sexta-feira, 31 de julho de 2015

31.07.2015 Dando uma olhada



Post em atraso rsrs Eu estava arrumando as fotos pra atualizar o blog quando notei que havia uma sobrando, ai venho aqui e noto que esqueci de publicar a foto do dia 31 rsrs Felizmente da foto eu lembrei no dia. A foto de hoje é essa coisa feia ai mesmo. Eu estava em mais uma madrugada em claro quando lembrei da foto do dia (lembrando que eu só conto como dia seguinte quando amanhece e não depois da meia-noite rsrs) Daí que eu já suspeitava que meu aspecto seria dos piores e peguei um espelho pra verificar. Acabou que daí eu fiquei brincando com o reflexo dos meus olhos, que por sinal estão um tanto bizarros graças as majestosas olheiras e convenhamos o formato dos meus olhos também não ajuda. Ainda assim, ou talvez por isso, achei legal a bizarrice de ver como a expressão do olhar mudava quando refletida em certos ângulos do espelho. E ai nasceu a ideia pra foto de "hoje" (na verdade estou escrevendo aqui quase uma semana depois). Por ser madrugada a claridade não ajudava muito o que me tirou a chance de usar as ideias que foram surgindo pra elaborar uma foto legal, tive que usar o flash e como não queria ficar mais cegueta do que já sou não dei muitos cliques. Mas valeu a experiencia, uma coisa boba dessas me fez ter umas ideias legais que mais pra frente espero por em prática. Esse desafio fotográfico muitas das vezes é o responsável por ideias mirabolantes.
p.s: Lembrar de deixar a sobrancelha decente numa próxima sessão do estilo kkkkk


30.07.2015 - Elefante Branco


Elefante branco: é uma expressão idiomática para uma posse valiosa da qual seu proprietário não pode se livrar e cujo custo (em especial o de manutenção) é desproporcional à sua utilidade ou valor.
Origem do termo: De acordo com o professor Ari Riboldi, no seu livro 'O Bode Expiatório', a expressão teve origem em um costume do antigo Reino de Sião, atual Tailândia. Lá, o elefante branco era raríssimo e considerado animal sagrado. Quando um exemplar era encontrado, deveria ser imediatamente dado ao rei. E, se um dos cortesões, por alguma razão, caísse na desgraça do rei, este o presenteava com um desses raros animais. Não se podia recusar o presente, nem passá-lo adiante, afinal era um animal sagrado e um presente real. A obrigação era cuidar, alimentar e manter o pelo do animal sempre impecável - o que representava grande custo e trabalho constante, sem nenhum retorno ou utilidade prática.
Eu ganhei esse elefantinho de uma ex-vizinha, pessoa que aliás admiro muito, foi um presente de natal, ela me deu com o intuito de servir como amuleto, daqueles que o elefante fica com o bumbum virado pra porta e com isso afasta as energias negativas. O caso é que eu não acredito nesse tipo de superstição. Eu realmente amo elefantes e gostei do presente, mas mantenho ele bonitinho num cantinho especial, e nada de bumbum virado pra porta rsrs.
Me deparei hoje pela primeira vez com o tal termo "Elefante Branco" quando fui buscar o significado e origem achei interessante. E imediatamente me lembrei do meu elefantinho, mas de forma alguma atribuiria esta expressão à ele. 
Enfim o que me fez trazer o tema a tona é que eu acabei, como de costume, levando isso pra minha vida. Parando pra pensar creio que tenho alimentado inúmeros elefantes brancos, a diferença é que eu me submeto a isso, como se eu colecionasse os tais elefantes e acumulasse prejuízos cuidando de suas manutenções, alimentando aquilo que em nada me beneficia. Eu realmente preciso perceber quando faço escolhas que mais me prejudicam do que me trazem retorno. Essa teimosia de querer tomar conta de tudo e acabar não dando conta de nada... é peso demais pra uma magrela como eu querer sustentar.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

29.07.2015 - Árvore da vida

Finalmente uma foto de um dos lugares que mais gosto. E não, não tem nada de muito especial, aparentemente. É só uma mata onde há uma pequena entrada, lá dentro o chão é rasteiro e os ramos das árvores cobrem o lugar fazendo parecer uma espécie de "sala" e tem no meio uma árvore que eu amo. Pra mim há algo de mágico nesse lugar e não adianta... fotos não captam isso. Desde a primeira vez que criei coragem de entrar na brecha entre o mato e as árvores, eu já via aquilo como uma tímida entrada, eu acreditei que esse lugar era especial. Já andei por outras partes da mata, e ela é densa, o único local onde ela tem esse espaço livre assim é ai. Como se realmente fosse um lugar a espera de ser descoberto. A primeira vez que entrei era tudo diferente... os cipós cobriam a "entrada" como se fossem cortinas. E eu posso afirmar que quando olhei pra essa árvore foi amor a primeira vista. A forma como os galhos dela cobrem o lugar dando a impressão de abraçar todo o ambiente, criando a ilusão de ter um teto, fragmentando o céu que só pode ser visto por frestinhas entre os galhos e as folhas. Sei que numa das vezes que entrei haviam queimado a mata e estava tudo completamente diferente. As poucas folhas que restavam eram marrons, os galhos secos, sem vida, e o chão cinza... era de partir o coração, mas a árvore do centro permanecia viva, intacta ainda sustentava tons de verde e por isso se destacava ainda mais. Por outras vezes passei por ali e nem mesmo as entradas conseguia achar. Não sei se o mato crescia a ponto de ofuscar as aberturas, mas eu ficava realmente intrigada com a forma como esse lugar mudava tão rapidamente, em questões de semanas parecia outro. Toda vez que entro ai é como se algo tivesse mudado. A árvore do centro é a mesma, mas sempre sinto uma sensação diferente. Essa árvore dá vida a minha imaginação. O espaço é ótimo pra meditar, refletir, ler... mas eu sei que não sou a única que se aventura por ali. Hoje mesmo notei que improvisaram um banquinho e fizeram uma marcação na árvore. Seria muita sorte ter esse espaço só pra mim, mas claro que um lugar assim merece mesmo ser descoberto. Se é perigoso? Claro que é... o que não é perigoso hoje em dia? rsrsrs Mas eu sei dos riscos que corro, tenho certas precauções e acho que os riscos valem a pena, pois prestigiar um lugar repleto de paz e tão significativo pra mim já é uma recompensa e tanto.

terça-feira, 28 de julho de 2015

28.07.2015 A menina feita de espinhos

Retrato da Skelita pra hoje <3
Some: um filme intrigante + um livro inspirador = reflexão.
Assisti o filme Loreak ontem e hoje comecei e terminei o livro A menina feita de espinhos. As histórias não tem ligação alguma, a não ser pela fragilidade e força das flores. Tanto o filme como o livro podem ser alvo de criticas negativas, sei que em um faltou enfase no desenrolar da história enquanto no outro sobrou enfase por vezes sendo repetitivo. Mas ainda assim para mim ambos tiveram uma importância enorme e me marcaram profundamente. Tanto o filme quanto o livro e somados ganharam mais força ainda, como complementos. Eu não sei explicar o impacto que essas duas histórias diversas causaram em mim. Eu sei que mesmo tendo uma parcela de melancolia elas também me trouxeram aquela sensação boa da própria inspiração, a vontade de fazer a minha história também acontecer. Me perturbaram me fazendo absorver as emoções dos personagens e querendo vivenciar algo novo, como se me trouxessem fôlego depois de anos com falta de ar. Eu não sei se tem um nome exato pra essa sensação. O que eu sei é que despertou algo dentro de mim, de uma forma tão poderosa que eu me assustei, desde criança eu não tinha essa sensação, é como se eu tivesse desvendado um grande mistério ou achado um tesouro. E talvez seja isso mesmo. Essas histórias me fizeram cavar dentro me mim mesma aquilo que havia sido soterrado com o tempo. Me despertou. Me deu vontade de voltar a escrever, me deu vontade de voltar a sonhar com coisas das quais havia esquecido. Essa pitada de fantasia de repente me abriu os olhos e o coração para a realidade. Outro filme que assisti que achei bonito foi a animação Jack e a mecânica do coração. Achei absolutamente perfeito a forma como foi desenhado, e amei alguns detalhes como a coluna de xilofone, o buquê de óculos, a personagem Miss Acácia e a forma como o coração sensível do Jack é retratado. Uma animação francesa que na minha opinião é melhor que algumas produções americanas. E o estilo me lembrou muito A noiva cadáver de Tim Burton. Achei também inspirador e gostoso de assistir. Me sinto preenchida por uma paz inquietante que não sei descrever, só sei que é algo que deve ser colocado pra fora, afinal não cavei a toa, há algo aqui dentro que estava a espera de ser descoberto. E um livro e dois filmes que talvez vistos individualmente não sejam tudo isso... mas pra mim se tornaram especiais pois conseguiram me atingir em cheio, e eu espero que disso saiam frutos, pois toda essa energia boa merece ser convertida em algo igualmente simbólico.       

