segunda-feira, 31 de agosto de 2015

31.08.2015 - Desperdício de energia.



-Como foi seu dia?
-Apenas foi.

Quantas vezes o diálogo com minha mãe se iniciava assim. Ela curiosa sobre meu dia e eu na vontade de esquecê-lo. Há pouco mais de um ano atrás era sempre a mesma resposta que eu dava. Não gostava de preocupá-la com meus problemas e preferia me felicitar que o dia tinha chego ao fim. Hoje as coisas felizmente mudaram. Continuo com a mania de dar uma resposta curta e vazia, mas hoje me felicito quando um dia começa. Nos tempos em que eu perdia meu tempo e principalmente minha energia com coisas chulas a vida realmente se mostrava um martírio, isso porque eu não sabia colocar as coisas em seu devido lugar, alimentava aquilo que me importunava e me esquecia do que importava.  
Eu espero realmente que as coisas continuem melhorando. Pra uma pessoa como eu é tão estranho viver em harmonia que até parece irreal.


domingo, 30 de agosto de 2015

30.08.2015 - Por aí

Fui hoje na oficina de lambe-lambe no Sesc. A principio eu não sabia muito bem o que esperar e parecia que ia me decepcionar, mas quando a proposta foi enfim esclarecida eu sabia que tinha mesmo que estar ali. A ideia faz parte de um projeto chamado "por aí" onde nossas professoras colavam lambes com desenhos de perninhas para colorir a cidade, um trabalho muito bacana, elas nos mostraram algumas intervenções urbanas que andaram fazendo em São Paulo e sério me inspiraram MUITO, eu adorei conhecer elas, são pessoas maravilhosas acima de tudo. Elas tem um cantinho chamado Desejos Urbanos onde dá pra ter uma noção das coisas lindas que elas espalham por aí. E elas levaram este tema pra oficina. Era algo completamente diferente do que eu estava esperando. A sala também estava cheia de crianças com suas mães, de adultas que estavam de bobeira tinham só eu e mais três moças que pelo que entendi ao menos uma delas era professora de creche, mas de certa forma eu esperava por isso, afinal fazia parte das oficinas com proposta familiar. Achei divertida e bem simples a ideia de fazermos recortes com papéis coloridos e termos de criar um personagem através dos calçados. Eu fiz algo bem simplório esse all star xadrez de pernas pro ar, minha preocupação mesmo era conseguir fazer algo a tempo rsrs. E sério era humilhante comparado a criatividade que as crianças tinham! Eu fiz questão de colar o meu do lado do lambe de um garotinho... ele teve a ideia brilhante de fazer as perninhas do Sonic. Tinham alguns moldes com os pés tradicionais, mas ainda assim a criançada dava um jeito de inventar e faziam seus próprios desenhos. Duas amiguinhas fizeram uma as pernas do Bob Esponja e a outra do Patrick. Uma guria, que aliás era de uma esperteza notável, fez a sua com tatuagens nas pernas e ficou muito bem elaborado. Eu até ia montar uma câmera fotográfica pra colocar como acessório no meu e no começo tava com a ideia de fazer patinhas de gato com o rabinho a mostra, achei que ia ficar charmoso, mas infelizmente acabei optando pelo mais fácil e eis que no fim as crianças me passaram a perna e uma lição de que as ideias estão ai para serem expostas. Embora tenha sido bem diferente do que pensei que seria foi bem gostoso. Quando estava batendo perna no Sesc, meio perdida procurando o banheiro, descobri uma exposição bem simples num corredor meio escondido. Mas claro a curiosidade bateu forte e fui conferir de perto. Eram Xilogravuras de Rubem Grilo. Eu confesso que não conhecia as obras dele, mas sempre apreciei muito a arte da xilografia embora ainda não tivesse prestigiado em uma exposição. Xilografia é um desenho feito através de revelo em madeira, tipo um carimbo. O artista além de pensar na imagem também tem que saber como usar a madeira para desenvolvê-lo... é incrível! Eu depois que vi um documentário sobre as artes de Hokusai, que era xilogravuras antigas e coloridas japonesas, acabei apreciando ainda mais esse trabalho. E as obras de Rubem Grilo me impressionaram por diversos motivos, mas alguns que quero destacar são: As ideias criativas e simples mas ricas e perfeitamente apresentadas. Gente eu fiquei pasma com a diversidade de ideias e uma criatividade tão marcante! Ele pega objetos tão simples e consegue ir tão longe, as figuras dos óculos eram bem legais, mas essa da cadeira gangorra eu realmente achei excepcional. Outro ponto: A riqueza de detalhes e a precisão dos traços. Muitas obras eram compostas com traços finíssimos! Traços estes que dão sombreamento e profundidade... coisa que desenhado a mão já seria extremamente desafiador, e com a xilografia se torna ainda mais complexo. Na foto a seguir reuni algumas das ilustrações que mais gostei. Mas sério eu amei todas que estavam lá. Achei bem bacana conhecer essas obras e descobrir esse talento nacional.
Rubem Grilo - Objetos Inanimados
E o dia não acabou ai não...

Eu ainda me dei ao luxo, depois de sair do Sesc, de ir "turistar" e tirar umas fotos, e embora estivesse ali pertinho do jardim botânico o cenário escolhido foi outro. Ali na Av. Frederico Ozanan tem uma ponte para pedestres que eu sempre achei linda, eu em geral gosto de pontes sou meio suspeita, mas eu tava com um friquiti de "um dia preciso passar por ali!" Já que nunca tinha atravessado ela. E hoje não deu outra. Eu tirei algumas fotos das árvores ali da pracinha e depois adentrei pela ponte pra finalmente matar a vontade de passar por ali. Na realidade eu gosto muito disso... de ainda ter lugares assim simples da minha cidade natal que eu ainda quero conhecer, de ainda ver algo de belo, de ser turista mesmo quando penso que já conheço de tudo. Eu passei ao menos uns belos quinze minutos ali na ponte. Observando o rio, olhando pra cidade e tirando fotos da ponte que pra mim ela tem sim algo de mágico, tanto que me despertou umas ideias legais. E o dia hoje foi tão gostoso que fica difícil decidir a foto do dia assim rsrs pra completar ainda foi aniversário do meu irmão (que reuniu uma galerinha na casa dele) e também tinha uma Lua maravilhosa e brilhante. Achei até bom eu ter deixado a câmera em casa se não isso aqui ia ficar mais entupido ainda de coisa rsrs


  

sábado, 29 de agosto de 2015

29.08.2015 - Afiando as garras

Dóceis a primeira vista, mas com as garras prontinhas pra deixar marcas.
Encontrei esse filhote arrisco numa rua perto de casa, acabei passando uns cinco minutinhos brincando com essa ferinha. Eu tenho vontade de montar um álbum fotográfico com fotos de gatos que conheço pelas ruas, em flagrantes já que sempre que vejo algum e estou com a câmera e disposição (pra segui-los) tiro fotos desses danados. Nessa manhã mesmo eu estava frustrada pois uma rua antes tentei fotografar um lindo gato preto de olhos amarelos, que por aqui eu ainda não tinha visto, mas minha nada discreta empolgação acabou por afastá-lo. E sabe-se lá quando o verei de novo. Dai dei a sorte de na rua seguinte encontrar essa coisinha agitada ai. Ele brincou com o chaveiro da minha bolsa, com a alça da câmera... esse não tinha nada de tímido. Eu amo essas criaturinhas <3 e espero poder encontrar muitos deles por ai para tirar umas fotos e me divertir um pouquinho. 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

28.08.2015 - recl[AME]

Reclamação pra mim é o oposto de gratidão. Quanto mais grato menos propenso a se incomodar com as falhas. Engraçado que ver os outros reclamando sempre me irritou, mas ironicamente eu era uma reclamona. Como as coisas tem fluído eu passei a ver as coisas com um espírito diferente. E nisso percebi o quanto reclamar me tornava ingrata, injusta, insuportável. Nasceu em mim uma gratidão da qual eu nunca havia desfrutado antes, e diferente do que ocorria ver alguém reclamando hoje não me afeta como antes, não me contamina, mas me dá pena, me dá vontade de querer mudar a situação.

