segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

11.01.2015 Patinar a luz da lua




Hoje foi um daqueles dias em que o calor te torna escravo da sombra. Um clima quase desértico que muito me priva de desfrutar de atividades ao ar livre. A solução que arrumei para esse inconveniente foi fazer da noite minha hora de lazer. E acabei me deparando com tantas vantagens que virou meu ritual. Patinar a noite me dá mais liberdade, a brisa noturna me embala e meu ritmo ao invés de cansativo se torna agradável. A rua silenciosa e sem movimento me poupa dos inconvenientes como algum espectador que intimide minha diversão.
Não sou muito boa nessa coisa de Roller skate, mas adoro dedicar um tempo a paixões que vieram da infância. Tive três patins "in line" antes de me aventurar nesse novo modelo. Todos os outros patins que tive eram pretos com detalhes roxos, eram idênticos. O interesse despertou quando vi um par de patins antigo em casa, cujas rodas eram de ferro e ele tinha um mecanismo que se encaixava na sola dos calçados, tornando-se versátil. Logo quis me aventurar nos patins que pertenciam ao meu avô. Segundo os relatos meu avô foi um grande patinador em sua juventude, o que me serviu de incentivo. Tratei de fazer meu pai adaptar o patins no meu tênis e passei a fazer barulho arrastando as rodinhas de ferro no chão do quintal de casa. Me apoiava na parede a principio, meu avô acompanhava com olhos atentos e curiosos, talvez um misto de aprovação ao ver minha iniciativa e apreensão ao ver uma parte da história dele que estava sob meus pés, os pés da menina desengonçada.
Não tardou até que meu aniversário veio e com ele também chegasse o meu próprio patins. Depois de mim a molecada da rua também tratou de aderir a moda, e quando não havia patins pra todos dividíamos, e cada um se divertia como dava, revesando ou andando com o patins num pé só.
Espero que minhas pernas finas ainda possam perambular muito de patins, e passar pros futuros membros da família a paixão que me veio como herança de outra geração.

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