segunda-feira, 27 de julho de 2015

27.07.2015 - Tamanho não é documento

Os ânimos voltaram e as coisas estão se ajeitando. E hoje porém me deparei com algo que há tempos não ocorria e que eu já estava gostando de não mais me deparar com esse tipo de coisa. Sei que não foi com a intenção de ofender, mas quando uma guria chega e começa a dizer como eu deveria agir, como eu deveria me vestir, como deveria ser meu cabelo e questiona meus alargadores tentando me convencer de que eu ficaria melhor sem eles...
uau eu realmente tive que rir. Era como um guia prático para que eu virasse um robô. Me impressiona a coragem dessas pessoas de querer impor sua opinião mesmo quando se trata da vida de outra pessoa. "Mulher tem que ter cabelão... você ia ficar linda se deixasse o cabelo comprido" ou "tira esse alargador, vai ficar bem melhor sem ele". Me sinto privilegiada de não me apegar a estas ideias. Nem me desgasto mais explicando a esse tipo de pessoa que não sinto necessidade de seguir ["conselhos"] regras para me sentir aceita, bonita, ou seja lá o que for. Eu ingenuamente achei que coisas do tipo não ocorreriam mais, acreditei cegamente que o pessoal tinha a mente mais aberta. Não tenho esse tipo de problema nem na área profissional, que seria até compreensível, e até respeito quando são questionamentos vindos de gente mais velha ou que não estão habituados, mas o mais absurdo é que as criticas vieram de alguém que tem a mesma idade que eu, que convive com isso, talvez se sinta superior por estar mais de acordo com o ideal cristão. Não vou entrar na parte religiosa pois sei que generalizar seria uma grande burrice. Mas acho lastimável de verdade. Eu tenho dó dessas pessoas. Gente que confunde opinião com razão. Eu amo experimentar coisas novas, mudar o cabelo, furar piercings... e nem por isso acho que todos devem ser assim também, eu sei apenas o que funciona pra mim e na realidade me acho bem comum, nem esperava que incomodaria alguém. Eu entendo que cada um tem sua forma de se sentir bem, seja do jeito convencional ou radical, não importa, não vejo cabimento em querer mudar aquilo que faz a pessoa ser ela mesma, ainda mais se ela se sente bem assim. Eu não gosto de formulas mágicas, já tive cabelo com mais de 60cm e hoje o meu mal chega aos 20cm e minha auto-estima não depende do tamanho do cabelo. Faz tempo que deixei de me submeter ao que os outros gostam, de agir esperando receber atenção. Eu amo ser autêntica. Amo até quando me arrependo de algo, pois o mero prazer de ter tentado já é o suficiente pra valer a pena. Já se tornou até um assunto cansativo quando se trata de alargador. Não eu não me arrependo, não tenho pretensão de tirar ou diminuir e se tiver um dia, tiro sem problemas há meios pra isso. Eu gosto de viver o agora, gosto de agir de forma que possa me expressar e o jeito é rir mesmo dessas pessoas que tentam me salvar cuidando [em vão] da minha vida.
    

domingo, 26 de julho de 2015

26.07.2015 - Balanço

Hoje o dia foi todo louco. Ontem dormi na casa da minha cunhada pois aproveitando que meu irmão não estaria por lá juntamos umas amigas e fizemos uma noite do pijama. Mas logo cedo eu já tive de ir a casa da minha avó, já que meus tios de SC estavam de passagem por aqui. Depois disso fui a Jundiaí na tentativa de ainda conseguir vaga no Sesc pra uma oficina, mas em vão, acabei indo passar o tempo no jardim botânico até finalmente dar a hora de eu ir ver minha prima em sua estréia com o violão na igreja que ela frequenta. Da outra vez que fui ver ela na igreja acabei me atrasando, era uma peça de teatro e por sorte mesmo atrasada cheguei a tempo de vê-la. Hoje pra não correr o risco quis me adiantar e no fim cheguei cerca de uma hora antes. De sorte que ali por perto há uma praça onde acabei passando o tempo terminando de ler um livro. E foi nessa praça que achei esse balanço abandonado. Me deu uma nostalgia ver isso, pois me fez lembrar das diversas vezes que eu e minha prima íamos ao parquinho perto da casa dos nossos avós para brincar e competir quem balançava mais alto ou quem pulava mais longe, ou simplesmente sentar pra conversar. Foram nos balanços que a gente cresceu juntas, entre conversas bobas e risadas, e até confissões, teorias e desabafos. É legal acompanhar o crescimento e as mudanças de alguém, só é estranho quando você olha pra trás e já não reconhece mais a garotinha do passado ao ver que ela é agora uma moça completamente diferente. E fiquei esperando, eu tava meio assustada ali de noite sozinha com frio, super adiantada e sabendo que é sempre estranho entrar numa igreja em que você não conhece ninguém. Mas a hora passou rápido e logo eu estava lá dentro vendo minha prima tocar. Eu sou uma bobalhona, pra ela nem era nada demais, mas pra mim foi emocionante. Ela me surpreendeu, tá tocando bem demais. Fui eu quem a ensinou a tocar as primeiras músicas e hoje ela pode me ensinar muito mais coisa, dá orgulho de ver. A diferença de idade atualmente tem se mostrado um desafio pra nós, já que ela tá naquela fase de zoar/causar e eu já gosto de ser discreta e me sinto "velha" pra tais coisas, mas nada disso me faz deixar de amar aquela criaturinha. Eu desejo ver ela tendo sucesso em tudo que fizer, eu sei o quanto ela se empenha o quanto a determinação dela vai a levar longe. E eu espero sempre poder estar presente pra acompanhar cada progresso e estréia, me emocionar em todas as vezes, mesmo sem demonstrar pra que ela não fique se achando rsrs Eu devo ser a maior fã dessa garota maluca e tenho certeza que ela sempre me dará motivos pra que eu admire. 

sábado, 25 de julho de 2015

25.07.2014 - os detalhes que poderiam passar despercebidos

A foto de hoje é da Matilda. Uma plantinha especial diga-se de passagem. Eu a amo muito, assim como minhas demais plantas, mas essa é especial, por ser a primeira árvore que plantei e porque foi a última experiência que tive junto da minha avó com as plantas, foi a última vez que fomos juntas na floricultura, foi ela que me ajudou a plantar e meu deu as dicas de cuidados. Sendo assim Matilda é toda significativa pra mim. Eu já queria ter postado fotos dela bem antes, ela ainda é bem pequena, mesmo já tendo um certo tempo de vida. Hoje resolvi que ia tirar umas fotos dela, então estava eu ali toda abobalhada com a câmera em mãos quando de repente levei um puta susto e pulei pra trás. Meu nariz estava a menos de dois palmos de distancia de uma aranha que por sinal se camuflou muito bem nas folhas da Matilda, eu mesma preferia nem tê-la notado. Eu não tenho medo de barata, não tenho nojo/medo de pegar lagartixa, besouros, grilos na mão, gosto de insetos... mas aranhas [e abelhas como disse num post de dias atrás] são insetos que eu realmente não sei lhe dar. Quando eu tinha três ou quatro anos que desenvolvi meu medo por aranhas. Minha mãe estava lavando o quintal com a mangueira e eu tava ali por perto, ela pediu pra mim fechar a torneira e foi ai que ocorreu o primeiro encontro com uma aranha de que me recordo. Levei um susto que me arrancou um gritinho. Assim como hoje, anos atrás a aranha estava a uma distancia bem pequena do meu rosto. Naquela época a aranha era grande o suficiente pra uma garotinha de imaginação fértil e pouca estatura considerá-la enorme. Fantasiei até que ela me fazia uma careta a qual exibia pros familiares sempre que me pediam pra relatar meu confronto com a aranha [coisa que me faz ser zoada até hoje quando lembram da cara de mau que eu fazia] eu só sei que tentei matar a aranha afogada, mas sem sucesso acabei indo dormir com medo de que ela viesse em busca de revanche. Tem horas em que eu preferia que minha distração me poupasse dos sustos. Tem inúmeros outros detalhes na vida que me fazem assustar a toa, que me deixam sem ação e que expõe meus medos sem lógica me fazendo ser patética, coisas que eu preferia nem ver, que eu preferia que não tivessem um poder tão grande em mim.
Mas felizmente a noite foi salva. e eu até acabei me esquecendo da aranha maldita.  

