sábado, 28 de fevereiro de 2015

28.02.2015 Indecência Incandescente

Eis a papagaiada:
-Um passarinho me contou... que ela é uma galinha! ela vive atrás de pinto. Não sossega a periquita... A danada adora estar com esse monte de urubu em volta dela... ela precisa é que lhe cortem as asinhas.
Mentes engaioladas.


Tão feio quanto ser vulgar é ter prazer em falar da indecência dos outros sem perceber a própria. Inconveniência insuportável.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

27.02.2015 Nó na garganta

Esse não foi dos melhores dias.
O jeito foi ler Descartes pra descartar certos pensamentos e abrir a mente para novos.
"A vida tem necessidades urgentes que se situam acima do discernimento imediato de cada um".



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

26.02.2015 Negativos


 


Eu ando dando sorte com filmes. Primeiro vi um muito bom, filme que estava entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. O filme é da Geórgia/Estônia e chama-se: Tangerines. Um filme de guerra que tem o lado humano acima da ação. É um filme simples, bonito, triste, realista, com uma mensagem capaz de comover. Acho que acredito em amor a primeira vista quando se trata de filmes rsrs Bastou ver um trechinho enquanto anunciavam os filmes dessa categoria que eu sabia que ia gostar. Depois fui dar uma olhada num outro filme que tinha pego, só pra conferir se a legenda estava ok, mas ai acabei gostando tanto que no fim acabei assistindo inteiro. Esse filme é o documentário sobre a fotografa Vivian Maier, que era uma babá que tirava fotos por hobby lá pros anos 1950/1960. Ela nunca mostrou seu trabalho, era uma mulher solitária e excêntrica. Acumuladora e cheia das manias estranhas. Após sua morte um rapaz comprou seus pertences num leilão e descobriu ali um valioso tesouro. As fotografias jamais vistas. 30 MIL negativos e 1.600 rolos de filmes não revelados! Depois que percebeu o que tinha em mãos John Maloof começou a ir atrás e se empenhou de mostrar ao mundo o trabalho maravilhoso de Vivian. [Já estou louca pelo livro!!!] É uma história impressionante. Uma mulher dotada de um talento imenso que poderia nunca ser visto e apreciado como merece. Vale lembrar que na época poucas pessoas tiravam fotos, as máquinas eram mais limitadas e mais complicadas, geralmente tiravam fotos só em ocasiões especiais, não era ainda costume o uso de máquinas para diversão. E ela tinha tanta noção de composição, sombras e o contexto das fotos em si são peculiares e inspiradoras. Vivian foi ousada sendo [mesmo que anonimamente] uma fotografa de rua, e devo dizer das melhores. O trabalho impressiona, a história dela é tão misteriosa que nos deixa intrigados. Achei impressionante o empenho dela de se manter anonima. Usando nomes falsos e sendo tão reservada que ninguém chegou a conhecê-la de fato.
Fotografia de Vivian Maier, uma das minhas preferidas

Fico pensando em quantas pessoas talentosas não devem estar por ai e que precisam ser descobertas. Vivian jamais revelou quem era e o que era capaz de fazer, ela optou por ficar nesse quarto escuro. E ela não está sozinha nessa. Acredito que há milhares de pessoas que assim como ela ainda são negativos a espera de serem revelados.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

25.02.2015 Escaravelhos

Hoje acabei ficando mais tempo no shopping do que gostaria. Definitivamente é um dos lugares que menos me sinto a vontade. Felizmente as livrarias sempre me servem como refúgio. Mas hoje estava meio perdida procurando uma loja quando me deparo com uma exposição sobre o Egito antigo. Eu adoro culturas antigas, e isso vem desde criança, sempre me interessei por arqueologia e adorava os mistérios das piramides. Fiquei feliz de poder prestigiar algo assim que eu nem sabia que estava rolando. Uma bela coincidência. Por lá vi muitas peças bacanas e pude entender algumas coisas melhor. O mais legal é que haviam [segundo o que estava escrito] peças originais que foram escavadas no Egito. E eu piro nessas coisas, pois é mágico poder estar de frente com coisas que vieram de uma civilização tão antiga, coisas cheias de significado. Eu nem acreditava na minha sorte de estar com a câmera! [tinha esquecido o celular em casa ¬¬] Tirei muitas fotos e essa nem de longe é a melhor. Mas escolhi essa pois é a que tem maior significado pra mim, já que assim como os antigos egípcios amo escaravelhos!
As bijuterias egípcias cheias de escaravelhos 
Eis o significado dos escaravelhos no Egito antigo:

Khepri era um dos vários deuses egípcios associados a animais. Seu nome significa escaravelho, e seu culto é citado nos textos encontrados nas pirâmides. O escaravelho tem por hábito botar seus ovos em esterco animal, assim como em corpos de outros escaravelhos mortos. Essa prática foi observada pelos egípcios e, daí, surgiu a noção de ressurreição e renascimento, de nascer a partir da morte, associadas ao escaravelho. Outra prática comum dos escaravelhos e que também foi observada pelos egípcios, é a de rolar bolas de esterco pela terra. Isso fez com que fosse associado ao deus Rá, que rola o Sol através do céu. Essa crença fazia com que os egípcios acreditassem que Khepri renovava o sol todas as noites para, no dia seguinte, apresentá-lo ao mundo, renovado. Essa ideia de renovação associado ao escaravelho, foi levada tão a sério pelos egípcios que, aquele que trouxesse consigo uma imagem de um escaravelho, tinha garantido a persistência no ser e, se levasse essa imagem para a sepultura, teria certificado o direito ao renascimento para a vida. Tido como amuleto preferido, os escaravelhos destinados aos mortos eram confeccionados com muito realismo, em pedra dura e colocados no lugar do coração, no peito das múmias, às vezes, incrustados numa moldura retangular. Estes amuletos já foram encontrados até no peito de certos animais tidos como sagrados pelo povo egípcio.