Eu não digo que fui curada do meu jeitão reclamão, mas me desprendi muito disso a partir do momento que me permiti agradecer o que tenho. No trabalho e em casa mesmo eu vejo que isso mudou muito. Em algumas áreas ainda preciso ajustar isso, ainda mais quando se cria expectativas sobre alguém, mas como reclamar não adianta de nada o jeito é se calar se o que se tem pra dizer não tiver nada de construtivo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

27.08.2015 - Ensaio sobre a cegueira

"Se não disseres nada compreenderei melhor".

"Calemo-nos todos, há ocasiões em que as palavras não servem pra nada, quem me dera a mim poder também chorar, dizer tudo com lágrimas, não ter de falar para ser entendida".

"A cegueira também é isso, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança".

"... para poder chegar aonde se quer, tudo depende de onde esteja".


Eis a minha leitura atual. Ensaio sobre a cegueira não se mostrou um livro fácil. Os diálogos perdidos entre a narrativa, os personagens sem nome, e o contexto caótico são uma mistura bastante perturbadora. Confesso que estou demorando mais do que eu gostaria nesse livro, já que não estou lendo com a frequência em que estou habituada. Mas reconheço que foi uma bela indicação. Por sorte não cheguei a ver o filme, que pretendo ver assim que terminar o livro. A realidade caótica volta a me surpreender. Depois de ler Admirável mundo novo e A máquina do tempo creio que não poderia ter deixado de ler Ensaio sobre a cegueira. Acabo por novamente me deparar com um cenário caótico onde as pessoas se condicionam as piores condições, onde elas próprias constroem seu inferno. Eu acabei gostando de leituras do gênero, por mais repugnante que seja em certos momentos, sempre me surpreendo com a capacidade humana de tentar resolver os problemas e acabar por piorá-los. Acho realmente impressionante que por mais fantasioso ou pessimista que seja o cenário a verdade ali exposta consegue ser perturbadora por ser bem próxima da nossa realidade.
Na minha visão cegos também são aqueles que se negam a ver nos livros a oportunidade de desbravar grandes histórias.   

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

26.08.2015 - Tom sobre tom.


Desde que me mudei eu esperava pelo dia em que pudesse presenciar a neblina envolvendo as árvores. Eu sempre gostei de quando o branco das neblinas tomavam as ruas pelas manhãs frias e diversas vezes quis fotografar isso, mas ou o cenário não ajudava ou eu não tinha a câmera em mãos. Amo cenas de filmes em que tem aquele clima meio sombrio de florestas com neblinas. E quando me mudei olhava pra mata daqui esperando pelo grande momento em que eu poderia ver algo parecido com meus próprios olhos. E ai hoje pela manhã fiquei em choque quando olhei pro lado e vi a cena que eu tanto esperei e já nem lembrava. Na foto mostra uma neblina bem sutil entre as árvores mas o morro lá no fundo quase estava encoberto pelo manto branco. Achei a cena maravilhosa, e me senti realizada por conseguir registrar a cena.  

terça-feira, 25 de agosto de 2015

25.08.2015 - Sobre ir no cinema sozinha e voltar acompanhada.

Com muita relutância um dia acabei comprando e lendo O pequeno príncipe. Aquela velha mania de desmerecer tudo que é muito popular. Mas claro que ao ler cai nos encantos desse livro lindo. Daí que quando a notícia de que fariam um filme de animação baseada no livro começou a rolar eu logo fiz cara feia. Não achava que fossem capaz de captar a beleza e simplicidade do livro num filme e fiquei um tanto apreensiva. Ai semana passada enquanto esperava a hora de entrar no trabalho ali na salinha que tem antes da entrada na tv estava passando o trailer do filme que tinha estreado no cinema. Eu já havia visto antes, mas não havia me impactado como me impactou nesse dia. O simples trailer foi capaz de me deixar com um sorriso bobo no rosto e com a sensação gostosa de que o filme tinha sim captado a essência do livro. Daí pronto né. Eu tinha que ir ver o filme, acabou que não saiu como eu pensei, mas mesmo assim resolvi ir. Então numa terça de tarde lá vai a doida no cinema sozinha, cheia das expectativas, com o coração já tomado pela magia da história... na sala de cinema cerca de vinte pessoas, dentre estas, duas senhoras, mais uma moça também sozinha, uns casais e em sua maioria mães e filhos. A menininha que sentou atrás de mim era um doce... os comentários que ela fazia durante o filme me arrancavam sorrisos, eu pensava na sorte daquela mãe de ter uma companheira tão especial, tão pequena e tão sábia mesmo em sua inocência, o que muito combinava com a proposta do filme. Eu de uns tempos pra cá tinha pego raiva de assistir animação, nem gostava mais de assistir. Por isso estar ali era um pouco controverso. Eu a principio achei que o filme realmente seria mais uma decepção. Mas assim que o aviador apareceu eu fui tomada pela história. Eu realmente amei a forma como ele foi representado. Eu só ficava ainda preocupada com a forma como o pequeno príncipe seria representado. Quando ele finalmente apareceu vi que não poderiam ter acertado mais. Eu sou uma bobalhona com coisas fofas rsrsrs foi o pequeno príncipe aparecer que eu já tava toda emocionada, achei tão tocante a forma que foi narrado, ouvir as frases tão conhecidas do livro ganhando vida... realmente achei um trabalho tão bem feito. E a mesma emoção que senti lendo, a mesma sensação gostosa me veio enquanto a história no filme se desenrolava. Eu sei lá, mas talvez se eu tivesse vendo o filme em casa não teria sentido a mesma mágica que foi indo ver no cinema. Diferente da maioria das pessoas eu não vou ao cinema só por ir, só por ser um entretenimento. Eu sou bem seletiva com os filmes, e gosto de ir assistir a temas que vão me fazer sair de lá diferente do que entrei, por isso talvez seja melhor ir sozinha sou meio sistemática com certas coisas. Sei que teve uma cena, em que não acontecia nada demais, se não me engano era na casa do aviador, nessa cena eu reparei que no cenário entrava um raio de luz pela janela da casa e nele haviam uns pontinhos de poeira que brilhavam... um detalhe simples mas que me arrancou lágrimas. Quando eu era criança eu via a mesma cena no quarto do meu irmão, e ficava estasiada quando o raio de luz entrava e transformava o pó em pequenas estrelas, minha imaginação construía todo um mundo mágico a partir dessa imagem. Fui ali presenteada por uma coisa que eu nem lembrava que me fazia tão bem. Ao notar isso no filme e ver que tiveram a sensibilidade de pensar até mesmo nesses mínimos detalhes eu não tive como me conter, eu sorria e chorava ao mesmo tempo, era como se a Aline criança estivesse sentada ali do meu lado apertando a minha mão. Por ter me emocionado tanto com diversos aspectos do filme fica até difícil fazer uma critica mais apurada, pois acabou sendo muito mais significativo pra mim do que eu poderia imaginar. Talvez pras outras pessoas o filme não se mostre muito fiel, não sei, mas eu achei o trabalho que fizeram impecável. Eu fico arrepiada aqui só de lembrar rsrs Eu fui sozinha e voltei acompanhada de vários sentimentos bons que pareciam ter adormecido e que agora despertaram de novo. Espero que esse efeito se mantenha vivo assim como minha criança interior.
Pra foto de hoje escolhi a ilustração que mais gosto do livro, dos Baobás. Eu esqueci a câmera em casa e ai não pude tirar a foto do poster do cinema, mas tudo bem. O que realmente importa foi devidamente registrado.      