sexta-feira, 24 de julho de 2015

24.07.2015 - Em obras

Hoje foi um dia complicado. Daqueles que nada parece dar certo, fora que ainda estou me recompondo sobre o que aconteceu ontem. Eu não costumo guardar rancor de ninguém, mas tenho uma dificuldade enorme em ME perdoar quando falho, fico me punindo ou me acusando, não me conformo tão facilmente porque sempre cobro de mim crescimento e quando regrido sinto vergonha de mim mesma. Hoje a tarde passei num terreno onde eu e minha prima costumamos ir, é o nosso refúgio nos domingos. Por lá andávamos de bicicleta ou simplesmente íamos bater um papo com mais privacidade. E como hoje eu precisava mesmo de um pouco de paz foi bom ir até ali e ficar um tempo sozinha. Mas não me ajudou muito quando constatei as mudanças que o lugar está sofrendo. As obras ao redor não param de crescer, boa parte daquele espaço já foi tomado e creio que não falte muito pra que o restante também ganhe outra forma. Mas é difícil imaginar como será quando o lugar deixar de existir. Impossível não acabar refletindo. Dentro de mim também há cantos que eu queria preservar intactos, pois são meus refúgios. Mas sei também que são áreas vagas que terão de ser usadas para construir e abrigar novas histórias. Isso não deveria ser ruim, eu deveria gostar do processo de erguer novas estruturas e deixar algo de concreto onde antes era abstrato. Acho que me acostumei tanto a paisagem que nem sempre consigo visualizar a obra finalizada.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

23.07.2015 Flor que não se cheira

Estava passando na rua quando me deparo com esse girassol que é enorme a flor tem o tamanho da minha cabeça rsrs e resolvi tirar uma foto. Embora eu até ache bonito eu não gosto dessa flor, amo insetos mas não simpatizo com as abelhas [embora admire a importância que elas tem para a natureza] e nunca dou sorte... é me aproximar dos girassóis pra essas danadas aparecerem, então já evito. Desta vez até que dei sorte, e pude apreciar a beleza do girassol sem alardes.
Cheguei em casa e decidi que ia dar um jeito nas plantas que tem no final da rua que moro. As ervas daninhas estavam tomando conta e dando um aspecto de descuido ao lugar. Fui até lá e gastei ao menos uma hora arrancando as daninhas e limpando a terra. Descobri que embora seja uma tarefa cansativa é bom pra quando eu estiver estressada, já que arrancar as daninhas pela raiz exige força, seria um belo meio de descarregar a raiva em algo produtivo. Sei que não é o tipo de trabalho que é elogiado, ou se quer notado, mas fiquei bem satisfeita de ter realizado essa tarefa, as árvores que estão plantadas ali pareciam agradecer o cuidado. Achei que o post de hoje seria apenas sobre isso. Mas durante a madrugada, quase amanhecendo algo ocorreu. Uma espécie de parte II do dia 30/01. A diferença é que desta vez eu tinha a distância a meu favor. Embora a catástrofe seja a mesma. Engraçado como mencionei o Mr. Big dias atrás e o equivalente a ele me surge do nada numa madrugada dias depois. Eu realmente achei que existia uma amizade possível, mas é hora de admitir que não. Eu me sinto como as árvores do final da rua... estou cercada de ervas daninhas que me sufocam, pareço estar largada ao dividir espaço logo com quem interfere atrapalhando no meu desenvolvimento. É por isso que por mais que eu tenha me habituado a este terreno descuidado, que doa a quem doer é preciso que o mal seja cortado pela raiz. Dá trabalho, as mãos ficam machucadas, [já que são muitos os espinhos] mas é o que tem de ser feito, ambos sabemos mas ninguém tem audácia de admitir. Algo que te faz mal, mas que você aceita por simplesmente estar acostumado: burrice. Sempre que me aproximo dessa criatura me distancio de mim mesma. Isso tudo me faz lembrar uma frase do livro a insustentável leveza do ser: "Mas era justamente o fraco que deveria saber ser forte e partir quando o forte fosse fraco demais para poder ofender o fraco." Já é difícil carregar minha parcela de culpa, não posso aguentar a culpa por nós dois. Debocha das consequências, e é ai que nossas diferenças começam a entrar em conflito. Eu sempre gosto de associar as pessoas ao que de bom elas representaram pra mim, por mais que tivemos bons momentos, não consigo mais te ver sem pensar que representa um erro. E mesmo não existindo nada ainda existe esse mal-estar que a gente tenta [em vão] converter em algo bom, e a cilada está justamente ai: tem coisas que não sobrevivem as mudanças. Você conhece bem minhas fraquezas mas chegou a hora de conhecer minha força. Preciso arrancar essas raízes, e diferente do que pensava nem mesmo será difícil, já que se permitiu ser tão superficial.   

quarta-feira, 22 de julho de 2015

22.07.2015 Haja luz

Em desenhos animados a forma de ilustrar quando alguém tem alguma ideia é geralmente colocando uma lâmpada encima da cabeça do personagem. Eu na vida real posso dizer que vivo isso literalmente, já que meu abajur fica na parte de cima da minha cama, e é geralmente nas madrugadas em claro quando acendo essa coisinha que me vêem boas ideias. Eu lembro de quando fui comprar esse abajur. Tinham várias cores, preto, branco, prata, vermelho... mas eu me apaixonei pelo rosa. O mais estranho é que odeio essa cor. Quando coloquei ele no meu quarto a primeira coisa que minha mãe disse foi: "porque escolheu rosa?" com uma cara de quem queria rir. Realmente vindo de mim essa escolha era irônica. Mas se for ver há tantas coisas que escolho na vida que não condizem com o que as pessoas esperam de mim. Que vão contra até mesmo o que eu pensei que sabia a meu respeito. E sabe por mais contraditórias que escolhas assim sejam creio que há algo de interessante nisso, de superar um tipo de padrão auto imposto, de ver que não dá pra generalizar, de experimentar uma coisa diferente, a gente se descobre nessas coisas pequenas. Quantas e quantas vezes não acendi esse abajur pra ler, escrever, pra desenhar, pra simplesmente usar como sinal de desistência das tentativas de pegar no sono e ficar encarando o teto com o pensamento longe. Estranho como coisas que antes não nos faziam falta alguma a partir do momento que entram nas nossas vidas a gente se torna rapidamente dependente. Eu não me imagino mais sem um abajur pra clarear as ideias que vem nas madrugadas. Me conheço e sei que tem coisas que eu não teria feito por conta de não querer levantar a noite pra acender a luz do quarto rsrsrs Eu realmente gosto dessa coisinha cor-de-rosa é só um abajur, mas também é fonte de ideias, também é a própria contradição, e assim acaba sendo muito mais do que parece.

terça-feira, 21 de julho de 2015

21.07.2015 Nem tudo é perfeito

Hoje o dia foi cheio. De manhã veio a tão aguardada boa notícia, a alegria me preenchia, é estranho estar feliz mas ao mesmo tempo se sentir culpada por isso. Não deu certo pra todos, e há quem não saiba perder, mas isso não me impediu de comemorar. Não me deixei abater e segui adiante em busca das fotos que deixei pra revelar. Daí outro susto, na câmera Werlisa de 36 fotos só 8 saíram. Mas todas as que saíram ficaram maravilhosas. Tem fotos de alguns rolês e minha preferida foi a última, que tirei de uma cerejeira. No fim eu amei, a qualidade compensou a pouca quantidade rsrs, mas não irei usá-la tão cedo de novo. A outra câmera que também mandei revelar surpreendeu, as fotos ficaram bem legais e é interessante lembrar de algumas imagens só na revelação, demorei tanto pra revelar ela que tinha coisas lá de que eu nem lembrava mais rsrs o resultado de ambas é simples, mas pra mim ficou incrível, considerando que não havia garantias de que os filmes renderiam algo, e não é a imagem em si que me emociona, mas o significado. Voltei pra casa agora com a alegria acumulada e com motivação pra fazer arte. Peguei uma das pedras e fui pintar. Desta vez fiz uma corujinha, uma experiência nova vinda de uma vídeo aula que assisti. Eu não tinha todos os materiais, nem mesmo sei desenhar corujas direito, mas queria tentar e resultou nisso ai. Finalizei com verniz e me arrependi disso, porém de modo geral eu me diverti muito no processo, adoro unir coisas que gosto para criar algo novo. Pedras e pinceis tem se tornado uma combinação frequente. Eu já me arriscava a pintar, no começo sem noção alguma, como aquela pedra com tribal que foi a primeira que colori. Depois por curiosidade taquei tipos diferentes de tintas em outros tipos de pedras e fui experimentando até aprimorar, daí veio as pedras pintadas que uso nos colares. Tudo que fiz até então era pura tentativa e erro, eu ia elaborando minhas próprias táticas, sem ideia nenhuma se funcionariam. Então ontem resolvi pesquisar pra ver se podia aprender algo sobre pintar pedras, e foi ai que descobri as artes do Maurício Moraes no youtube e achei o máximo, peguei umas dicas legais que vão agregar muito nas próximas peças. Em breve farei uma bela compra de artigos para artesanato e colocarei muita coisa que aprendi em prática, misturando ideias e cores. Eu realmente amo aprender coisas novas, criar algo é maravilhoso. Não satisfeita ainda fui tentar outra nova experiência. Fiz meu primeiro pingente com pedra presa por arames. Eu tentei fazer sozinha pra sentir o material novo e tal, e acabou dando certo, fiquei ainda mais feliz, fiz dois. Mas ainda irei estudar direitinho e logo espero pegar o jeito. Usar arames envolvendo as pedras dá um toque muito legal, e claro remete ao visual hippie que eu amo. Eu estava até rindo a toa. É muito bom se sentir realizada.
Essa foi a parte boa...