Escaravelhos esculpidos em mini túmulos
Eu amo muito besouros, escaravelhos e coleópteros em geral, são criaturinhas lindas. E gosto do significado de renascer, renovação. Sempre foram meus insetos preferidos, pretendo até fazer uma tattoo com o desenho de um ^^




terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

24.02.2015 Meia lua, meia boca




Estava mexendo no computador sentadinha na cadeira até que olho pela janela do meu quarto e a Lua está exatamente na minha direção. Ai não teve jeito, nem precisei me levantar e já tinha a foto do dia.
Ontem eu esqueci minha câmera no carro da minha amiga e achava que talvez hoje não fosse rolar de tirar uma fotinha, mas felizmente deu tempo de eu pegar de volta e ai pude garantir essa foto. Sempre que vejo a Lua pela metade penso num sorriso, mesmo que em itálico. :D Eu amo olhar pro céu, seja para as nuvens, para o nascer/pôr do Sol, pra ver as estrelas e claro, a Lua. A Lua hoje está entre a fase Nova e crescente, bom seria poder viver apenas nessas duas fases. Sem passar pela fase Cheia (de problemas, de saco cheio) e pela fase minguante (diminuída, amuada). Mas vale lembrar que nem mesmo na pior das fases perde-se o brilho, isso serve de consolo. Atualmente tá tudo meia boca,     acho que tá na hora de mudar essa fase e o jeito vai ser dar meia lua pra frente + soco pra dar um   hadouken em tudo que tá me impedindo de vencer o jogo.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

23.02.2015 Espelhar

Hoje foi dia de me aventurar com uma amiga. Fui a acompanhante de primeira viagem, já que ela estava pela primeira vez dirigindo para fora da cidade. Fui para dar um apoio moral, mas também para conter a agitação do cachorro que também estava de passageiro. Fomos levar o Cachorro a um veterinário e lá tive o privilégio de ler e admirar o livro lindo que estava na sala de espera: Ache Momo. Com fotografias lindas de Andrew Knapp onde o seu cão Momo, um Border Collie, que fica escondido em algum canto nas fotos. Eu achei com certa facilidade já que é o mesmo estilo de Onde está o Wally e eu já fiquei craque nisso. Acompanho o trabalho de Andrew via instagram, e mesmo assim o livro me surpreendeu. As fotografias são de uma qualidade e ternura impressionantes! É de encher os olhos ver o olhar mágico de Andrew, e claro as artimanhas de Momo que se camufla de um modo muito bem elaborado e divertido. Fiquei maravilhada, um livro criativo e inspirador, aquelas fotografias espelham bem o estilo fotográfico que aprecio e é nesse nível que um dia espero chegar.
A Kombi do Andrew e do Momo,
O carro perfeito!
Ao lado tirei uma foto do livro, com a Kombi amarelinha, amo esse carro ainda mais nessa cor, vivo dizendo que se fosse pra mim ter um carro seria ou uma Kombi ou uma Ford f150 daqueles modelos antigos, são meus carros preferidos. Carros para aventuras. E já que cai nesse tema vou fazer um desabafo.
Entendo a praticidade e os benefícios de poder sair de casa motorizada. Várias e várias vezes já me deparei com as perguntas: "Você dirige?", "Tem carteira de motorista?", ai dou um sorriso amarelo e digo não. Vejo que hoje em dia, mais do que pela necessidade as pessoas tiram carta mais por modismo ou pressão da mídia, virou uma forma de status, como se pra você ser bem visto é necessário ter o próprio carro ou ao menos saber dirigir. Como se fosse uma lei: Após fazer dezoito anos trate de providenciar sua carteira de motorista! Sei que é um belo jeito de se mostrar independente, mas nunca concordei com essa ideia de precisar de um carro para se auto afirmar, ou de tirar carta porque virou um costume. Se sujeitam a preços absurdos só pelo prestigio de dizer "eu tenho". É um bom bem material, mas pouca gente faz o uso devido. Ao mesmo tempo que se beneficia o usuário prejudica o todo. São famílias onde cada pessoas tem seu próprio carro, mesmo aquele que só consegue usar no fim de semana. E o pior não é ter que lhe dar com o espaço na garagem, mas sim no transito, onde essa busca frenética por autonomia motorizada faz um pequeno trajeto virar um enorme engarrafamento. Okay que é mais comodo, confortável, prático e sei das inúmeras vantagens de ter o próprio carro. Porém pensando no transtorno de dirigir nesse caos, nas manutenções, impostos, gasolina, seguro e etc. eu só vejo vantagem em seguir meu caminho por outros meios. O transporte público deixa sim a desejar, mas ainda é uma alternativa válida. Andar de bicicleta é uma alternativa maravilhosa também, em breve pretendo ter a bike dos meus sonhos, mas até lá me viro como posso e uso o que tenho a disposição.
Não pretendo tirar carta nem mesmo ter um carro até que isso se torne extremamente necessário.
Prefiro seguir por esse rumo mais ecológico do que esse rumo mais congestionado.
Prefiro me espelhar em algo que me permita refletir.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

22.02.2015 Arma Branca

Ontem estive num casamento. Amigos reunidos, uma tarde bacana onde conheci gente nova e é muito bom conversar com alguém que já realizou muitas das coisas as quais você pretende também fazer. É gostosa essa sensação de mesmo tendo acabado de conhecer alguém me se sentir a vontade a ponto de parecer que somos velhos amigos.
Numa determinada conversa eu disse que sempre quis ter um canivete, não tardou até que um amigo meu [daqueles que o lado violento é evidente] dissesse que me presentearia com um. Então hoje recebi essa belezinha ai. Não sei explicar mas amo armas brancas, espadas, facas, até soco inglês vale rsrs.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

21.02.2015 O tempo voa

Me sinto realizada sempre que consigo uma foto de borboleta.
É tão difícil captar a imagem dessas criaturinhas que tem uma trajetória de vida meio injusta.
A maior parte da vida as borboletas ou são ovos, ou larvas ou estão num casulo. O ápice de sua beleza e a melhor fase da vida delas só pode ser desfrutado em poucas semanas na maioria das espécies.
Uma longa jornada
para se ter uma vida tão curta.