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

24.08.2015 - Galhos secos

Eu tenho uma paixão por galhos secos que não sei explicar, e há muito tempo eles me servem como inspiração. Hoje caminhando pela mata aqui perto de casa eu fui recolhendo uns galhos secos que vi caídos no chão e quando dei por mim eles agrupados mais lembravam um tipo de buquê. Ri de mim mesma, pois parecia perfeito pra mim. Quando ouvi uma mulher murmurando algo sobre eu ser estranha, não pude deixar de dar razão a ela. Naturalmente o normal seria alguém colhendo flores. E achei isso interessante, nem tudo são flores mesmo, e nessa ironia acabei achando bonito, achei que representava de certa forma algo sobre mim.  

domingo, 23 de agosto de 2015

23.08.2015 - De coração

Virei a noite fazendo umas coisinhas. Dentre elas estavam uns trabalhinhos pequenos de crochê, como esse coraçãozinho da foto. Eu tenho me dedicado a fazer um projeto que nasceu por acaso. É algo bem experimental e sobre o qual eu nem pretendo explicar muito aqui já que é algo bem visual e pessoal não adianta querer descrever, mas resumidamente é tipo um arquivo dos meus passa-tempos. Fazia um tempo que eu não manejava a agulha de crochê e eu fiquei surpresa de que consegui fazer esse coraçãozinho, uma receitinha nova, de primeira. Eu costumava fazer de outra forma, mas achei que esse, embora leve um pouco mais de tempo fica mais bonitinho, A linha que usei está mesclada assim pois eu a tingi com chá. E isso eu fiz num dia que andei fazendo uns experimentos e acabei gostando muito do resultado. Com a mesma linha fiz umas florzinhas pequenas também e achei que a cor irregular deu um aspecto meio envelhecido e eu amei. Eu tô adorando esse projeto ai pois é algo que tenho feito de coração e que tô fazendo pra mim mesma, o legal é que tenho experimentado muita coisa nova tornando o processo todo divertido e ampliando meus interesses. Como é algo que vou querer guardar de recordação estou fazendo com bastante carinho e isso é uma novidade. Pois eu costumo ser bem relaxada com as coisas que faço pra mim mesma, eu sou perfeccionista quanto tenho que apresentar algo ou pra um trabalho, mas sempre quando fazia algo pra mim mesma era de qualquer jeito, com pressa ou nem mesmo levava a ideia adiante. Desta vez tá sendo bem diferente, e como reuni ideias diversas de coisas que eu nunca nem tinha pensado em associar ta sendo bem legal e significativo. Espero continuar empenhada assim.

sábado, 22 de agosto de 2015

22.08.2015 - Amoras

E ai que voltando do trabalho pra casa pela primeira vez reparo que na rua de casa há um pé de amora. A árvore ainda tá tímida e franzina e por isso talvez eu não havia reparado nessa belezura antes. Ela está dando seus primeiros frutos pelo que pude notar, e claro que euzinha não deixaria de prestigiar essa maravilha. Eu amo frutas, e acho uma delícia poder comer frutas tirando direto da árvore. Me recordo de aos três anos de idade já ser fã dessa frutinha. Só que diferente da maioria das pessoas eu gosto de comer a amora quando está vermelha e não roxa. Quando mais madura as amoras tem um gosto bem docinho, mas a doida aqui prefere ela vermelha quando ainda não foi tomada por toda a sua doçura, eu gosto do sabor mais azedinho. É bom saber que essas pequenas delícias estão tão pertinho de casa, espero que rendam muitos frutos para que eu possa desfrutar hehe. Só fico triste agora pois toda vez que vejo um pé de amora eu me recordo da Maristela :/ um pezinho de amora que plantei na rua, mas que infelizmente arrancaram antes mesmo da coitada crescer. Embora esse tenha sido um episódio desanimador eu ainda plantarei essa arvore, questão de honra! Mas enquanto isso não acontece o jeito é prestigiar essa que encontrei hoje. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

21.08.2015 - Nuvem negra


Uma das coisas que mais me entristecem e mais me revoltam são as queimadas. E embora o clima esteja seco e propício pra que se ocorra incêndios em matas o caso aqui é de um incêndio intencional. De alguém que covardemente quis agredir a natureza. Quando estava indo trabalhar as chamas estavam começando, isso a noite. Quando saí pela manhã as chamas estavam enormes. Era de partir o coração ver tamanha destruição, chamas que se igualavam a altura das árvores e cuja fumaça era sufocante. Fui comer o tradicional pastel de manhã com as meninas e quando voltamos que consegui tirar essa foto. Ai o fogo já havia sido contido, mas a fumaça ainda estava a todo vapor. Eu nem quero me prolongar nesse post, muito embora quando tirei a foto já em minha cabeça criava o discurso metralhando tais atitudes, mas pensar nisso realmente me revolta demais e não quero me prolongar aqui falando de coisas ruins. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

20.01.2015 - Lenha na fogueira

Andar com gente fogo de palha e gente que gosta de por lenha na fogueira é perigoso...
porque quem se queima é você.