Infelizmente não demorou muito até que notícias ruins somadas a pessoas com animo escasso e tendência ao stress ofuscassem minha vitória conquistada pela manhã, deixando esta cair no esquecimento. Eu não deixei que isso me diminuísse, mas é frustrante ver o quanto uma pessoa pode não ser tocada por algo de bom e se deixar dominar quando está diante de algo ruim e não satisfeito piorar a situação. Felizmente eu consegui intervir e diminuí o caos. E embora o dia não tenha tido o desfecho que merecia ainda assim consegui manter a alegria, e creio eu que isso é o mais importante.
Tudo parece dar errado, gente que se aborrece ao invés de seguir em frente, as poucas fotos que saíram, o verniz que quase estragou a pintura e gente que se exalta e desconta nos outros... pequenas derrotas, se somadas talvez sejam o bastante pra estragar um dia que poderia ser perfeito, mas que não são nada se comparadas as vitórias que atingi. Conseguir a vaga que queria, me surpreendi com as fotos, conclui uma pintura diferente, fiz pingentes com um novo material [material este que queria testar há tempos]... Não se pode somar só a quantidade de coisas que deram errado, antes de tudo é preciso olhar pro que deu certo porque no fim é isso que vai fazer o dia ter valido a pena. Na realidade todo dia nos dá as duas opções: comemorar ou lamentar, o que vai fazer a diferença é qual destas opções você escolhe.  

segunda-feira, 20 de julho de 2015

20.07.2015 - A pé

Uma coisa que aprendi a gostar foi de fazer caminhadas. Depois que me mudei de bairro tive que me habituar a bater perna para ir aos lugares e desde então venho gostado de sair por ai caminhando. Percebi que há várias e várias coisas que eu não notaria se estivesse de carro. E hoje foi um dia bom pra isso. A caminho da casa de um amiga esbarrei com essa lindeza numa calçada. Ao longo do caminho vi mais coisas interessantes. O próprio trajeto já é um lazer, fora que o corpo agradece, coloco uma musiquinha pra tocar e ganho ritmo ao mesmo tempo que me encanto com as coisas que vejo e meu all star velhinho vai se gastando ainda mais. 

domingo, 19 de julho de 2015

19.07.2015 Constelação

Mais uma foto de Lua sorridente. Abri a porta de casa e e dei de cara com uma Lua maravilhosa acompanhada de duas estrelas, como sempre minha reação foi correr buscar a câmera e tentar a sorte. Eu realmente amo o bairro que moro no sentido da vista privilegiada. Eu sei que a foto não ficou tão boa, mas consegui ao menos captar a ideia principal: Somar o brilho da lua e das estrelas com as luzes das casas ao fundo, ligando céu e Terra numa coisa só.

sábado, 18 de julho de 2015

18.07.2015 Cores opostas

Enquanto estava batendo um papo com minhas plantas resolvi também bater umas fotos. Reuni a família *Cactoones* e dei uns cliques. Tem uma suculenta que está de fora pois ainda é uma bebê criando raízes, se trata de uma mudinha que ganhei de uma amiga. Aliás quando for "batizá-la" [colocar num vaso só dela pra juntar com as "irmãs"] aproveito pra colocar um nome também, já que todas as minhas plantas [inclusive as que não são cactos] têm nome. Okay eu sei que viajo demais quando se trata de plantas, crio uma espécie de laço afetivo que se compara ao as pessoa sentem por um bicho de estimação. Sinto um amor por essas coisinhas que nem sei explicar.A foto de hoje pode parecer zoada, geralmente odeio esse efeito de negativo que inverte as cores, mas com os cactos achei bem legal, as cores inversas ficaram em tons de roxo e azul daquele jeito florescente psicodélico e acabei gostando. Essas plantas são tão danadas que ficam lindas de tudo que é jeito. 

Família *Cactoones* reunida :D

[Uma breve discrição, de baixo pra cima: Ptolomeu: o cactos tricórnio, o anãozinho que está desfocado. Veridiana: clone da falecida Jandira, lembra uma flor de lótus. Milena: a plantinha carnívora. Benevides: o cópia do Furdúncio. Bethânia: quase uma imitação de flor de lótus só que esbranquiçada. Furdúncio: primogênito, cactos ruivo. Carradine: o cactos cuja o nome tem toda uma história. Manfredo: Dono dos espinhos mais longos e afiados. Jocasta e Jussara: São siamesas de tamanhos diferentes [Jussara tá cortada :/] Cactos com formato de estrela se vistas de cima, as que mais crescem].

sexta-feira, 17 de julho de 2015

17.07.2015 - Margem

Sujo. Descuidado, despercebido. Mais vivo. Plantas se refugiam sobre sua superfície, e outras crescem a sua margem. A água mesmo não tão cristalina quanto deveria, ganha o desenho das árvores como reflexo em seu espelho d'água embaçado.As pedras ao fundo denunciam o quanto é raso dando a falsa impressão de ser inofensivo a primeira vista. Tímido, fica completamente esquecido. Não atraí admiração pela falta de cuidados, nem mesmo é notado por mais que esteja num local dos mais movimentados. Só é lembrado ao virar problema, quando as água quietas despertam e resolvem correr, impulsionadas pelas chuvas que lhe dão a força que o torna "vilão". Nesses momentos consegue atrair olhares: quando é tarde demais. E quando a fúria passa, com ela também se vai seu momento de fama, parecendo estar presente somente ao ser um problema. Se o mencionam é para reclamar e nunca pensam que o mesmo, se tivesse oportunidade, poderia ser um meio de restaurar um ecossistema que foi se deteriorando, fora os inúmeros benefícios que isso significaria, até mesmo na parte estética da cidade. Eu não consigo passar indiferente, sempre achei que o Rio Jundiaí, onde corta a cidade de Itupeva, foi negligenciado. Há trechos em que o rio é imponente e chega a ser bonito, cercado por pedras e árvores [vou tirar foto dele qualquer hora pra postar aqui, é lindo]. É de partir o coração ver um rio poluído, um rio cujo potencial é ofuscado. Há trechos em que o mesmo rio tem um animo mais ameno e é ainda menos notado, como este da foto.
Eu fico indignada com a falta de cuidados, por parte da população e da prefeitura pela ausência de providencias. Por enquanto não tem mais acontecido de transbordar, mas será que é preciso esperar várias famílias passarem por um transtorno [que poderia ser evitado] pra voltar a pensar nessa questão? Tá tudo errado na verdade. Algo tem que ser feito e não dá mais pra se iludir e contar com a sorte. Me entristece é a falta de interesse visando restaurar a qualidade do rio, da falta de zelo com a natureza. Destroem tudo, fazem as coisas mal feitas piorando as condições e ainda por cima fingem que está tudo bem assim. Muitas áreas seguem o mesmo rumo: só são levadas a sério quando chegam numa situação extremamente crítica. Precauções que nunca são tomadas e até o bem estar da população que é deixada de lado. Infelizmente as coisas seguem assim: só se mobilizam quando algo os afetam diretamente. Se o rio tá ficando cada vezes pior pouco importa. Por isso que decidi estudar algo exatamente na área ambiental, porque há tanto a ser feito, mas há tão poucos prestando a atenção que eu não posso esperar que alguém faça algo por mim. Fazer alguma diferença. A conscientização é uma das ferramentas mais poderosas, mas por aqui se manteve enferrujada.   