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

20.02.2015 Dormir a luz de velas


 

Sobre manter a chama acesa.


Eu esbarrei com a palavra indolencia e embora deduzia o que significava resolvi pesquisar para ver se era isso mesmo. E nessa pesquisa achei uma definição da qual gostei muito que era assim: "Condição da pessoa que se coloca acima dos sentimentos; que não sente; impassividade ou indiferença. [...] desprovido de moral." Em outras palavras também podemos dizer que se trata de preguiça, desleixo e apatia. O texto que li que continha a palavra de certa forma já era direcionado a minha pessoa. Mas ao ver o significado de indolente ai veio a confirmação de que era mesmo. A maioria das vezes tento ser prática e me coloco acima dos sentimentos, acabo sendo insensível, debochava de quem agia diferente e não me sentia culpada, via nisso uma certa superioridade. Patético! Desde quando não sentir te torna mais forte do que sentir e encarar? O que eu via como praticidade ou força era na verdade um tipo de fuga, o caminho fácil onde saio ilesa, abria mão de seguir pelo lado mais complicado. Não há moral nisso. Hoje assisti ao filme Boyhood, pois queria ver os filmes que estão na disputa pelo Oscar e tal, o filme me fez ter ainda mais consciência desse meu jeito pobre de reação. O filme é longo, não tem nada de surpreendente, mas acompanhar a trajetória do personagem para entender quem ele é no final e ver como ele passa a encarar a vida quando se torna adulto é interessante. Algumas das frases reflexivas do final mesmo que coisas corriqueiras me despertaram. Somos tão relaxados com a vida, que nem nos damos conta do quanto deixamos de viver só por querer viver de uma maneira mais amena, encarcerados na zona de conforto, onde o refúgio é na verdade uma prisão. Estamos mal acostumados e acomodados, a tecnologia nos deixou robotizados, somos apáticos. A questão é que coisas insignificantes passaram a nos estimular e o que realmente deveria importar se tornou desestimulante, talvez seja trabalhoso demais encarar certas coisas e é ai que nos tornamos indolentes. Nosso estimulo está sendo alimentado por coisas frívolas. Uma troca de valores que só nos afasta do lado mais humano. Escuridão em meio a queda de energia. Falta força. Escuridão interior, nossa força de vontade desvanecendo e nos roubando a energia. Tempo sombrio.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

19.02.2015 Revisão

Ter tempo livre pode ser uma benção para os que sabem aproveitar, mas pode ser uma tortura para quem é assombrado pelo tédio. Justamente afim de exorcizar o tédio e me dedicar a algo resolvi revisar as coisas que vi na escola, já que minha memória não vale muita coisa e eu precisava desenferrujar o cérebro. Então baixei vários materiais de estudo em vídeo e em pdf e comecei a mandar a ver. No começo parece fácil, mas no processo você nota que não deu a devida atenção a certas coisas, já não lembra como faz apanha um pouco mas ao mesmo tempo é enriquecedor. Sempre vi os estudos como um tipo de desafio, você precisa conhecer e desvendar os enigmas, a busca pelas soluções ou respostas sempre me intrigaram e por isso sempre achei interessante, mesmo que a matéria não seja o meu tema preferido só a oportunidade de descobrir algo ou entender já me estimulavam. Acho que uma das principais coisas das quais me arrependo na vida é de ter desperdiçado tanto tempo sem fazer nada. A esta altura eu já podia estar formada e tal, mas não adianta chorar o leite derramado, o jeito é aprender com os erros e seguir em frente. Por isso agora em meio a esta revisão acabei tendo de rever meus conceitos também. Não existe fórmula mágica, os resultados não são precisos, mas uma coisa é certa algo deve ser feito.Tem uma frase de Viktor Frankl que diz:  "Viva como se já estivesse vivendo pela segunda vez, e como se na primeira vez você tivesse agido tão errado como está prestes a agir agora." Essa frase me encoraja a ver as coisas sempre como uma oportunidade. Eu "morri" em todas as vezes que desisti de algo, na temporada em que me conformei com a insatisfação, sem fazer nada e esperando que tudo fosse diferente. Eu não quero viver um rascunho, por isso estou passando algumas coisas a limpo, que a partir de agora tudo seja pra valer. A vida nos testa a cada segundo, e as vezes ficamos em recuperação, o problema não é ser reprovado, o problema é não notar que o objetivo é aprender.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

18.02.2015 Only Today

A cor de cabelo que durou apenas um dia. [Não essa da foto, mas o azul escuro que já eliminei]
Não dá pra entender. Sempre que meu cabelo está bom eu começo a ficar incomodada. E como de costume se bate a revolta o cabelo é o primeiro a sofrer. O banheiro vira laboratório capilar e as artes começam. Há bem pouco tempo eu estava feliz com meu ombre hair onde a maior parte do comprimento estava loiro. Consegui deixar o tom meio palha e estava lindo, mas por mais que estava com uma cor bonita e com aspecto saudável, não sentia que combinava comigo. Me olhava no espelho loira e ficava me perguntando porque eu tava insatisfeita se tudo estava perfeito. Frescura sem dúvidas. Eis que bastou me dar a louca e aqueles 20 segundos de coragem [que vem na hora errada] que lá fui eu zoar o cabelo. Como diz minha mãe "fui arrumar sarna pra me coçar" rsrs. Depois que pintei ficou um azul escuro. Não gostei e dei uma desbotada, ai ficou com uma cor de cabelo de fada. Nas fotos até fica bonito, mas pessoalmente eu detestei, o que era de se esperar. Agora é aquele desespero de conseguir corrigir a cagada. Essa minha insatisfação aguda só serve para eu perder meu tempo [e dinheiro] com essas bobagens, definitivamente vou tentar ser menos impulsiva, é uma insatisfação sem fim, uma loucura, quase um vício. Chega de neuroses capilares.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