Agora aguenta. É voltar a trabalhar pra voltar aos velhos e conhecidos dilemas. O mais difícil nunca é a canseira ou a dificuldade de execução nas tarefas, o convívio com as pessoas é sempre o mais complicado e desta vez não seria diferente. Eu gosto muito do pessoal que entrou na empresa junto comigo, o pessoal mais antigo não é de se misturar então vão se formando grupinhos, e dentro desses grupinhos é que a coisa ferve e as línguas se mostram afiadas. Eu realmente sinto um pouco de nojo disso tudo, mas quando menos se espera você se dá conta de que faz parte daquilo mesmo que indiretamente. Falar mal dos outros é uma das coisas mais contagiosas que existe. Alguém levanta um ponto fazendo uma observação, o outro aproveita a oportunidade de fazer uma piadinha e ai se dá a liberdade e incentivo pra fazer as criticas mais duras... quando você vê a coisa vai se desenrolando até que a pessoa em pauta está sendo massacrada, e isso covardemente, pois são aquele tipo de coisa que as pessoas só se sentem confortáveis de dizer a distancia. Eu pondero o que falo e ainda assim acho que deveria me calar mais. As pessoas adoram usar de má fé, insinuando algo que te instigue a se falar demais pra depois usar suas próprias palavras para te prejudicar. Falam algo mas agem diferente: Famosos fogos de palha. Enquanto alguns sentem prazer é de piorar as situações colocando a lenha na fogueira. É assim que se expõe a insatisfação crônica que faz as reclamações e deboches serem o único tipo de conversa que se ouve. E você muitas vezes se queima apenas por estar perto de quem mexe com fogo. Eu conheço bem esse tipo de armadilha pois eu mesma já cai e já a armei. Um simples comentário maldoso já basta para atiçar as coisas. Mas eu já vi que se deixar levar por isso pode até te tornar "próxima" das pessoas, mas você também se torna só mais um, dando espaço pra que coisas ruins vão te consumindo. Eu detesto o pensamento medíocre de alguns que se satisfazem de fazer algo mal feito e ainda alegam que vão ganhar o salario de qualquer forma. Eu gosto de ver as coisas como compromissos. Afinal eu me comprometi, quando aceitei o trabalho, de fazer o que me foi proposto. Também me sinto recompensada quando me empenho de fazer as coisas bem feitas, independente de salário, mas por olhar e ver que fiz o meu melhor e conseguir ter um certo orgulho do que realizo, uma satisfação pessoal, já que vivo em função de me superar. Mas claro há quem tem a audácia de querer receber mais fazendo de menos. O pior é que esse tipo de pessoa está convencida de ter razão e buscam aliados usando seu veneno pra desmotivar os outros que representam alguma ameaça. Pra não se sentirem rebaixados ao invés buscar de crescer buscam diminuir os outros, afinal, seguem sempre pelo que exige menos esforço. Essas pessoas que tanto se poupam não poupam os outros de suas criticas destrutivas. Ouvi sem querer um rapaz se defender bem sabiamente quando o zoavam, ele disse bem aquilo que eu penso. Por ser muito certinho estavam rindo dele, mas o rapaz rebateu dizendo com firmeza: "eu sei o que quero pra mim." parecia vago (naturalmente outras pessoas pra se defender diria no mínimo pros outros calarem a boca) mas provou com isso que pouco lhe importava o que os outros pensavam e se seu esforço era visto como piada. O objetivo dele se mostrou maior que a falta de perspectiva dos demais. E seguiu afirmando que através da sua dedicação ele alcançaria o lugar onde quer chegar. Isso não fez os outros deixarem de rir, muito pelo contrário, mas o rapaz não se deixou afetar em nada por aqueles que contrariados se achavam no direito de debochar e desmerecer o esforço dele. Pra mim aquilo foi um exemplo vivo da frase: "quem ri por último ri melhor". Uma hora esse rapaz há de rir daqueles que tentaram tirar-lhe a motivação. Eu gostei de ter presenciado aquilo e depois até fui parabenizar a atitude desse rapaz, pois hoje é raro ver isso. Já perdi muito tempo me deixando influenciar por pessoas com a motivação errada. E nessa nova oportunidade prometi a mim mesma que não iria cometer os mesmos erros de antes. Não me importa o que isso vá me custar, se vai me fazer ficar isolada, se vou virar motivo de riso, etc... basta apenas saber e seguir o que eu quero pra mim. 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

19.08.2015 - SESC

Hoje o dia foi corrido. Começou dando tudo errado, esquecendo as coisas em casa e pegando o ônibus que ia na direção contrária. Embora tive meus contra tempos ao menos eles não comprometeram a missão do dia: finalmente fazer minha credencial plena do Sesc. Eu realmente me apaixonei pelo Sesc assim que pisei os pés lá. O lugar é recheado de atrações interessantes de diversos temas, ali além de lazer há muita coisa para se explorar, amo lugares que incentivam a cultura. Desde que foi inaugurado meses atrás eu venho pirando com as programações bacanas que a unidade do Sesc de Jundiaí vem oferecendo, mas até então nunca dava certo de eu participar de algo. (como ocorreu mês passado que as inscrições tinham acabado bem quando fui me inscrever pras aulas de terrários :/) Uma das coisas que eu realmente amei no meu trabalho é o incentivo aos estudos e a cultura, e por ser de um setor relacionado a área de comércio, obtive o benefício de poder ter a credencial plena e desfrutar das diversas atrações que o Sesc oferece com descontos. Eu claro aproveitei a viagem pra além de fazer minha credencial também já garantir minha vaga numa oficina de "Lambe-Lambe" que é um tipo de arte que eu sou absurdamente apaixonada e até faço do meu jeito improvisado, amo intervenções urbanas. Também estou louca pra participar de uma oficina de Graffiti, e na parte de esportes o mini golf e arco e flecha muito me chamaram a atenção... parece que eles advinham tudo aquilo que tenho interesse! Quero muito ficar ligada pra participar das próximas turmas de fotografia, artesanatos e de coisas relacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade. Enquanto estava na sala de tecnologia e artes, fazendo minha inscrição, por muita coincidência encontrei por lá minha prima Débora e ela estava saindo das aulas de Nanquim. Tive a sorte de conhecer a professora de artes e alguns trabalhos que foram desenvolvidos em diversas aulas, os instrumentos musicais feitos de materiais recicláveis eu achei muito bacana e me arrependi de não ter participado.
A professora, que aliás é minha xará, é extremamente atenciosa, simples, divertida e criativa (e tem o bônus de um voto de confiança pois usava all star vermelho). Me convidou pessoalmente pra participar da próxima aula na quarta que vem, e se tudo correr bem pretendo ir. Foi bacana encontrar a Débora lá, passamos na comedoria junto com umas amigas dela e de quebra consegui uma carona pra casa, aliás foi a carona mais louca que já peguei no sentido musical rsrs.
Eu sei que em São Paulo há inúmeros locais que disponibilizam esse tipo de conteúdo bacana. Mas a caipirona do interior aqui não sabia disso. Eu infelizmente cresci sem ter ideia das coisas que poderia aprender ou me identificar, por pura falta de informação e não de interesse. Mesmo tão perto eu não desfrutava. Mas agora acordei e tento aproveitar tudo aquilo que pode me agregar e é acessível. Acho louvável todo o investimento que é feito em prol da cultura e lazer. É lindo (e o minimo que se espera de um governo) poder dar essa chance as pessoas, o acesso ao conhecimento, criar pontos de entretenimento saudável, acesso a cultura e a diversidade de ideias. Tem mais é que divulgar, que incentivar e investir em coisas assim, isso sim faz a diferença na vida das pessoas. Espero que muita coisa boa venha por ai e que essa iniciativa de trazer cultura se expanda cada vez mais.  