quinta-feira, 16 de julho de 2015

16.07.2015 - Hi Score

Há quem duvide, mas eu sou desocupada o bastante para zerar um jogo de mini game. E ontem foi um desses dias onde a insônia estava presente e trazia consigo o tédio. Já tinha feito algumas coisas, mas nada me dava sono... então apelei, resolvi jogar no mini game até atingir a pontuação máxima. Se o sono não viesse ao menos eu teria me divertido. E foi assim que passei um belo tempo apertando os botões e acumulando pontos. Nem quis olhar o relógio pra saber quanto tempo levei, estava concentrada na missão. O jogo que escolhi foi esse da letra H, que vc tem que atirar pra não deixar as peças chegarem ao topo. Mas há outros jogos que eu curto... B,C,D,E,F,G,I,J,L... e sim essa coisinha boba é o suficiente para me deixar entretida. Play 4 é pros fracos rsrs. E jogando esse da letra H eu cheguei nos 999.900 a pontuação máxima já que os pontos são de cem em cem. O engraçado é que eu estava determinada a usar a pontuação pra foto do dia, e sorte que consegui tirar umas quatro fotos, pois enquanto fotografava as pilhas saíram e zeraram o placar rsrs um pouco mais de azar e ai tudo estaria perdido. Tudo que é meio nostálgico como games e filmes antigos me agradam, e fico feliz do meu mini game ainda estar em pleno funcionamento. Entendo o aperfeiçoamento vindo da tecnologia, os jogos mesmo estão cada vez mais perfeitos, eu fico pasma. Mas eu também adoro conservar coisas antigas, pois por mais que o tempo passe a diversão não muda. Space Invaders e pac-man no Atari, Tony Hawk no PlayStation 1, Mortal Kombat de Mega drive, Guitar Hero de Play 2... os gráficos melhoram, as histórias ficam mais envolventes, tudo mais interativo e ainda assim os games do passado ainda tem algo de especial que não se perde. Ainda vou ter um Atari 2600 de novo, questão de honra rsrs



quarta-feira, 15 de julho de 2015

15.07.2015 - Jardim botânico


Hoje foi mais um dia de rolê. Eu e minha prima fomos juntas ao jardim botânico de Jundiaí. Fazia tempo que não nos víamos e hoje ambas estávamos bem humoradas e aproveitamos muito, curtimos bem o lugar. Eu nunca tinha ido no jardim botânico e eu realmente amei esse lugar <3 Melhor até que o parque da cidade no que diz respeito a diversidade de ambientes. O lugar é maior do que eu pensei que fosse. A vegetação é incrível e pra fazer caminhadas é perfeito pois há diversas rotas e não dá pra enjoar, pois dá vontade de conhecer tudo. A companhia também ajudou a fazer deste dia um dia animado.
Lá pelo jardim enquanto nós botamos os assuntos em dia também íamos descobrindo as maravilhas que o lugar guarda. Amei diversas coisas, o orquidário, cuja a estufa é linda, a parte dos cactos eu nem preciso dizer que pirei... várias espécies, de vários tamanhos, texturas e cores, suculentas e espinhosos, um mais lindo que o outro... como eu amei aquele cantinho, espero ter um assim em casa um dia. Tirei várias fotos conforme ia andando, e sério... nunca foi tão difícil escolher a foto do dia como hoje. Passamos um bom tempo ali e creio que conseguimos conhecer tudo, se não, boa parte do jardim. O melhor mesmo foi a parte do jardim japonês... eu adoro esse tipo de jardim, com aquelas pontes típicas, lago, pedras e luminárias. Só que eu não esperava me deparar com tamanha surpresa... quando notei que tinham cerejeiras eu fiquei chocada. Eu por gostar de tanta coisa japonesa acabei criando um certo amor por essa árvore delicada, cheia de significado e linda. Mas até então nunca havia visto uma pessoalmente. Eu mal acreditei na minha sorte de estar diante de três dessas árvores lindas. Fotografar algo que se ama é incrível. Você fica ali admirando e tentando captar o máximo de detalhes possíveis. Fiquei hipnotizada com a beleza das Sakuras. Foi maravilhoso poder ver essa flores de perto, estar ali foi realmente gostoso. Não achava que algo fosse superar os cactos. Mas cada cantinho tinha sua magia. E no geral eu adorei tudo ali, já virou um dos meus lugares preferidos.
E tanto eu quanto minha prima nos divertimos demais. Depois passamos no Sesc e vimos a programação deste mês e vai ter umas oficinas bem legais, espero participar de alguma. E finalmente levei os filmes das câmeras para revelar, não to me aguentando pois to muito curiosa pra ver se a caçula, a máquina Werlisa vai realmente render alguma foto boa. Pois foi ela que me acompanhou nos rolês e sei que há fotos boas ali, mas o jeito é esperar mesmo pra ver.
O dia hoje foi uma delícia... é sempre legal descobrir novos lugares, só sei que mal sai de lá e já estava com saudades.    

terça-feira, 14 de julho de 2015

14.07.2015 Dez anos depois

Hoje fui a Jundiaí ver um amigo que conheço há dez anos, mas que vi pela primeira vez pessoalmente hoje. Não é sempre que conversamos, cada um tem seus períodos de sumiço, mas durante todo esse tempo o respeito se manteve presente. Tínhamos nossas frescuras e mesmo morando na mesma região não fazíamos muita questão de nos vermos. Por termos opiniões próximas acabamos nos dando bem e assim fomos nos aturando. Ontem decidimos nos ver. A ideia veio do nada e em dois minutos decidimos algo que em dez anos nunca havia dado certo. Agora que ambos estamos numa fase de superar as próprias limitações a ideia de nos vermos parecia finalmente ter sentido. Isso seria um tipo de celebração para nós, uma vitória rsrs. O cenário pras nossas conversas hoje foi o parque da cidade em Jundiaí. E estava bem agradável, o dia tava lindo e foi bacana. Não fiquei nervosa nenhum segundo e nos demos bem, não houve embaraço, fomos aquilo ao qual nos habituamos durante esses anos, o que facilitou tudo e fez com que a experiência tenha sido bem legal. Foi bom conversar e rir, poder constatar um no outro as mudanças ao longo do tempo, reconhecer as mesmas características já vistas de outra forma e ver o quanto mudamos e ainda assim nos entendemos. Acho que a espera valeu a pena, não acho que teríamos nos dado bem se fosse em outra ocasião. E claro que estando ali eu não resisti e tirei umas fotos do parque.

Cheguei a ver um macaquinho por lá. E o Sol estava dando aquele efeito na água que acho lindo, que brilha dando a ilusão de ter pequenas estrelinhas sobre a água. Preciso muito um dia ir até lá pra passar o dia andando de patins. Ou ir pra tocar violão, desenhar, correr... preciso me programar e elaborar atividades ao ar livre, pois esses ambientes me fazem tão bem, me inspiram tanto que é um desperdício ficar em casa.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

13.07.2015 Born To Be Wild

Treze de Julho é um dia que dificilmente esqueço... por ser o dia mundial do Rock. A primeira vez que comemorei esta data foi em 2008, dia em que estava no meu primeiro Anime Friends  um cenário bem legal para curtir a data. O tempo passou e a data permaneceu sendo lembrada. Nem preciso dizer que esse estilo musical marcou minha vida. O Rock que tanto me representou, que serve de terapia, o estilo musical com o qual cresci. É uma história de amor praticamente. Eu posso hoje não ser tão radical [e óbvia] de sair usando essas pulseiras com spikes que arrancavam olhares temerosos e me faziam ser vista como "do capeta". Mas as músicas, com seus solos de guitarra e vocais agressivos ainda me transmitem a mesma emoção. Eu me realizo cantando Deep purple no chuveiro, pirando e fazendo air guitar com os solos do Angus Young do AC/DC, ou nas caminhada com a voz de Johnny Cash como companhia ou dançando com Joy Division. Seja como for esse estilo musical é libertador, desperta em mim toda a loucura que guardo. Sou várias em uma, e meu lado rock'n roll não morre. A essência não muda, por mais que eu mude, esse gênero musical me acompanha. E dentro desse estilo há vários tipos que me cativaram ao longo do tempo, já passei pelo hard rock, punk, heavy metal, rockabilly, black metal, e outros. Como se a cada etapa eu tivesse um tipo de rock pra servir de trilha sonora pra minha vida. Agora estou mais na fase indie, bandas tipo Motorama e Human tetris são as que mais ando ouvindo.


E vou deixar um trecho de uma música que pra mim é o hino do Rock'n Roll. Born to be wild da banda Steppenwolf:

Sim querida, vamos fazer isso acontecer
Pegue o mundo num abraço carinhoso
Dispare todas as suas armas ao mesmo tempo
E exploda espaço afora

Como um verdadeiro filho da natureza s nascemos, nascemos para ser selvagens

domingo, 12 de julho de 2015

12.07.2015 É dando que se recebe.