17.02.2015 Caminhando na chuva

Se tem uma coisa da qual tenho feito um hábito é de sair pra caminhar logo quando está chovendo. E isso porque sou uma amante da chuva e adoro sair em dias assim, seja pela calmaria nas ruas, ou pelo clima fresco ou o cheirinho de terra molhada... faço questão de pegar minha sombrinha e bater perna.
E como sempre fui de encontro as árvores que tem aqui perto, queria que a fotografia do dia mostrasse bem o lado bonito de quando "o clima tá feio". Então passei pouco mais de uma hora vendo as árvores se deliciando com o banho gelado e fui dando meus cliques.


Então numa parte do caminho me deparei com uma árvore cheia de galhos secos, amo árvores assim com aquele ar meio sombrio, mas desta vez queria retratar algo mais delicado foi ai que aproveitei a oportunidade para fotografar uma coisa que acho lindo... gotas! Sim eu amo gotas rsrsrs Ainda mais quando estão assim nas pontas dos ramos prestes a cair dando a impressão de ser pequenos cristais, um toque de suavidade contrastando com os galhos sem vida.
Sou assim mesmo, saio na chuva, luto para conseguir segurar sombrinha e a máquina fotográfica juntas, me molho, mas vale a pena, mesmo que seja para apreciar coisas simples como essas. Dias chuvosos sempre são bem vindos <3

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

16.02.2015 Caderneta de rabiscos

Eu adoro cadernetas sem pauta para desenhar, tenho um moleskine tamanho médio, mas minha nova paixão é essa cadernetinha mini, que agora carrego pra tudo que é canto pra rabiscar, escrever e claro me divertir. Vale qualquer coisa.
Adoro perder um tempinho rabiscando, um desenho sem muito compromisso ou sem uma ideia já formada... Hoje foi a estreia, mas logo já vou ir recheando as páginas em branco com as minhas maluquices.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

15.02.2015 Os Brutos também amam

Por influência de um amigo meu que me empresta umas hq's voltei a ler coisas do tipo. Tenho minhas preferências, mas estou abrindo a porta para coisas novas. Confesso que tem histórias que não me empolgam tanto, pois acho meio previsível e alguns personagens não conseguem roubar minha atenção. Felizmente na maioria das vezes eu acabo me deliciando com as histórias, no meio dessas páginas sempre me surpreendo com alguma frase marcante ou cena de ação bem reproduzida. E desta vez conheci a história do Thanos, que embora seja o fodão, nada mais é também do que uma pessoa solitária que viu na crueldade uma forma de se auto afirmar. Nem mesmo os vilões conseguem perder o pouco que lhes resta de humano. Gostei em especial dessa parte que fotografei, "Talvez achasse que, se continuasse em movimento poderia forçar a si próprio a sentir algo." Isso me chamou a atenção porque de certo modo é como levo a vida. Continuar a busca sem nem saber o que de fato vai encontrar no caminho, esperando que seja algo bom. Pro Thanos as coisas não saíram como ele gostaria, a busca só o levou a novas perguntas e a conclusão final não foi das melhores. Na vida real as vezes o desfecho também não é satisfatório. Mas creio que é a insatisfação que nos movimenta, por isso quando as coisas não estão boas é quando mais preciso seguir em frente, porque ainda não cheguei a onde deveria estar e a busca deve continuar.

p.s: Ok é mancada usar um personagem desse para falar da vida kkkkkkk o Thanos que me perdoe, não consegui evitar.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

14.02.2015 Petrificada

Um dia melancólico. Foi basicamente isso, mas a noite o animo já estava recuperado.
Deitada na cama de madrugada com o sono já me consumindo me lembro que não tinha tirado a foto do dia. Relutei, mas não teve jeito... acabei levantando para não falhar com o desafio. Vou abrir o armário e uma pedra cai e quebra, parte em duas. Na hora fiquei meio decepcionada por não ter sido mais atenta e rápida, mas depois percebi que o incidente renderia a foto do dia. Essa foi provavelmente a primeira pedra que pintei, nesse caso desenhei. Achei até que ela conseguiria transmitir de certa forma o que sentia. É sempre assim... algo se quebra para que eu possa abrir a mente.

13.02.2015 Backmasking

Sentimentos dupla face.


    Aproveitando a deixa de que hoje é sexta-feira 13 e inicio de carnaval é um dia propício pra se falar em máscaras. Não adianta negar, a maioria de nós somos compostos pelo lado psicopata e o lado bonzinho, não necessariamente em sentido literal.
As vezes me pego tomando atitudes contrárias aos meus reais interesses, tenho essa mania babaca de que não querer ser óbvia, complico as coisas, até deixo vestígios, mas nem sempre interpretam bem. Estilo aquelas músicas com backmasking, você pode ouvir a mesma música um milhão de vezes e achar que sabe a letra e que conhece bem o bastante pra afirmar que não tem nada demais, nada que mereça ser desmistificado. Até descobrir que se colocar o vinil pra rodar de trás pra frente vai notar que tem uma mensagem meio sombria, que embora esteja escondida e longe do conhecimento de muitos ainda assim está presente. E você se sente traído, foi ingênuo acreditando somente no que é dito da forma tradicional.

Guardo meu pior e meu melhor para os mais atentos. 

...

Voltando ao tema carnavalesco:
Máscaras são sempre relacionadas a falsidade, mas elas também podem representar a integridade. Pensando por um ponto de vista menos critico, elas não são só um tipo armadura para covardes se manterem seguros, é também o meio de preservar a própria identidade, e até de expandir essa identidade. Levando para um lado mais prático temos o exemplo de Bruce Wayne, que não é um covarde por precisar combater o crime mascarado. É algo que se faz necessário para que ele seja integro em seus propósitos. Afinal tem horas que precisamos esconder algumas coisas para podermos mostrar outras.
  