terça-feira, 18 de agosto de 2015

18.08.2015 - Integral

Sempre que tiro uma foto extremamente ruim acabo apelando pra uma edição tosca. A foto nada mais era que eu segurando um pacote de Nesfit. Não sou do tipo que curte ostentar comida, mas enquanto muitos falam da famosa bolacha Oreo eu realmente troco ela fácil por uma nesfit integral de aveia e mel. A maioria das pessoas comem coisas integrais por conta de emagrecer, os próprios produtos sugerem isso, eu embora precise é engordar amo alimentos assim e como porque gosto mesmo. Gosto de granola, aveia, linhaça, barrinhas de cereal, pão e arroz integral, verduras e legumes... são alimentos cujo o sabor nem sempre é dos mais apreciados e que muitos comem por obrigação, mas comigo é diferente, eu amo essas coisas e quando posso troco o tradicional por elas. Uma das coisas em que eu pretendo investir é numa alimentação mais saudável. Quero muito diminuir drasticamente frituras e aquelas tipicas comidas fáceis e nada saudáveis, o ideal mesmo seria ter uma hortinha em casa pra colher as verduras fresquinhas, mas enquanto isso não rola o jeito é se virar. Eu sempre fui relaxada no que se trata de alimentação, por ser magra nunca fui de policiar sobre o que comia, até que querendo ganhar uns quilinhos fui a uma nutricionista e ela me passou uma lista de coisas que eu deveria consumir e foi ai que dei uma chance a alguns alimentos integrais, que até então eu via com maus olhos, mas depois acabei gostando muito. Acabei relaxando quando fiquei em casa e deixei de ter horários pra comer. Bem sei que o mais saudável é logo o que se dá mais trabalho de preparar e isso dá uma certa desmotivação (ainda mais pra uma pessoa como eu que é um desastre na cozinha), mas vale a pena. Eu era uma sedentária preguiçosa acima de tudo, e comer mal e pouco agravava a situação, virando um ciclo vicioso. Agora no trabalho que me exercito como se estivesse numa academia (fazendo minhas pernas e braços ficarem torneados como nunca estiveram antes) eu percebi que preciso ter um cuidado maior, não dá mais pra ficar pulando refeições e comendo só porcaria, até porque eu posso sumir se não comer direito. Ai você me fala "ah mas você vem falar disso logo quando coloca uma foto com um pacote de bolacha?" Sei que é irônico, mas isso ai é uma alternativa pra não ficar intervalos muitos longos sem comer nada. (o ideal é comer de três em três horas e em certos momentos opto pela minha nesfit com iogurte) e são nessas pequenas refeições que recorremos mais facilmente as coisas menos saudáveis como salgadinhos e refrigerante, que não trazem nenhum beneficio e só enganam a fome. Eu vou retomar com a reeducação alimentar e vou abrir mão da minha aversão por cozinhar em prol de ter uma vida mais saudável. E não preciso estar doente pra me preocupar com isso, pessoalmente eu me sinto mais disposta quando consumo alimentos que são mais saudáveis, meu corpo responde muito melhor e no futuro sei que isso pode fazer muita diferença. Qualidade de vida começa com mudança de pesamento e de atitude. Por tanto vou passar a me disciplinar bem mais e focar naquilo que me faz bem.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

17.08.2015 - bloco de notas

Um novo hábito que pretendo seguir pondo em prática é o de fazer anotações durante as leituras, seja para guardar uma citação ou anotar um pensamento recorrente, já que costumo refletir durante algumas leituras, onde faço umas breves pausas pra absolver o que li. Grifava apenas a frase no livro pra marcar a referência, isso parecia bastar. Ai ocorria de eu voltar para a frase grifada e não recordar os pontos em que a frase me fez chegar, pois interrompia meus pensamentos pra seguir com o livro e ai muito se perdia. Embora a frase grifada em si sustente seu significado, passei a querer marcar também a minha interpretação sobre. Porque posso ler uma mesma frase e entendê-la de formas distintas. É legal registrar como me identifico e sobre o que se desencadeia em mim através disso. O bloquinho de notas é minusculo. Estava perdido numa gaveta há tempos sem uso. Principalmente quando leio algo de filosofia me dá essa necessidade de registrar o efeito das frases em mim. Só acho que em breve terei de trocar esse bloquinho pequeno por um caderninho rsrs mas por enquanto esse ai tem sido bem eficiente.

domingo, 16 de agosto de 2015

16.08.2015 - Que a força esteja comigo.

Foto de hoje estava horrível, foi tirada as presas antes de ir pro trabalho, então dei uma zoada na foto pra deixar o aspecto menos pior. A intenção era mostrar a mochila, mochila esta que me acompanha nas andanças por aí. Eu realmente me sinto melhor usando mochilas do que bolsas, acho mais confortável, espaçosa e prática. Dentro Não muito diferente do habitual eu carrego as tipicas tranqueiras, costumo chamar de "kit sobrevivência" que é composto por uma sombrinha, blusa, uma toca ou chapéu, garrafinha com água, bloco de notas, caneta, máquina fotográfica e um livro (ou vários, ou hq's). Não necessariamente levo o "kit" completo, mas sempre que possível tento carregar tudo. Eu opto mais por usar mochilas também pra diminuir a quantidade de sacolas plásticas quando vou fazer umas comprinhas, acho bem mais fácil jogar tudo na mochila do que ficar carregando as coisas nas mãos e acumulando sacolas. As vezes a mochila fica gordinha de tanto peso e acumulo, e ai a força tem de estar comigo pra conseguir carregar tudo nas costas rsrs. Ultimamente é até raro me ver sair de casa sem essa mochila junto. Minha companheira é bem simples e eu amo a estampa do Star Wars dela, mas sei que logo ela vai acabar não aguentando tanta coisa que forço ela a carregar, então quis fotografá-la enquanto ainda está em uso, pois certamente vai ser difícil achar uma substituta a altura.   

sábado, 15 de agosto de 2015

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

14.08.2015 - Sinal de vida

É com muito orgulho que exibo essa foto do dia. Sei que não é das mais bonitas e se trata de mais um cactos, mas a história por detrás disso me felicita. Há algumas semanas atrás fiz a limpa arrancando umas daninhas de um canteiro que tem no fim da rua de casa. E falei disso aqui até. O que eu não disse foi que enquanto ajeitava para deixar o lugar com um aspecto melhor eu encontrei um pedaço judiado do que era um belo cactos. A principio não associei e achei estranho ver um pedaço de cactos jogado num canto sendo que este era plantado em outro lugar da rua. Fui verificar e eis que haviam mutilado e arrancado o cactos de seu cantinho, cantinho este que o cactos habitava antes mesmo de eu me mudar. Era de um tamanho grande e seus espinhos tinham cerca de dois a três centímetros. Concluí que fizeram este mal a planta por conta das crianças quem andam por aqui, os espinhos representariam um perigo aos pequenos. É justificável mas fiquei bem triste de ver o cactos despedaçado e seu espaço no canteiro vazio. Buscando por algum outro vestígio da planta achei perdido pelo asfalto outro pedaço bem pequeno do cactos. Acabei levando os dois únicos pedaços que achei pra casa. E este foi meu primeiro resgate de planta, eles mereciam um lar e uma chance, e assim viraram minhas plantas adotivas. Cortei a pontinha deles e os coloquei na terra. Não sabia há quanto tempo estavam ali perdidos e não tinha noção alguma das chances desses dois sobreviverem, nem mesmo espinhos tinham mais. Ainda assim coloquei nome nos dois, como é de costume entre minhas plantas. "Domênico e Durvalino" ambos plantadinhos num mesmo vaso pequeno. (o da foto é o pedaço maior, Domênico. Deixei o Durvalino de fora por ainda estar muito machucadinho). Todo santo dia eu passava um tempo cuidando, conversando e buscando algo que me desse esperanças. Eu realmente queria que pudessem sobreviver, mas não havia certezas. Virou um ritual diário eu lhes pedir um sinal de vida. Observava seus espinhos e tinha a impressão de vê-los começando timidamente crescer, mas não sabia se era minha imaginação. Então a dúvida era minha única certeza. Até que hoje quando fui dar uma olhada nos dois, esperançosa mas sem expectativas, notei que enfim eles me responderam. Lá estava acima deles uma florzinha a brotar. Achei curioso que mesmo os dois cactos sendo separados ambos deram a flor ao mesmo tempo. O sinal de vida finalmente se mostrou e que bela forma de se mostrar. Eu nem sei dizer a alegria que foi quando me dei conta de que tinha salvo a planta. Espero que tanto Durvalino quanto Domênico se recuperem logo. Acho muito gostoso mexer com plantas e pretendo aprender direito a lhe dar com elas e a dominar os cuidados, fazer um curso de jardinagem pra pegar o jeito mesmo. Meu amor pelas plantas só tem aumentado cada vez mais <3