Hoje o dia foi meio louco. Me senti estrangeira na minha própria cidade... e eu gosto disso. Fui pra um bairro que nunca tinha ido e me surpreendi com a quantidade de verde e de longe prestigiei a cena da foto, um gado em seu banho de Sol. Mas ao contrário do que a foto sugere meu dia não foi marcado pela ida ao "campo". Foram as pessoas que deixaram esse dia marcado, eu estava encarregada de cuidar de umas coisas e por isso não tive oportunidade de tirar fotos. Sou ajudante no grupo de teatro que meu irmão lidera. Geralmente ajudo nos figurinos ou na música, e estava encarregada disso hoje. E a apresentação rolou num lugar diferente, num abrigo de crianças, crianças que estão ali por proteção do conselho tutelar. Então era uma missão e tanto levar uma mensagem até aquelas crianças. Estava tendo um evento da igreja, estava bem gostoso. Achei legal que mesmo eu estando um tanto tímida e sem jeito foram as crianças que vieram até mim e me abordaram. Eram curiosas e ariscas, mas espertas, com aquele jeito desconfiado de quem já passou por situações difíceis o bastante para desenvolver mecanismos de defesa bem cedo. Mas ainda assim sabiam ser receptivas. Meu alargador foi o grande responsável por atrair a curiosidade de alguns deles. Os garotos curtiram e um adolescente até disse que queria ter um igual e me mostrou o dele. Já uma garotinha com cara de quem tem uma opinião forte disse sem rodeios que achava feio e questionou o motivo que me levou a estragar a orelha, curiosamente foi dela que mais gostei. Um outro era curioso só que estava mais interessado na caixa de som. Infelizmente ocupada com os preparativos não desfrutei o quanto gostaria e nem me envolvi como queria. Ainda assim foi muito prazeroso levar algo de novo pra eles. Eu sei que aquelas crianças vivem uma realidade cruel, onde os pais ao invés de ser o refúgio são a ameaça, nenhuma deles merecia estar ali. Pra mim que tenho essa vontade de fazer algo pelos outros e tenho o sonho de ter filhos adotivos foi bem especial. Eu espero ter mais oportunidades como essa. E quem foi presenteado mesmo fui eu por conhecer crianças maravilhosas.

sábado, 11 de julho de 2015

11.07.2015 Sex and the City

Um daqueles dias em que ligo a tv sem grandes expectativas e sou surpreendida. Finalmente tive a oportunidade de ver o filme Sex and the City. Já passou inúmeras vezes, mas nunca tinha assistido por não pegar do início. Eu vi a série inteirinha e durante os episódios fui conhecendo cada uma dessas quatro mulheres e dentre elas descobri minha preferida: Miranda. A ruivinha sarcástica e autoritária, da sinceridade ácida, e por algum motivo, seja a independência e jeito complicado de lhe dar com situações simples... simpatizei com ela. Quem viu o filme e não assistiu a série costuma dizer que o filme é uma porcaria.
Eu admito que o filme é fraquinho, mas por outro lado achei bom ter essa continuação. O Steve, marido da Miranda é bem o tipo de cara que eu acho divertido. Gosto muito dele, meu segundo preferido. Assim como a Carrie também tive um Mr. Big na minha vida. A comparação é inevitável, um personagem que me faz pasmar com tamanha semelhança, seja na inconstância, ou no sorriso malandro e até o jeito arrogante é idêntico, o mesmo olhar... Chega a ser perturbador. Mais perturbador ainda é o jeito safado da Samantha com o qual não pude me acostumar mesmo depois de tantas temporadas... ela sempre dá um jeito de chocar com suas exuberâncias. Charlotte é outra de quem gosto, com aquele jeito perfeitinho e recatado, torci horrores pra que ela tivesse seu final feliz. Carrie... o que falar dessa compulsiva por sapatos de grife? Não me identifico em tudo, mas gosto de como ela representa tão bem o lado doido das mulheres. Adorei o final onde ela e o Big depois de tantas revira-voltas enfim chegando num outro nível. Foi bacana revê-las. A foto do dia hoje vai ser essa desfocada: outro print... mas é realmente complicado tirar uma foto de um filme onde não posso pausar a cena. Mas acho digna a homenagem a essa personagem. Porque essa série de mulherzinha me divertiu e me ensinou muito também. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

10.07.2015 Faíscas

Eu amo época de festas caipiras. Paçoca, pescaria, fogueiras, quentão, xadrez, doce de abóbora, milho cozido... É até estranho pois aparentemente não faz meu estilo, mas eu realmente gosto dessa tradição. Hoje era um evento e fui lá com meu pai me reunir com um pessoal numa chácara. Comi e me diverti com as brincadeiras. Mas eu amo mesmo é ficar observando a fogueira. Desde muito nova eu gosto de fogo, eu e meus amigos da infância tínhamos uma mania doida de roubar fósforos de casa para acender bombinhas ou fazer fogueiras. Eu acho lindo ver as fagulhas se libertando das chamas e voando livremente até sumir de vista.






quinta-feira, 9 de julho de 2015

09.07.2015 : 52


Não tem como... eu realmente achei que conseguiria passar o ano sem ter que falar do nº52 aqui no blog, mas esse número tem vontade própria. Quem me conhece sabe que por inúmeros motivos eu tenho uma ligação com o tal 52. Basicamente a forma como ele se mostra mais frequente é nos minutos das horas ou nas placas de carros, números de casas e pontuação/cronometro de jogos. Começou em 2007. Percebi que sempre via o mesmo número com certa frequência. Eu ia consultar as horas e me deparava com ele e isso se repetia várias vezes num mesmo dia. Ai passou a aparecer na pontuação de um dos jogos que eu tinha no celular. Depois foi evoluindo, passei a vê-lo em diversos lugares. O curioso é que eu nunca olho esperando encontrá-lo, é sempre quando estou distraída e quando percebo lá está ele. É como se meus olhos tivessem desenvolvido um radar para esse número: se o 52 está presente atraí os meus olhos até ele involuntariamente. Eu não fico olhando tudo a sua procura, se faço propositalmente nunca funciona, parece que o tal nº gosta é de surpreender. Dá impressão que o nº52 me persegue. Antes de eu vê-lo por ai eu nunca tive motivos para gostar de "52", era um número indiferente pra mim, nunca tinha nem parado pra pensar nele, eu gostava de outros números. Por isso digo que é um número que "me escolheu"... eu não idealizei isso, simplesmente aconteceu. Sempre que tento explicar me sinto frustrada, sempre soa idiota ou fantasioso, mas a verdade é que esse número entrou na minha vida de tal forma que passei a simpatizar com ele, e até entendo que não faça sentido. Eu lembro que na escola, quando comentei sobre isso com minhas amigas mais chegadas elas acharam bobagem, porém começou a acontecer com elas também. Uma também passou a ver o 52 e a outra passou a ser perseguida pelo 44. Minha prima diz que o número dela é o 75, que geralmente são de placas de carro. Também acontece de eu ver muito o número inverso, no caso o 25. O fato de 5+2=7 também me perturba, já que 7 costumava ser meu número preferido. Eu acho ainda mais legal que o formato dos números 2 e 5, como na foto, são bem parecidos. [nesse caso também vale citar que 6 e 9 são números iguais e inversos de ponta cabeça, detalhe: nasci 6/9 kkkk tem algo de inverso em mim independente do número rsrs] Este ano eu estava o vendo mais em placas de carro e números de casa, sempre em locais em que estou passando e olhava de relance, chegava a dar raiva, pois parece que o número quer constantemente ser lembrado, quando eu estou com a cabeça em outro canto ele dá um jeito de aparecer. Outro jeito que ele aparece que eu fico besta é na marcação de tempo de jogos de futebol ou de lutas. Estou assistindo, dou uma olhada rápida no placar e lá está ele. Eu nunca olho esperando vê-lo, quando percebo já estou pensando: "como é possível que eu olhe justamente no segundo exato?" Por mais que isso já ocorra por anos, eu não consigo me acostumar. Essa semana ele voltou a me assombrar mais diretamente. Terça-feira eu vi em sequência esse número nas horas três vezes seguidas, as únicas três vezes que parei pra olhar pras horas naquele dia. Detalhe que quando falo as pessoas sempre pensam, "coincidência, aposto que ela olhou pro relógio em outros momentos e viu outro número qualquer e não deu atenção, mas quando viu o mesmo número com o qual está familiarizada faz todo esse alarde". Acho que tenho que ressaltar que é um pouco mais louco do que parece. Todo dia agora estou vendo ele nas horas com uma frequência considerável. Embora isso seja meio perturbador eu aprendi a gostar, é algo meu sabe... Não considero esse número como "da sorte" ou de "azar". É um número qualquer, mas que por algum motivo, seja ele uma coincidência que se segue por anos, ou algo de estranho, faz parte de mim. 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