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

12.02.2015 As pequenas coisas.

Tem coisas que só de bater o olho nos remetem aos bons tempos da infância. Quando se fala em nostalgia as pequenas coisas sempre vem a tona. E ai num dia cansativo eu esbarro com esses baleiros dentro de uma farmácia, dos tempos em que a felicidade valia de 50 centavos à 1 real. Ai a gente cresce os interesses mudam, os preços também mudam e drasticamente. Pagamos um preço alto por coisas que nem valem a pena, e esquecemos da parte doce das alegrias que vem sortidas, nos perdemos com essa mania de querer ter tudo do nosso jeito, virando uns controladores descontrolados.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

11.02.2015 Alfinetadas e Risadas

Hoje voltei a ativa nas costuras. Peguei uns tecidos que minha cunhada me deu uns tempos atrás e pisei fundo. É terrível notar o quanto estou enferrujada até mesmo para pensar nas soluções simples. Me atrapalhando com alfinetes como se ainda estivesse nas primeiras aulas de corte e costura. Mas as dificuldades servem de lição e de motivo de risadas. Eu adoro qualquer passa tempo que me renda algo no final. E o resultado dessa tarde foi uma linda saia franzida que embora seja simples e que eu tenha errado numas partes do acabamento, ficou do jeito que eu queria. Toda vez que costuro aprendo algo. Vou muito na base da tentativa e erro, as vezes é trabalhoso, cansativo, até dá raiva rsrs, mas é sempre produtivo. As ideias surgem no meio dos processos dai mudo tudo de ultima hora é meio louco, mas é muito bom, é desafiador, e chegar ao fim e ver uma peça concluída é uma sensação de vitória rsrsrs é mais legal ainda ter aquele momento onde modéstia a parte é legal poder dizer: "fui eu que fiz". Vou ir treinando com o material que tenho disponível em casa, coisas das quais posso arriscar e se errar dá pra dar um jeito. Mas já tenho alguns projetos mais elaborados em mente. Os dias e noites fuçando moldes no site Pinterest não foram em vão. Pretendo um dia ter meu guarda roupa cheio de coisas exclusivas que eu mesma criei, pois queira ou não, futilidade ou estilo, a moda nos representa, e porque não usar disso para enriquecer nossa personalidade? Nada melhor que poder criar peças que gosto ao invés de me limitar ao que as lojas oferecem. É bom poder fundir estilos e assim descobrir o próprio. 
P.s: Ia postar a foto da saia finalizada, mas prefiro deixar para mostrar num dia em que irei usá-la.

Minha Singer guerreira e parceira nas maluquices
voltou zerada da manutenção e prontinha para as novas aventuras!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

10.02.2015 Ao Haru Ride

Tirar foto com a câmera da tela no note é ridículo, mas hoje não teve jeito <3
 Enfim voltei a ver animes. Por indicação de um amigo estou vendo Danganronpa que é um anime ótimo pra quem gosta de mistério, matança e quer rir. Mas enquanto buscava por esse anime acabei ficando curiosa pra ver alguns outros que foram lançados no meu período de sumiço desse universo otaku.
Ai me deparo com um shoujo maravilhoso que é considerado o sucessor de Kimi ni Todoke, este último por sinal é um dos animes mais cativantes que já vi. Adoro me deparar com animes com os quais me identifico. Ao Haru Ride é assim. Eu já fui muito preconceituosa com esse estilo de anime que parece novelinha. É exagerado nos dramas para situações que são comuns. Mas os japas tem uma realidade diferente da nossa e é isso que me cativa. Conseguem dar enfase em detalhes que por aqui não somos capaz de notar porque somos tão práticos [ou apresadinhos se preferir] que ignoramos certas etapas e deixamos de viver pequenos momentos significantes. Achei engraçado quando a Futaba fica falando sobre a nuca do Kou, porque eu sou uma observadora de nucas >.< rsrs coisas assim me prendem muito mais do que uma barriga tanquinho e pernas torneadas.
As vezes é impossível não me identificar com a Futaba. Assim como ela já estive cercada de amizades superficiais, onde eu não podia ser eu mesma, mas me submetia a isso só por não querer estar sozinha. Percebo que também como ela uso certos artifícios para me deixar menos feminina/atraente de propósito para não chamar a atenção dos homens [não necessariamente para evitar a inveja, como ela]. Costumo ocultar o que sinto e algumas vezes tive que lhe dar com amigas minhas que gostavam de alguém, e era logo a mesma pessoa por quem eu estava interessada, mas eu não conseguia contar e escondia o que sentia com medo de perder/complicar a amizade. Mas o que é mais próximo a minha realidade é esse confronto de estar perto de alguém que ama, mas esconder isso levando a situação toda na brincadeira, desperdiçando as chances, se afastando do real objetivo dando espaço para erros de interpretação.
Pra quem olha a primeira vista o anime parece bobo, as vezes chega a ser mesmo, mas a sensibilidade que os animes tem na hora de demonstrar sentimentos é tocante. Não adianta, quando vejo animes sou atingida e vomito arco-íris mesmo. Choro fácil e dou risada feito boba. Difícil definir esse tipo de coisa sem ser pelo típico Kawaii rsrs.