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

13.08.2015 Rachadura

É tanta pessoa seca, que uma hora algo se rompe, a alma se resseca mostrando-se áspera. E mesmo se escondendo atrás de uma camada bem superficial de cor vibrante... Descasca mostrando seu lado cinza.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

12.08.2015 - Banco da praça

Foto de hoje nada mais é que do banco onde fico lendo até minha carona pro trabalho chegar. Acho que o lugar em si não tem atrativo algum pra virar uma foto, mas quis registrar o lugar onde fico nos meus últimos minutos de liberdade. O que acho legal é que um poste dá a claridade exatamente acima deste banco, sendo o cantinho perfeito pra uma leitura a noite.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

11.08.2015 Fora de estação

De quantas primaveras uma vida precisa pra florescer?


Hoje no trabalho durante a ceia uma mulher levantou uma questão sobre a qual também vivo refletindo. Sobre se sentir velha e antiquada para realizar certas coisas. Nunca concordei que a vida começa aos quarenta, na verdade pra muitos ela parece é acabar com essa idade. Como no caso dessa colega com seus trinta e nove anos que já se considera velha para realizar seu sonho de estudar enfermagem e trabalhar no que gosta. Se lamentava por tudo o que poderia ter feito antes para que seu futuro fosse diferente. Mesmo eu sendo mais nova, com meus vinte e três anos, eu a compreendi, pois tenho a mesma sensação de desperdício de tempo, arrependimentos, e a mesma sensação de que já passei do tempo pra certas coisas. Queria já estar formada, e há tantas coisas que se eu pudesse voltar atrás faria diferente, que teria começado antes ou outras deixado de fazer. Ouvindo ela falar percebi algo: antecipando nosso fim nunca veremos a vida começar. Não importa se foram precisos cinquenta anos até a pessoa perceber o que quer... se ela tem a possibilidade de alcançar algo não é a idade que deve impedi-la da concretização, a idade é só um número. Nosso prazo de validade é indefinido já que podemos morrer hoje mesmo ou daqui a décadas. Então porque nos datamos? Só porque no passado não fizemos as coisas direito isso não significa que todas as chances se perderam. Ou que não dá mais tempo. Enquanto eu a ouvia se lamentar dentro de mim pensava que apesar da idade ela ainda poderia conquistar muitas coisas e quando disse isso percebi que o mesmo valia pra mim. Não é porque envelhecemos que não merecemos ter sonhos mais profundos ou que não estamos capacitados para realizá-los. A vida acaba quando desistimos de sonhar e não só quando morremos, quando deixamos sonhos virarem frustração e arrependimento. Eu já falei aqui uma vez que algumas coisas tem que dar errado para que outras deem certo e que tudo tem seu tempo. A nossa mentalidade muda e as vezes no passado não estaríamos tão preparados para encarar certas coisas como se está com o passar da idade. É preciso parar com essa mania de ver a idade tão negativamente como um fardo, desperdício, e passar a usá-la como vantagem, afinal a idade nos permite ter maior consciência das coisas, deveria nos permitir ser mais seguros e não o contrário. Pra mim mesmo... de nada adiantaria ter lá meus dezessete anos de volta se voltasse com a mesma cabecinha de vento. Não dá pra prever certas consequências, até porque o que queríamos no passado nem sempre bate com o que vamos querer no futuro, que é quando as consequências chegam.

Há uma música da Sandy (ressalto antes que nunca gostei dela quando fazia dupla com o Júnior e não sou fã do estilo musical da voz dela) chamada Aquela dos 30 que ela lançou nessa fase mais madura da carreira que achei legal, aliás que me surpreendeu. Os trechos da música falam justamente sobre o dilema que inspirou o post de hoje.
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"E aumentou em mim a pressa
De ser tudo o que eu queria
E ter mais tempo pra me exercer"
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"Tempo falta
E me faz tanta falta
Preciso de um tempo maior
Que a vida que eu não tenho toda pela frente

E do tamanho do que a alma sente"

É triste admitir que passaram-se anos e que eles não foram aproveitados, certas coisas são inevitáveis e o o tempo perdido é irreversível, mas se o tempo ainda não acabou o jeito é aprender a usá-lo devidamente e não esperar mais pela próxima estação, já que podemos florir no nosso próprio tempo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

10.09.2015 - Sem filtros

Essa é uma das poucas fotos em que não mexi nas cores, está exatamente como tirei. Tirei a mesma foto duas vezes, quando vi que essa estava sem foco tirei outra com mais nitidez, mas quando fui olhar acabei gostando mais dessa embaçada rsrs.
Como é delicioso poder ver o amanhecer. Eu devo levar o dobro ou o triplo do tempo pra chegar em casa só porque fico parando pra tirar foto no caminho. Quando saio a Lua ainda está brilhando e o céu escuro, e conforme vou me aproximando de casa o céu vai mudando seu curso e se transformando, acho impossível não me maravilhar com isso. As coisas que mais me inspiram e mais me trazem paz são a natureza, como as árvores e alguns insetos, mas o que mais me impacta mesmo é o céu... pra mim ele é uma fonte inesgotável de beleza. Amo as mudanças que ocorrem, seja a troca de expediente do Sol pela Lua, onde o amanhecer e o pôr-do-Sol dão ao céu mais intensidade com seus tons em degradê. As formas das nuvens que as vezes parecem pinceladas e em outras algodão doce. As diversas fases de cores, desde de o azul escuro pontilhado pelas estrelas, ou o azul claro intenso do dia com machas brancas, ou de um azul infinito. Os dias nublados em seus tons de cinzas e com as nuvens pesadas e apressadas, algumas vezes surpreendendo com uns raios de luz e com o arco-íris... ou com nuvens piscando com os raios. Eu realmente não sei descrever tamanha beleza. Eu poderia passar o dia todo admirando o céu. Sou muito grata por poder prestigiar certos momentos. Vejo que tem tanta gente que passa indiferente diante dessas coisas e realmente não entendo... me sinto privilegiada por não ser assim. Meu dia já começa bem quando olhando pro céu sou preenchida por uma sensação gostosa de paz e esqueço dos problemas. São momentos assim que sem esforço, com algo tão simples percebo o quanto sou sortuda, que a felicidade muitas vezes está simplesmente em saber não só olhar, mas de captar as coisas.