08.07.2015 Quadrinhos.

Embora eu tenha uma listinha de próximo livros pra ler, e os tenha disponíveis eu decidi dar uma pausa. Mas não fui tão radical assim... pausei os livros para dar vez as histórias em quadrinhos. Dei uma olhada no meu armário onde guardo meus livros e vi as hq's lá solitárias a espera de atenção. Deu uma vontade louca de ler e decidi dar a elas a atenção devida. Só que eu acabei indo logo no que já tinha lido. Scott Pilgrim pode não atrair a principio por passar uma impressão infantilizada devido aos traços do desenho mais simples e puxados pro cartoon, mas é de longe um dos quadrinhos que mais amei ler. O humor e a história me arrancam risos e admiração. É simples, original e divertido. Por mais que a história pareça bobinha, a forma como ela se desenrola é sensacional. Os personagens são absurdamente bem elaborados, as tiradas são épicas. Sou louca pelos personagens: Kim, a baterista, Scott, o protagonista sequelado e principalmente pelo Walace Wells, o colega de quarto gay do Scott. Acho eles tão fodas que dá uma angustia, dá vontade de fazer parte rsrs. Eu acabei relendo o volume 1 de novo hoje e não enjoo nunca.
Mas já que é pra falar dos queridinhos... Demolidor já passou por aqui em outros posts. Meu personagem preferido da Marvel [ok talvez empate com o homem aranha] eu amo o modo como a história tem um contexto que não é absurdo. O fato dele ser cego, e de como os super poderes dele tem coerência sem dúvidas deixam tudo mais bem elaborado. Gosto de como o lado Matt Murdock e o Lado Demolidor se complementam, um não foge muito outro, e tem o Rei do crime que pra mim é um vilão foda. São os quadrinhos dele que começarei a ler. os 25 volumes de Marvel Action para me deliciar com a história do homem sem medo <3 Mas embora eu ame o Matt Murdock eu tenho que admitir... nenhum outro personagem de hQ supera o magnifico V. De verdade, acho que se fosse fazer uma lista de personagens fictícios preferidos mesclando vários gêneros e mídias, ainda assim seria difícil ter um que me arranque maior admiração do que o V. V de Vingança pra mim é uma obra de arte. A história é impactante, inteligente, super bem escrita e ele é um personagem que não dá pra esquecer, não dá pra não admirar. O filme já é foda, a HQ consegue ser muito mais intensa. Gosto de por não se tratar de algo fantasioso, há muita verdade explicita nessa Hq: os vilões são pessoas influentes e manipuladoras que mesmo sem super poder algum conseguem ter poder sobre tudo. E até a população que embora vítima é também cúmplice, por se deixarem calar. Por ser um cenário tão próximo do que vivemos é que a história passa a força que tem. V desperta no leitor a vontade de fazer a diferença, de ir contra o sistema é instigante. Eu vivo matando as saudades e relendo ou folheando e sempre me surpreendo. Me apaixono pelo V toda santa vez.
E em minha próxima aquisição pegarei pra ler Sandman, que tantos me recomendam e que só pela arte essa hq já me conquistou. Eu adoro xeretar as novidades ns bancas de jornais, não sou uma grande conhecedora do tema, mas sempre gostei. Vamos ver onde é que isso vai parar. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

07.07.2015 Bola cheia

Há dois anos atrás onde eu trabalhei houve uma daquelas palestras motivacionais, coisa que até então nunca havia acontecido. E veio num momento bem conturbado. Eu tipicamente chata achava esse tipo de coisa um porre. Detestava as típicas fórmulas mágicas que ofereciam soluções express que na teoria era lindo, mas na prática jamais funcionavam, virando até piada. Ou as frases de efeito que pra mim não passavam de hipocrisia. Via ali a oportunidade perfeita pra causar o caos. Me lembro bem de já entrar no lugar com cara feia, a única coisa de bom era que íamos receber para não fazer nada. Por natureza eu sempre questionei injustiças, nunca fui de me conformar com situações mal resolvidas. Eu fico quieta na minha aguardando o momento propício pra soltar o verbo, na espreita, enquanto lapido os argumentos. Quando surge a chance ai coloco em pauta todas as injustiças, contradições, dúvidas, críticas, acusações e falo por todos que sabem das coisas mas não tem coragem de se manisfestar, eu intervenho cobrando respostas e providencias. Mas eu acabei me saindo de lá bem diferente do que pensei que sairia. Eu tive sim a chance de expor coisas que precisavam ser esclarecidas e falei tudo o que tinha pra dizer, claro que a maioria das respostas eram coisas ditas da boca pra fora só pra amenizar o clima. Debochei horrores das tentativas de melhorar o clima com frases bonitinhas, eu nessas horas posso ser uma peste, pois com poucas palavras as vezes consigo ser capaz de estragar tudo, nem precisando me esforçar, sem me alterar, mantendo apenas o sorrisinho debochado de triunfo do rosto eu já conseguia atingir o objetivo e tirar os outros do sério. E assim foi, até que numa das últimas partes um sujeito mais bem humorado e firme, tomou conta da palestra caótica, ele dentre todos se mostrou o mais seguro e interessado, o mais disposto a passar sua mensagem. E foi ai que eu cai na real. Eu ficava cega sempre que estava insatisfeita com algo, minha forma de reagir só colocava lenha na fogueira. Já que eu trazia o mal estar a tona, embora a principio visando as melhorias, tinha também o intuito de desmoralizar, uma forma de vingança, não sei explicar mas havia uma maldade nisso. Eu usava uma situação ruim para poder me vangloriar ao colocar a pessoa contra parede. E pra piorar eu não sabia aceitar certas coisas, coisas que vinham para amenizar e melhorar o ambiente. Por pura implicância rejeitava coisas como a tal palestra, talvez porque isso tirava o foco dos conflitos, e eu queria era cutucar a ferida e não só estancá-la. Num determinado momento assistimos o vídeo do bola cheia x bola murcha e não foi legal constatar que eu era do time bola murcha. Ai eu me deparei com o que eu realmente era: uma menina insolente, que embora achasse estar fazendo a coisa certa, estava usando da oportunidade pra agir de forma tão errada quanto aqueles que despertavam em mim essa revolta, ou seja: farinha do mesmo saco. Aceitei que não tinha nada a perder ao me ater a coisas que vem para acrescentar. Não adiantava me apegar ao que tinha a dizer, notei que a solução também estava em conciliar isso ao que eu tinha que aprender a ouvir. E claro que me senti uma droga, teimosa como sou era terrível assumir que dentro de mim algo tinha mudado graças a uma droga de palestra motivacional. Acabou sendo esclarecedor. Eu tinha aquele pensamento de que auto-ajuda, palestras motivacionais, preceitos religiosos, eram tudo coisas de gente fraca, mas a grande verdade é que fracos são aqueles que não percebem o quanto tem a perder por não aprender. Tem coisas que custam até que a gente entenda. Ceder em muitos momentos é uma reação muito mais poderosa que bater de frente. Eu achava que tinha muito auto-controle no sentido de escolher as palavras certas e elaborar bem minhas criticas, tinha aprendido a controlar a raiva ao me expressar e achava isso uma vitória, usava a meu favor. Mas eu não havia aprendido a controlar a raiva no modo de pensar. A verdade é que eu estava sendo tomada por um orgulho cego de querer ter razão sem olhar os dois lados da moeda. Intolerante. Querendo fazer justiça baseado em um ponto de vista e com uma motivação duvidosa. De que adianta ter razão e perder a cabeça, perder a paz?
Então eu mascando um chicletes hoje me lembrei disso tudo. Infelizmente, embora eu tente negar a mim mesma, eu sei que esse meu lado traiçoeiro vem a tona ainda, mas ao menos não me deixo conduzir por isso tanto quanto antes. A questão é que ainda não estou no nível que gostaria. Um dia sei que chego lá, a "Aline zen" liberta de si mesma. Mas quis escrever sobre isso pois tem lições que a gente aprende e que depois descartamos por pensar que já se aprendeu tudo o que tinha pra aprender. Quando na verdade não absorvemos nem 10% do que deveríamos. Eu tenho sim que ir adiante, aprender coisas novas, mas devo levar comigo tudo aquilo que me alimenta. E coisas assim não pesam na bagagem, na verdade aliviam, sustentam. Quanto mais lições se carrega mais leve fica, que ai a gente passa a se desprender de tudo aquilo que vamos acumulando, arrastando, que nos desgasta. Tira o peso das costas, da consciência, da alma.
Pra finalizar vou deixar uma frase aqui que também veio da palestra.
"A vida é curta demais para se viver como se fosse uma bomba em vias de explodir".
E eu que odiava frases feitas, hoje sou feita de frases.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