Print de uma das típicas lições de moral do Kou ^^


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

09.02.2015 Pedras no caminho II

Sou apaixonada por coisas que não tem sentido. Uma dessas coisas são pedras. Quando criança costumava andar olhando pro chão em busca de pedras bonitas, eu as colecionava e pra mim elas tinham um valor especial, quando achava uma do meu gosto não hesitava em colocá-la no bolso e me achava a maior sortuda por ter captado "um pequeno tesouro". Essa paixão, ou mania se preferir, se estendeu até os dias de hoje.
Ainda pego algumas pedras durante os caminhos que faço no dia-a-dia, sou louca pelas coisas que a natureza faz, e vejo beleza até em pedras rsrs. 
Mas agora não me contento mais em apenas capturar pedras, agora também entrei na onda de personalizá-las. Já tinha pintado pedras antes, mas de forma diferente, fazia uns tribais étnicos, mas só tinha feito isso em pedras grandes. 
Hoje resolvi testar a ideia de colorir as pedras com verniz colorido que não as deixariam opacas e dariam uma cor bem viva a elas. E deu super certo! Não gostei de todos os resultados, mas fiquei feliz de que tenha funcionado.  Amei em especial a pedra verde com a cordinha marrom. Numa cagada ela acabou ganhando essa cor mista
com vários tons de verde que faz parecer que seja naturalmente assim. Adoro os processos experimentais porque vem um combo de ideias. Tentei fazer tay day em duas, dá um trabalhinho e fica artificial, mas me deu a ideia de tentar fazer degradês futuramente. Minha mãe gostou de uma pedra [que não está nas fotos] e fiz um colar pra ela, jamais pensei que alguém em casa se interessasse por algo meio rústico assim.
Novas ideias sobre os colares também surgiram, vou por a agulha de crochê pra trabalhar novamente.
Sei que é viagem minha, mas essa ligação entre artesanato e natureza é uma fusão maravilhosa! É desestressante e cada etapa do processo exige de mim delicadeza e atenção, os quais nem sempre aparecem no decorrer dos dias ou em outras tarefas.
Agora preciso caçar umas pedrinhas pra renovar o estoque porque ideias não faltam. Espero que essas sejam as primeiras de muitas.

08.02.2015 Edição limitada.


Ao contrário do que a imagem propõe eu não gosto de Coca-cola. Mas sou vítima das jogadas de marketing. Desde de criança adoro as promoções. Seja de salgadinhos, de refrigerantes... eu adorava acompanhar. E vejo que hoje em dia não sou muito diferente. Essa semana fui atraída por essa latinha que vem com o nome. Até então não estava acompanhando esse tipo de coisa, tinha perdido um pouco desse lado consumista doido de querer colecionar. E eis que cai na armadilha novamente, o conteúdo literalmente desceu pelo ralo, não gosto mesmo de coca, já gostei no passado, mas hoje em dia não consigo achar graça. Mas resolvi reunir algumas coisas que eu adquiri ao longo dos anos, acho a proposta legal, essas jogadas de marketing mostram o poder da marca, pois parei pra pensar, hoje em dia pouco se vê as pessoas comprando refri em latas, e com essa ideia as vendas cresceram significantemente, somos tão previsíveis que dá raiva rsrs Armadilhas que acabam nos cativando e que muitas vezes nem nos damos conta. Seja como for coisas assim são marcantes e quem é "vitima" também acaba tirando o seu proveito. Queremos fazer parte do momento, toda edição limitada trás consigo essa tarefa de nos deixar curiosos. Se torna nostálgico, ainda me lembro das garrafinhas de 600mls de plástico que eram coloridas, tinham umas cores metálicas lindas. Lembro do refri que vinha em garrafas plásticas 400mls que tinham formato redondo imitando bola de futebol. Os ioiôs da coca que fizeram sucesso há tantos anos atrás. Os clássicos mini craques cabeçudos, os ursinhos polares em miniatura ou em pelúcia que seguravam a garrafa de coca, os chaveiros de garrafinha da última copa não me atraíram tanto, mas lamentei depois não ter pego ao menos uma.
Eu me divertia e até enchia as paciências dos outros nas minhas buscas frenéticas por tampinhas, tinha que fazer a contabilidade dos pontos, juntava várias delas e economizava a grana que eu ganhava dos trocos ao ir na padaria rsrs era uma loucura, mas foi um tempo divertido, onde tampinhas verdes e amarelas tinham um valor inestimável pra mim. Aqui onde moro sempre foi um transtorno na hora de fazer as trocas, perdi algumas promoções por nunca estar disponível, as vezes convencia meus pais de caçar algum lugar para que conseguisse trocar meus sagrados pontos pelos brindes. É tudo uma grande bobagem, mas acabou fazendo parte da minha infância.
Eu agora estou a procura de algum voluntário para esvaziar o conteúdo da minha futura latinha de coca zero com o meu nome. ^^

domingo, 8 de fevereiro de 2015

07.02.2015 Tree Little Birds

Toda vez que passo por esse lugar [que é perto de casa] via um passarinho preto nesses galhos secos cantarolando. Desta vez fui surpreendida vi logo três! Eles estavam agitados, era fim de tarde e parecia haver um coral de pássaros.
Infelizmente não saberei descrever o quanto o canto deles enriquecia o lugar. Fazia daquela tarde um pequeno espetáculo. Adoro poder prestigiar esses momentos em que pareço estar destinada a aparecer no lugar na hora certa para ver tais coisas.
Mas tarde já longe dos três cantores, vi três pessoas dos meus tempos de escola, de períodos diferentes, mas ambos estavam no mesmo lugar [cidade pequena é assim]. Fiquei feliz por rever as pessoas, mesmo quando estas ou não me viram ou não me reconheceram. A primeira foi uma professora minha de física do colegial. Ela estava meio aérea e resolvi abordá-la. Foi um tanto constrangedor, ela estava bem diferente do que eu costumava ver nas salas de aula, estava séria, sem aquele ar brincalhão, talvez não fosse um bom dia, mas a impressão que dava era de que ela talvez precisasse de um abraço. Criei coragem e falei mesmo assim, ela não se lembrava de mim, o que é compreensível afinal faz tempo já e nem imagino quantos alunos ela já teve ao longo da carreira. Mas foi bom revê-la, gostaria de ter visto ela num estado melhor, mas foi bom. Depois fui surpreendida por um ex-colega de turma, desta vez ele que me viu e cumprimentou estava levando um carrinho de compras com uma bebezinha linda dentro. Adoro poder ver o rumo que as pessoas tomaram, e sem dúvidas ele se tornou um bom pai. E por último já na saída revi um dos guris nerds com quem passei boa parte do terceiro colegial. Estava ao lado da namorada, bonita por sinal, e sorri ao constatar que aquele que tanto foi zuado por seu jeito atrapalhado e corpo magro estava agora comprometido com alguém que faria a classe toda calar a boca. Nem sei se ele chegou a me ver, mas gostei de ter presenciado aquilo. As vezes ser de cidade pequena é um saco, mas é legal poder acompanhar a trajetória das pessoas que em algum momento fizeram parte da minha vida.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