domingo, 9 de agosto de 2015

09.08.2015 - 3º Turno

E eis que alguns anos depois volto eu ao meu horário de trabalho preferido. Eu já havia me desacostumado com o silêncio das ruas, mas agora  me volta a velha nostalgia... os ônibus quase vazios, as ruas desertas, muitas vezes é sinistro em outras trás tranquilidade... Sair na escuridão e voltar quando o dia começa a ganhar cor pela manhã. Hoje foi o primeiro dia dessa nova jornada, e eu estou gostando. É sempre estranho o começo, espero me adaptar o quanto antes mas sem perder a sensação gostosa da novidade.  

sábado, 8 de agosto de 2015

08.08.2015 Dormindo fora

Essas duas figuras já passaram antes por aqui e hoje não tinha como ser diferente. Fui dormir na casa do meu irmão e claro que essas duas me arrancaram sorrisos. Brincamos e tive a roupa tomada pelos pelos delas. Fui pra dentro e de repente quando olho pela janela vejo isso. Não tem como não amar essas duas coisinhas. A Violeta, coitada, virou vitima dos meus cafunés, já que não tenho gato em casa acabo descontando nela a falta que sinto de ter meu próprio felino domestico. A Lara mesmo eu até chamo de unicórnio. Eu que já há algum tempo não era apegada a cachorros não tive como escapar e não me derreter por essa golden lindona toda amorosa. Quando eu tiver meu próprio cantinho, diferente do que dizia antes, não terei um zilhão de bichos. Que quero ter gato, uma iguana e quem sabe um husky é certo, e enquanto não rola aproveito a companhia dessas duas ai, que sempre que vou visitar da vontade de roubar e trazer pra casa. 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

07.08.2015 - Deu zebra

Já acho melhor avisar que a partir de agora as fotos tendem a ficar menos elaboradas. Essa mesmo foi só pra não passar em branco. Isso ai é uma sacola de zebra e eu tirei a foto quando já estava deitada prestes a pegar no sono rsrs é vergonhoso, mas durante o dia não tive tempo de fotografar e cansada depois não tive animo nem criatividade. Já passamos da metade do ano e até aqui o desafio seguiu firme. Mas eu sabia que ia chegar um momento em que a vontade de largar tudo ia bater forte, quando o desafio aqui se mostrasse mais como obrigação do que diversão. Nem tudo é só diversão. Um dos meus maiores defeitos é a falta de comprometimento, falta esta até mesmo com as coisas que faço pra mim mesma. É ridículo desistir de algo que eu mesma propus. E tantas e tantas vezes já fiz isso que nem mesmo me sentia culpada mais, acreditava que era melhor abandonar do que fazer mal feito. Sim, fazer as coisas mal feitas tá longe de ser aceitável, mas francamente, há coisas em que essa de "não está saindo como eu imaginava" (ou seja: que está uma merda) vira desculpa. Ao invés de desistir é ai que tenho que fazer as coisas mesmo. Tá mal feito? vai lá e faz de novo e faz melhor. Não deu certo ainda? É porque ainda precisa insistir mais, afinal desistir das coisas não vai me fazer melhorar, só vai me fazer ficar conformada que o melhor que eu consegui fazer foi uma porcaria. Eu sei que tem coisas que nem mesmo com muito custo eu não levo jeito e que insistir é perda de tempo. Mas no caso aqui to falando de coisas que desanimo simplesmente por já pensar no esforço que terei que fazer pra atingir minhas expectativas, e que colocando na balança prefiro desistir e ser medíocre do que batalhar pra me aprimorar ou levar adiante.
Uma frase que li de Kierkegaard diz assim: "...concretização não depende dos próprios conceitos, mas do individuo. Assim, o que este faz não depende do que ele compreende, mas do que ele quer, ou seja, do que ele escolhe." e uma do Mário Sérgio Costela que diz para fazermos o nosso melhor na condição que temos enquanto não temos condições melhores para fazer melhor ainda.
Pensa se toda vez que alguém tivesse um resultado frustrante, uma dificuldade, ou batesse um desanimo desistisse... nunca sairíamos do lugar. Por isso vejo que os resultados, os melhores resultados, vem de vencer não só as dificuldades técnicas e as falhas de execução, mas principalmente de vencer o próprio desanimo: as falhas humanas.  

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

06.08.2015 Embaralhada

Que cartas você tem na manga?


Voltando pra casa hoje encontrei todas essas cartas jogadas pelo chão da rua, e não vai tardar até eu conseguir completar um baralho todo com as cartas que acho por ai. Em Sex and the City um dos namorados da Carrie, chamado Jack Burguer, tinha o habito de colecionar as cartas que achava pela rua. Acabei me identificando, pois também faço isso. Faz muito tempo que não jogo baralho. E sempre que olho para as cartas me lembro do pessoal nerd do terceiro colegial que se reunia fora da sala de aula pra jogar poker. Tivemos até mesmo o consentimento da vice-diretora que permitiu que jogássemos poker ( sendo que baralhos eram proibidos) quando percebeu que, diferente do famoso truco, nós não fazíamos barulho algum. Era divertido. A principio eu mal sabia o que estava fazendo, mas assim que aprendi a combinação de cartas o jogo que parecia complicado se fez fácil. Eu realmente acho poker bacana, os blefes, a inexpressão facial... é mais estratégia do que sorte. Dá pra fazer muitas analogias usando o poker como referência. Só que hoje estou mais pra um sensível castelo de cartas... Levando um tempão pra conseguir construir algo que com uma simples brisa ou mero descuido despenca. 


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

05.08.2015 Teia

Clica na foto ai pra ampliar e conseguir enxergar as
letrinhas rsrs 
Um amigo meu, não o mesmo da outra vez, me emprestou uns quadrinhos. Hq's do Homem Aranha. Eu estou curtindo muito. É uma história bem diferente das tradicionais. O vilão é diferente, o emprego do Peter, e até mesmo Mary Jane está de uma forma que não tinha visto antes. Acho legal quadrinhos por isso... eles sempre dão um jeito de aproveitar e criar histórias paralelas pegando alguns elementos clássicos, usando o universo ali criado que por mais que pareça que já não tem mais o que inventar, sempre dão um jeito de explorar algo novo. Confesso que nem sempre que há uma mudança agrada, outras vezes porém fica interessante, como no caso dessa série ai. Fazia um belo tempo que eu não lia algo do homem aranha, mesmo sendo ele um dos meus heróis preferidos, eu pouco conheço. Mas hoje aproveitando a deixa, não vou me profundar na parte dos quadrinhos, mas vou usar o homem aranha como cobaia para um pensamento.
Enquanto as teias de aranha são construídas para prender as vitimas, o herói ai usa delas justamente para o contrário. Ele usa a teia para se ligar aos prédio e com isso liberta as vitimas da impunidade dos crimes usando suas teias.
Sei que é apelação querer criar uma moral usando isso como base rsrs mas quando estava lendo parei pra pensar que tecnicamente todos nós nos deparamos com "teias". E o que nos diferencia entre vitima e herói (ou vilão, como acontece nesse quadrinho) é a forma como a usamos. Uns pra se sentir seguros ficam presos as teias como as aranhas que descansam sobre elas, parecendo usar a própria teia como rede. Outros se atrapalham e ao criar uma armadilha acabam ficando presos nela. Alguns porém aprenderam a tirar o melhor dela e a usam para conseguir ir mais alto, mais longe. E alguns a usam justamente para aprisionar os outros...