06.07.2015 Senta que lá vem a história

Eu estava editando uns textos no note sentada na mesa quando olhei pra cena que está ai na foto. A foto tá deitada e sei que mal dá pra saber do que se trata...é na verdade a cadeira e o reflexo dela na mesa. Eu estava concentrada até que olhei pra isso e por sorte a câmera estava ao meu lado. Não tem nada de especial, nem nenhum significado, mas quando olhei já sabia que seria a "foto do dia" pra hoje. Tem coisas que são assim, eu simplesmente num momento de distração acho algo bonito e mesmo que não faça sentido me faz bem. Eu adoro listras, amo madeira, e talvez isso seria um tipo de explicação, mas não sei dizer só sei que essa foto pediu pra ser tirada e ai está. Andei dando uma geral nuns arquivos de textos que eu tinha espalhado pelo pc. Reli algumas coisas, apaguei muitas, editei algumas, mas notei que preciso definitivamente determinar um tempo só  pra escrever. Terminar coisas inacabadas e lapidar aquilo que eu acho que está cru. Sei que não sou boa escrevendo, só que dá uma sensação tão libertadora colocar o que imagino pra fora que pouco importa se vai ser só mais um arquivo ocupando espaço no hd, contanto que ocupe minha cabeça tá valendo. 

domingo, 5 de julho de 2015

05.07.2015 Rolos

Hoje eu finalmente terminei de usar um filme que estava numa câmera há mais de um ano. Com as várias câmeras analógicas que acabei comprando, pois estava fazendo coleção, eu deixei umas de escanteio. Foi o que aconteceu com a pobre toy camera que é um genérico da Action Sampler, ela divide uma foto em quatro frames, com fotos simultâneas. O que a torna diferente também a fez ficar escondidinha por um tempo. É uma câmera legal pra tirar fotos de coisas em movimento, então não costumava andar muito com ela. Hoje finalizei e estou ansiosa pra ir revelar. Junto com ela também tenho o rolo da câmera Werliza pra fazer a primeira revelação, e é sempre emocionante ver o resultado de uma máquina fotográfica pela primeira vez e será em dose dupla a estreia de duas câmeras, então pense na empolgação! Você tira a foto, mas nunca sabe ao certo como vai ficar, pra muitos essa era a desvantagem das câmeras analógicas, pra mim é a vantagem, o fator surpresa. Eu realmente espero que ao menos algumas das fotos de ambas as câmeras venham a prestar e assim eu até posto aqui os resultados. Tenho várias câmeras mas claro já defini minhas preferidas talvez seja a hora da lista de preferidas aumentar.

p.s: O rolo verde de foto Fuji queimado por conta de um erro nas primeiras tentativas com máquinas de filme. As vezes câmeras lomo e analógicas decepcionam, outras surpreendem, e eu estou sempre disposta a arriscar pra ver no que vai dar. Aqui é onde a frase vira lema: O que vier é lucro. 

sábado, 4 de julho de 2015

04.07.2015 Caça-Palavras


Eu tenho esse dicionário Aurélio desde a terceira série se não me engano. E mesmo com a mudança ortográfica eu ainda o uso, eu amo dicionários, sei que com a internet é mais prático jogar as palavras no Google do que ficar folheando um livro e procurando a tal palavra. Eu ainda gosto de ficar procurando as palavras no meio de tantas outras. Sempre gostei de enciclopédias e dicionários. Quando era criança tive uma fase de querer ler o dicionário inteiro. O que sei é que não deu muito certo, já que eu esqueci quase todas as palavras que aprendia por nem sempre ter oportunidade de colocá-las em prática e por ser coisa demais. Também tinha o hábito de sinalizar com asterisco as palavras que mais me chamavam a atenção seja pelo significado ou pela pronuncia. Eu já nem me lembrava disso, vim a lembrar pois desenvolvi uma nova mania antes de dormir, uma espécie de caça-palavras. Abro o dicionário e vou circulando as palavras que não conheço e que o significado me pareça interessante. Vou abrindo aleatoriamente e circulando as palavras que me chamam a atenção na página sortida e sigo procurando palavras até que o sono me impeça de continuar. Hoje pela primeira vez abri o dicionário lá no inicio e ai esbarrei com as palavras sinalizadas com o asterisco. Só ai me lembrei que além de tentar ler um dicionário eu também já tinha o habito de sinalizar as palavras das quais gostava. E com a memória precária que tenho boa parte dessas palavras caíram no esquecimento, mesmo assim são palavras que eu voltaria a grifar, pois os significados ainda me chamam a atenção. Desta página da foto peguei três palavras pra acrescentar aqui:

*Abulia: Perda ou diminuição da vontade, da capacidade de ter iniciativa.
*Acabrunhar: 1. Abater, prostrar. 2. Afligir, contristar. 3. Atormentar-se, afligir-se.
*Açambarcar: 1. Chamar (algo) exclusivamente a si, em detrimento dos outros. 2. Assenhorar-se ou apropriar-se de.

Bem eu gostaria de ter capacidade de lembrar de tudo. Mas seja como for, ainda há muitas palavras para que eu descubra nesse meu caça-palavras.
    

sexta-feira, 3 de julho de 2015

03.07.2015 Pontos e Passos.

Bom pra quem não está familiarizado com máquinas de costuras talvez não conheça esse botão. E a função dele é de configurar o tamanho dos ponto e a função de retrocesso. Mas pra que colocar a foto de um botão na foto do dia? Vamos ao ponto: Metaforicamente o que na costura equivale aos pontos digamos que na vida seria o mesmo que passos. Podemos dar passos largos, que nos permitem terminar até mais rápido, porém são muito mais fáceis de se arrebentar, de se soltar, e não adianta frangir a testa, tem horas em que é preciso refazer tudo por estar praticamente frouxo. Dar passos pequenos por sua vez nos faz ter a impressão de não sair do lugar, de que tudo fica engruvinhado, é mais trabalhoso porém fica mais firme, dá mais segurança e resistência. Mas diferente do que muitas vezes pensamos não é só o tamanho dos passos que damos que determinam o resultado. Na costura assim como na vida são vários os fatores que devem ser levados em conta além dos pontos ou dos passos. O que seriam os tecidos, na vida podemos dizer que são terrenos. Os caminhos pelos quais passamos também devem ser levados em conta. Alguns são mais planos nos permitem dar passos mais largos sem comprometer o acabamento. Outros porém exigem mais precisão e cuidado, são mais difíceis de lhe dar, é preciso ir mais devagar pra conseguir uma finalização bem acabada. E há ainda o retrocesso,  que quando usado sem necessidade compromete o que já foi feito e deixa mais difícil de consertar. Mas se usado na hora certa torna o trabalho mais seguro e deixar pontos ou passos mais firmes, o ponto final.  

quinta-feira, 2 de julho de 2015

02.07.2015 Pigmentos

Uma foto esquisita pra hoje. Eu amo o chamado efeito Bokeh e acho muito bacana quando me deparo com esse efeito por acaso. Esse efeito aparece quando focando num objeto especifico, que geralmente está mais a frente, o fundo fica desfocado. Vários fatores influenciam no resultado, como fotografias macro, os valores de abertura e do obturador, a profundida de campo, que quanto menor maiores as chances do efeito surgir. Mas tem horas que acidentalmente há condições do efeito acontecer mesmo sem configurações prévias. Como nesse caso, que é na verdade um erro de foco. Ai são gotas de chuva e umas poças que brilhavam refletindo a luz do poste. A intenção era tentar captar as gotinhas, mas quando vi elas viraram pequeninos pontos de luz desfocados e o mais surreal é que por conta da iluminação a cor ficou avermelhada, tornando assim as gotas de chuva irreconhecíveis.
Creio que por falta de foco muitas coisas acabam se distorcendo e nem todas brilham como no caso fotográfico do efeito Bokeh. Na vida nos vemos muitos borrões que em nada nos remetem a "imagem" original que tentamos retratar. E com imagem me refiro a planos, sonhos, decisões... visualizamos o que queremos mas na hora de registrar isso vem a falta de atenção, o despreparo, ou até o nervosismo [que nos faz tremer] nos tira o foco e a nitidez e então o resultado não é aquilo que tínhamos em mente. Os valores de abertura da mente muitas vezes estão desconfigurados.