06.02.2015 Jundiaí


Não sei explicar a paixão que tenho pela minha cidade natal. Sempre que vou até lá mesmo que pra fazer algo rápido vou com a câmera preparada. Amo a arquitetura antiga, por isso ando sempre olhando pra cima [o que já ocasionou alguns tropeços rsrs] a procura de uma sacada digna de um clique. Nesse dia mesmo já sabia que trajeto faria e a foto do dia ao que tudo indicava seria outra, mas no caminho resolvi bater essa foto rapidinho, uma foto do centro da cidade, mas incrivelmente a maioria das pessoas não consegue identificar onde exatamente ficam essas casas olhando assim. 
  
Na hora de olhar as fotos que tirei não esperava que esta tinha ficado tão marcante. E acabou sendo a escolhida. Um clique certeiro.
Foi um dia agradável, sei que não vai ser sempre que poderei desfrutar de tardes como essa prestigiando as minimas coisas e perambulando pelos meus lugares preferidos. Sei que se um dia eu vier a morar longe por mais simples e "sem grandes atrativos" que essa cidade seja, eu vou sentir falta. Por isso enquanto eu posso eu não hesito de admirá-la mesmo com seu jeito simples e antiquado, gosto de alguns defeitos que aos meus olhos são um toque de personalidade, por isso sempre verei esse lugar com bons olhos.




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

05.02.2015 Etapas

Andei folheando o passado. 


Escrevo em diários desde 2004. Houve um tempo de pausa de 2009 até o meio de 2011. [tempo este em que as vezes escrevia aqui] Por mais que eu me dedicasse a preencher as folhas eu na verdade não dizia nada. Narrava meu cotidiano, mas não sabia transmitir por palavras o que eu sentia.  

Resolvi empilhar meus "arquivos confidenciais" em ordem de data. De baixo pra cima vem a contagem 2004, 2005... até enfim 2008. Acabei constatando algo inusitado... eu escrevia mais quando tinha menos a dizer, as agendas foram diminuindo de tamanho e de conteúdo. Fui perdendo a vontade de detalhar tudo, as páginas em branco se tornaram constantes até que parei. 



Tinha muito a aprender e pouco a compartilhar talvez.

Resolvi dar uma olhada geral e uma citação em 2006 me despertou a atenção: "Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais se aproximam as dificuldades". - Goethe.
Antigamente eu não tinha o hábito de pensar na vida, não sabia refletir apenas vivia, em épocas apenas vegetei. Por isso não esperava ler algo assim, algo que faz bastante sentido com o que vivo no momento.
Há um texto de Mário Quintana que li há um bom tempo mas que hoje me incomodou a ponto de eu abrir o livro para reviver as palavras: 
"As coisas que não conseguem ser olvidadas continuam acontecendo. Sentimo-las como da primeira vez, sentimo-las fora do tempo, nesse mundo onde as datas não datam [...] Tiveste uma parte da vida que foi só tua e, esta, ela jamais poderá passar de ti para ninguém. Há bens inalienáveis, há certos momentos que, ao contrário do que pensas, fazem parte da tua vida presente e não do teu passado, E abrem-se no teu sorriso mesmo quando, deslembrado deles, estiveres sorrindo a outras coisas."

Sinto  vergonha do meu passado da mesma forma que sempre acho que meu presente pode ser melhor aproveitado. Deixo meu rastro em palavras e as vezes me desconheço, em outras me descubro.
Retomei o hábito de escrever em 2011, pra muitos é algo infantil, perca de tempo... pra mim é terapia, é uma forma de entender a mim mesma. Pedaços de papel que me fazem viajar no tempo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

04.02.2015 Mata a dentro, matando o tédio.

Mal sei explicar o quanto me sinto privilegiada por morar no bairro onde habito atualmente. A principio detestava, mas numa caminhada para conhecer melhor o lugar descobri que descendo a rua do lado dava direto numa região com mata densa. Ali mais tarde se tornaria meu paraíso. O lugar onde recarrego as energias, onde encontro paz, onde posso ter contato com a natureza de uma forma que não tinha antes e perfeito para tirar umas fotos.
Amo  aquele lugar, e hoje um dia sem graça e tedioso me fez ir dar uma volta. Acho impressionante como todas as vezes que paro pra reparar o lugar nunca parece o mesmo. Parece mágico. Dá sempre a sensação de que estou descobrindo um lugar diferente. Considero esse lugar minha Terabitia/Nárnia, muito embora lembre mais a toca do coelho de Alice no país das maravilhas, já que em algumas partes há mesmo entradas que sugerem essa ideia. 
Quando dá coragem me atrevo a fazer uma trilha para explorar o lugar, sei que é meio perigoso ainda mais porque gosto de fazer essas maluquices sozinha e sem preparo algum, sei bem dos riscos de encontrar algum bicho perigoso, mas desbravar a natureza me faz esquecer um pouco disso. 

