tanto em querer ser diferente, seja para chamar a atenção ou por ter aversão ao que costuma ser comum, acho que nesse caminho as pessoas se perdem um pouco. Creio que o mais importante, e melhor que querer ser diferente no visual (o que é contraditório, já que todo mundo quer tanto ser diferente que todos se tornam iguais), melhor que isso mesmo é se empenhar em ser autêntico, não focar só em ser "diferente" mas sim em ser você mesmo, sem precisar provar isso pra ninguém e ser tão radical. Em vez de ser diferente, melhor é fazer a diferença.

sexta-feira, 6 de março de 2015

06.03.2015 Tricô

[Fiquei sem net por mais de uma semana :/ agora vou tentar por os acumulados em dia)
Foi só a temperatura dar uma amenizada pra mim lembrar das agulhas e voltar pro tricô <3
Estou fazendo mais uma boina rsrs já devo ter feito mais de cinco somando todas, mas eu gosto, fazer o que? To no comecinho dessa e peguei uma receitinha diferente, ainda não sei como vai ficar, mas estou in love com esse fio aveludado. Dias menos quentes já são uma delicia com trico então fica melhor. Tá ai uma coisa na qual aprendi na raça. Sempre achei bonitinho ver as mulheres entretidas com as agulhas e linhas. Minha avó Natalina, que já faleceu, era uma mestra nessa arte. As peças que ela fez sempre despertaram minha atenção. Infelizmente não tive o privilégio de aprender com ela, já que eu ainda era criança quando ela se foi, mas quando cresci chegou uma hora que me obriguei a aprender. Comprei o material, e tentei seguir o passo-a-passo dum livro antigo que achei em casa. É um tanto complicado no começo, eu era muito atrapalhada pra manusear duas agulhas e segurar o fio adequadamente, mas com alguma insistência comecei a desenvolver os pontos e aprendi o básico. Me lembro de bem no começo ter aprendido a fazer ponto meia DORMINDO! Eu já tinha lido sobre no livro, mas fazia errado, as imagens não ajudam muito a compreender, ai quando estava sonhando me veio isso, um tipo de tutorial inconsciente rsrs quando acordei fui tentar e deu certo rsrs. Eu amo trabalhos manuais, estou longe de ser boa nisso, mas sou teimosa. Acho tão lindo como antes as mulheres eram prendadas e dominavam tantas e tantas dessas coisas, fazendo as roupas dos próprios filhos, o enxoval, bem coisa de vó rsrs Gostaria que isso não tivesse se perdido, e acho que por isso quis aprender. Quero passar a tradição adiante, herdei a paixão por essas coisas e não pretendo ignorara isso. Seja agulha de tricô, de crochê ou de costura... quero dominar todas elas.

quinta-feira, 5 de março de 2015

05.03.2015 Miopia

A foto ficou bizarra, mas é o que tem pra hoje.
Percebo mais e mais e mais uma vez que o tempo é um dos meus temas preferidos, e de tanto pensar sobre ele o desperdiço, certas coisas não foram feitas para serem pensadas e sim para serem feitas.
As vezes é culpa dessa miopia do pensamento de que o tempo cura e resolve as coisas, é uma ideia capaz de nos cegar. Vejam só cinco anos depois estou parada no tempo, um déjàvu perverso, que me vem por causa da visão distorcida.
Como se eu estivesse amarrada ao tempo, ele corre, tento acompanhar, mas sua velocidade violenta me derruba, e eu tropeço, até que caio. Depois sou arrastada pelo chão e ele continua enquanto eu vou me desmanchando. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

