domingo, 6 de dezembro de 2015

06.12.2015 - Luz

Hoje foi dia de voltar a encarar o trem. Desde setembro estava evitando SP depois do transtorno que passei na volta pra casa após ir ao Beco do Batman. Mas tava na hora de exorcizar aquele episódio pra voltar a frequentar a capital. Hoje correu tudo bem, fomos no intuito de ir ao Ibirapuera, mas cansados descemos ali na estação da Luz, sem saber direito o que nos esperava. Sampa é uma benção no que se diz respeito a não ter o que fazer... há sempre algo rolando. Demos foi sorte de descer ali e estar rolando bem no dia uma exposição de carros antigos e tinha feirinha também, um domingo agitado que não nos permitiu ficar sem diversão. Bom achei isso legal, mas no fim o que valeu a pena mesmo foi o Jardim da Luz que fica ali em frente e que nos abrigou nessa tarde maravilhosa. Eu quando vou a SP sempre vou a lugares já estipulados e com certa presa, já que o trajeto já me rouba um tempo precioso, então acabo por desconhecer muitas coisas. No Jardim da luz mesmo eu nunca havia entrado, apenas passado em frente. E eu achei muito gostoso, sou suspeita pra falar pois adoro tudo que é lugar que tenha banco e árvores rsrs Tivemos momentos agradáveis daquele jeito que nem dá vontade de voltar pra casa. Voltamos tarde e viemos de ônibus. Eu doida ainda tinha de ir trabalhar e foi ai que a confusão começou. Eu me despedi dele na rodoviária, voltei pra casa sozinha, com um tempo que daria pra me arrumar e ir trabalhar com certa tranquilidade. Isso teria acontecido se eu não tivesse esquecido as chaves de casa. Começou a garoar e eu encarando o muro... como ia pular aquilo estando de saia, com as paredes molhadas e escorregadias e tendo uma calha na parte de cima do muro? Pular pela frente seria mais arriscado pq é mais alto, o jeito era enfrentar a calha e o muro escorregadio mesmo. Bom enquanto eu estudava o desafio que teria que me submeter se quisesse chegar ao trabalho a tempo, umas pessoas da igreja ao lado notaram qual era minha intenção. Um homem se propôs a ajudar, fiquei meio sem jeito, a situação por si só já era vergonhosa e pra piorar eu estava de saia e meias 7/8, um homem casado e evangélico me ajudar a subir num muro nessas condições me pareceu bastante constrangedor. Mas não houve alternativa, tentei evitar ao máximo, minha digamos "exposição", mas sei lá ainda achei um tanto maluca a cena toda, apesar de toda a vergonha fiquei feliz pela ajuda. Graças a isso consegui entrar e achei as chaves reservas. Me arrumei as presas e consegui ir pro trabalho a tempo. Ufa! No ônibus encontrei o namorado dormindo, se soubesse que o próximo seria o mesmo que eu tinha que pegar teria feito ele me aguentar por mais um tempo. Chego no trabalho e as duas primeiras horas fico parada por falta de sistema... tempo o suficiente pra eu respirar um pouco e descansar de toda a correria. Esses dias que são de paz e correria parecem tem sido os melhores. Nem ouso reclamar...  

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