A toca do coelho, como podem ver parei no tempo
relógio de bolso sem bateria x_x
Mas nem tudo é perfeito. Na rua em frente aonde esse lugar incrível fica agora é também onde as auto escolas da cidade fazem treinamento de baliza.  Eu amava ter o lugar só pra mim, sem ninguém por perto, agora sou obrigada a lhe dar com pessoas que me acham louca por fotografar ali ou por andar em volta da mata. Eu sinceramente não me importo com o que pensam, só acho triste que não saibam reconhecer a beleza da natureza.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

03.02.2015 Renascimento


Como eu bem disse nuns dias atrás eu sou a louca dos cactos. Tenho 8 cactos diferentes. Todos eles se adaptaram bem em casa, cresceram, alguns deram muda e outros deram flores, ganharam novos espinhos, mudaram de forma, e só me davam alegrias.
Por serem plantas que não exigem muitos cuidados nem atenção especial, fui viajar sem me preocupar muito com meus bebes. Pensei que ficariam bem como sempre.
Jandira no auge.
Infelizmente quando viajei no fim de ano foi logo quando o tempo estava loucamente quente e nem mesmo os cactos suportaram bem. Assim que voltei fui matar as saudades e me deparo com um dos meus cactos num estado lamentável. O Sol havia queimado por completo todas as suas folhas e a planta havia morrido. Fiquei muito triste ao constatar isso, me senti negligente, sabia que alguns dos cactos eram mais sensíveis ao Sol, mas Jandira [nome do cactos que sofreu os danos] sempre se mostrou resistente. Mas como nunca tinha passado por um período tão quente não podia prever um desastre que causasse tamanho estrago.
Jandira minuscula, um pontinho verde renascendo. 
Jandira minha cactos suculenta linda que ia do tom verde ao roxo amarronzado nas pontas tinha uma forma que lembrava uma flor de lótus. Não tenho um cactos preferido, mas esta sem dúvidas era uma das mais bonitas. [sim tenho cactos "fêmeas" rsrs]
Ver todas as folhas caírem me fez pensar que Jandira tinha morrido. Ainda assim continuei cuidando mesmo sem ter esperança de que ainda estivesse viva. Eu adoro plantas e costumo até mesmo conversar com elas. Sempre dava umas palavrinhas de incentivo pra Jandira retornar, e eis que hoje quando pensei em usar o vaso para outro fim dona Jandira estava de volta \o/ Minusculas folhinhas verdinhas saiam do miolinho e eu fiquei super alegre com isso. O legal agora é que poderei acompanhar todo o processo e ver ela crescendo. Agora a família está completa de novo e espero que Jandira cresça e fique bem e recupere toda sua beleza <3

02.02.2015 o X da direção.

As páginas em branco. E o caminho a ser traçado.

Hoje foi dia de algumas surpresas se revelaram no caminho. Fui junto com a Débora, [esposa do meu primo] resolver umas coisas e andar, encontramos com a irmã dela e acabamos indo parar num dos meus lugares preferidos. Andamos um bocado, na volta erramos o caminho, logo nos localizamos e rimos o trajeto todo. Estava cansada, estava chateada [esqueci a câmera em casa logo hoje!] e quase perdi a oportunidade de viver o melhor do dia. As vezes a vida parece um caça ao tesouro cheia de pistas com charadas. Foi o que aconteceu hoje. Depois de andarmos bastante ainda resolvemos passar como última parada no shopping. Destino: Livraria Saraiva. 
E por coincidência uns amigos da Débora nos encontraram lá. Meu primeiro pensamento foi o típico de que eu deveria ficar na minha sendo indiferente, afinal estava enferrujada com essas abordagens, de tanto evitar ocasiões assim virei um desastre pra falar com pessoas que não conheço. Mas depois lembrei do quanto já pus a perder por escolher a direção errada. Sem muito esforço acabei abrindo mão da zona de conforto e vi que estava diante de pessoas divertidas inteligentes e interessantes. Acabei achando espaço para ser eu mesma e curtir a companhia de pessoas maravilhosas. Foi uma extensão do dia de ontem no sentido de me socializar. Conversamos sobre várias coisas, rimos, discutimos ideias, e em determinado momento estávamos sentados na mesa redonda rindo sem parar e refletindo e aprendendo com a forma de pensar de cada um. Cada um contribuiu a sua maneira pra fazer daquela conversa um momento muito bacana. 
O que venho vivenciando é que o mundo se abre quando você abre mão das próprias limitações.
Volto a pensar que mais que o X da questão. o X da direção também deve estar em pauta. Afinal é preciso se levar a questão adiante, somente demarcá-la não nos faz entendê-la.  Eu tinha consciência do que me impedia de melhorar nesse aspecto, mas não me dispunha a ir além de dar o primeiro passo, de me dirigir a solução.
Nesse caça ao tesouro não basta matar as charadas, temos que seguir as pistas. Por isso chega de seguir as minhas tradições ultrapassadas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

01.02.2015 Dê o fim.


De alguns anos pra cá passei a ser mais isolada, introvertida e até anti-social algumas vezes.
Mas hoje tive a oportunidade de melhor nesse aspecto.
Delphin :3
Qualquer evento social era desestimulante pra mim, ia aos lugares por consideração ou obrigação, sem ver nisso oportunidade de entretenimento e diversão, muito pelo contrário, via como tortura. Em outras palavras: Eu optei por ser chata e me acostumei a ser assim.
Mas ontem foi um dia cheio e uma noite agradável. Nem me sobrou tempo de elaborar uma foto [acabei tirando essa tarde da noite, não restou muita coisa pra fotografar além desses golfinhos do percurso] comi comida japonesa, conheci gente nova, ri, e enfrentei o velho hábito de ignorar algumas pessoas [que já tentaram se aproximar mas que eu indiferente repelia com meu jeito estranho de ser] Acabei exorcizando essa coisa ruim que me escondia em mim mesma.
Ao invés de querer ser como os golfinhos no sentido de dormir com um dos olhos abertos, [meu jeito desconfiado de ser que me impedia que levar os outros a sério] acho que está na hora de aderir o lado mais amigável.