04.03.2015 A manhã

Ontem ganhei da minha cunhada esse livro que é do meu atual escritor queridinho, Sr. Dostoiévski.
Adoro livros antigos, porque tem esse charme a mais das páginas amareladas e envelhecidas e elas tem cheirinho de baunilha.
Na manhã de hoje eu e meu pai passamos um tempinho fazendo testes na internet para passar o tempo, um deles foi o das 16 Personalidades. Eu queria ver se de fato conhecia meu pai como pensava, mas em determinadas respostas vi o quanto sou equívoca nos meus julgamentos. Esse teste as vezes é meio perturbador, pois ali há perguntas das quais não costumamos fazer a nós mesmos. Claro que nenhum teste é 100% preciso, muito menos as nossas conclusões que são baseadas apenas na nossa análise, palpite.
E aqui voltamos ao Sr. Dostoiévski cujo livro foi um dos que mais me surpreendeu nos últimos tempos. Este que terminei é um que havia comprado semana passada. Notas do subsolo fala das coisas mais baixas as quais nos sujeitamos. Sou louca por escritores do século XIX [aliás minha época favorita em vários temas] e me espanto de ler algo numa linguagem tão despreocupada, sagaz e com um humor seco, por vezes debochado, e ao mesmo tempo sério com palavras duras, é como ele mesmo disse num trecho: "...é como se tivessem me arrancado a pele e eu sentisse dor até com o ar." Foi bem isso que senti em determinados momentos, ele é capaz de revelar nossa alma de rir da nossa petulância, o desfecho pra mim foi um dos melhores que já li. Notei que o inicio do livro nada mais é que a continuação do fim. Grifei diversas frases, o livro ficou todo rabiscado. É uma leitura atemporal que vou reler futuramente e me surpreender de novo. Quem diria que um Russo ia me cativar tanto.

terça-feira, 3 de março de 2015

03.03.2015 Freckles



Solzinho maroto passou pela renda da cortina e me deixou com esse efeito "poá" no rosto, que me fez lembrar sardas.

O dia de hoje nem mesmo merece ser mencionado, por isso vou deixar assim meio "cru/malpassado", que é melhor do que me queimar.

segunda-feira, 2 de março de 2015

02.03.2015 Pasmar

Praça da Bandeira - Jundiaí-SP
 Hoje fui encontrar minha prima para colocarmos a conversa em dia e rir um bocado. Gosto da companhia da Noemi, as vezes nossas diferenças geram faíscas e nos deixa meio rabugentas, só que aprendemos a rir uma da outra e na maior parte do tempo focamos nas coisas que temos em comum. Foi uma tarde legal, mesmo que nem tenhamos feito nada demais, e aliás foi esse "nada demais" que tornou o dia bom, improvisamos nosso entretenimento. Não precisamos de esforço para achar graça nas coisas e geralmente nos empolgamos até demais. Como na hora que estávamos andando pela praça da bandeira e vimos um homem já com uns 45 anos segurando uma mochila na mão no meio das árvores parado feito estátua e sem expressão alguma no rosto. Nos divertimos o observando, ficamos ali um bom tempo. Na certa ele devia estar esperando alguém, mas aquele comportamento é bem atípico, conforme o tempo passa a tendência é ficarmos inquietos. Só que ele estava firme. [o jeito dele me lembrou o Edivaldo que tinha o hábito de "pasmar" no filme A Musa Impassível] Ele poderia ter se sentado, poderia se distrair com o celular, olhar as horas no relógio, ou até mesmo ficar na banca de jornal que tinha a sua frente, mas não. Nos quase dez minutos que ficamos olhando ele nem ao menos se mexeu. Dava a impressão de que estava fazendo fotossíntese. Ficamos bolando supostas histórias que justificassem aquele comportamento. Queríamos ver a hora que ele enfim se mexesse, pra desvendar o mistério, mas no ritmo que estava não parecia que ia ser rápido. Acabamos desistindo e então esbarramos com essa árvore linda, ficamos pasmas com o contraste dos raios de Sol. Adoro árvores e essa em especial é um tanto nostálgica, admiro ela desde que eu era pequenininha. Uma pena que a câmera não captou exatamente como estava lindo os feixes de luz que passavam entre os galhos. Depois na hora de levar minha prima embora foi o melhor. Na entrada do terminal de ônibus inventamos um jogo para tornar a despedida mais divertida. Nessa ficamos quase uma hora só de bobeira e morrendo de rir até que tivemos de determinar um tempo pra brincadeira acabar se não ficaríamos ali rindo feito idiotas até anoitecer. Rimos das coisas da mesma forma que alguém possivelmente também ria de nós. Somos todos uma piada.