Eu destaquei essa frase na foto pois estou entrando numa nova fase que me obriga a viver num novo ambiente. E eu sou daquelas que, embora não seja ansiosa, me sinto bem perdida quando preciso fazer algo novo, sem poder contar com ninguém, sem ter ideia de como vai ser. Dá um certo desespero/insegurança quando você tá assim em solo desconhecido e sozinha. Mas creio que embora exista esse medo do desconhecido, passar por isso é sempre benéfico. Quando a gente se habitua ou se acomoda tudo fora do nosso mundinho parece assustador, difícil... E acho que é justamente por isso que a vida nos empurra... nós nos mimamos demais. E essas dificuldades e desafios precisam ser vivenciados, A gente sempre tem o que descobrir o que aprender, mas muitas vezes ficamos presos ou a pessoas ou a um cenário. E mesmo eu que gosto de desafios muitas vezes não gosto da sensação de estar propensa a falhar ao ver como desvantagem sair da zona de conforto. O que venho aprendendo é a enfrentar tudo aquilo que me impede de evoluir. Há coisas que inevitavelmente terei de deixar pra trás uma hora ou outra, então o melhor que posso fazer é encarar as coisas não com relutância, mas de coração aberto, e abrindo o coração as portas também hão de se abrir.        

terça-feira, 4 de agosto de 2015

04.08.2015 - Lápis Branco

Tem coisas que demoram anos para que a gente comece a usar. E este é caso que me leva ao post de hoje. Há pouco menos de um ano atrás eu fui a bienal do livro e de lá trouxe uma caderneta rustica artesanal, achei linda, mas até hoje não tinha ousado usar uma página sequer. O mesmo se passa com o lápis de cor branco. Que tantas vezes foi motivo de questionamentos durante minha infância. Eu realmente achava um desperdício em uma caixa com apenas dose cores uma delas ser logo a cor branca, que eu nunca usava. Tenho vários desses lápis brancos repetidos que não foram apontados uma única vez. Todas as outras cores se degastaram, outras acabaram, mas os brancos se mantinham lá intactos. Mais hoje foi o dia das estreias. Juntei o lápis branco e as folhas virgens cor parda da caderneta e resolvi fazer arte. Eu acabei amando... usar um papel mais escuro realmente é bacana, enfim o lápis branco pode ter sua ponta gasta e ser apontado, e finalmente as folhas da caderneta ganharam traços. Acabou que essa caderneta me deu uma ideia legal que já estou botando em prática e fiquei pensando que tive sorte de não tê-la usado antes, pois se tivesse talvez agora essas ideias não surgissem. E o lápis branco que tanto foi rejeitado durante anos hoje virou protagonista. Creio que tudo tenha de fato sua hora.
Mas claro que o post não iria parar por ai... eu falei dos elefantes brancos dias atrás... e hoje é dia de levar os lápis brancos pra vida. Quantas e quantas coisas não mantemos ali guardadas, coisas que julgamos parecer um desperdício, coisas que não usamos por simplesmente os "papéis" tradicionais não ter as condições de rabiscar com o tal lápis. Eu mesma andava incomodada com uma coisa: Me adapto as pessoas/situações para reagir conforme o ambiente (papel) e deixo de usar o que tenho (lápis branco) por conta disso. Ou seja estava me poupando, mantendo em desuso uma parte de mim, estava por meio disso me apagando, pois por me adequar deixava de me permitir. E eu que sempre ressalto a importância de ser autêntico não via que em algumas áreas eu não estava agindo de acordo. A culpa não é do lápis que as folhas, a maioria delas, não permitam que sua cor apareça. A culpa é de quem o conduz, pois podemos muito bem mudar o tradicional, trocar de fundo, pra explorar aquilo que geralmente deixamos guardados. Eu realmente não consegui deixar de associar o lápis branco com isso. Nas pinturas mesmo... o branco é fundamental pra dar brilho e profundidade, e talvez seja nisso que ando pisando na bola, na falta desses detalhes que tem feito minha vida em alguns aspectos sem brilho e profundidade. Acho incrível que mesmo quando to fazendo algo pra me distrair acabo me deparando com respostas que vem antes mesmo de eu conseguir concluir meus questionamentos rsrs

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

03.08.2015 - Penetras

Eu estou envergonhada de certas coisas as quais me submeti
e de certas atrocidades, falei aqui das "ervas daninhas" e esperava não mais tocar nesse assunto. Porém a foto de hoje é de uma daninha, mas esta ao contrário do que mencionei posts atrás, é muito da bem vinda. Essas florzinhas simples são flores de trevos. Já tive aqueles trevos de quatro folhas que também dão umas flores assim, mas estas belezinhas vieram dos típicos trevos de três folhas, trevos que insistem em aparecer nos vasos por aqui, e eles acabaram conquistando seu espaço, não só no vaso, mas no meu coração. Eu amo trevos e já tive três tipos diferentes. E foram as primeiras plantinhas em que me dediquei a cuidar, aliás foi legal quando pela primeira vez tirei uma mudinha para dar a minha avó, dos trevos de quatro folhas, geralmente é ela quem dá mudinhas de plantas, foi legal retribuir. Acho interessante que essas florzinhas estão roubando a cena... no vaso onde resolveram brotar a planta que deveria florir está sem graça, dando espaço pra essa daninha ganhar toda a atenção. 

domingo, 2 de agosto de 2015

02.08.2015 - Distorção de imagem

Estava voltando de Jundiaí depois de uma noite legal onde fui assistir minha prima se apresentar na igreja dela pela primeira vez com o violão. Na volta pra casa estava meio apreensiva, andar a noite sozinha por lugares sinistros as vezes não é muito agradável. Então geralmente eu acabo me entretendo com as coisas ao meu redor, isso de certa forma me acalma e foi o que ocorreu hoje. Na volta pra casa passando por uma viela onde há várias empresas e pouco movimento eu acabei sendo atraída por uma coisa meio louca... por ali tinham cercado um terreno com placas de alumínio, placas que aliás estavam bem amassadas e de modo geral costumam ter um aspecto feio. Mas quando olhei não vi isso... eu via apenas o reflexo das luzes dos postes refletidas, entre a textura e ondulações do alumínio o brilho das luzes desenhavam formas abstratas, dando as placas um aspecto magnifico. Elas reluziam e meus olhos brilharam ao ver aquilo. De longe era ainda mais bonito de se ver, conforme eu ia andando e me aproximando as luzes dançavam pelas placas. Em um determinado momento passou um carro ali, e as cores e luz se contorciam conforme o farol do carro fazia o alumínio ir brilhando ainda mais. E foi nessa hora que as luzes refletidas criavam até aquele aspecto de light painting (como na foto mais clara ai da montagem). Eu olhando pras fotos fico um tanto desapontada, nenhuma delas conseguiu registrar direito o quando estava bonito. Foi bem legal poder estar atenta a esse detalhe, agora toda vez que passo ali vejo o lugar com outros olhos, pois de algo tão sem graça, com uma pitada de luz virou algo tão bacana.
Aprendi que:
Nem toda distorção de imagem é ruim.
E que as coisas ficam mais bonitas quando refletem luz.