segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

23.02.2015 Espelhar

Hoje foi dia de me aventurar com uma amiga. Fui a acompanhante de primeira viagem, já que ela estava pela primeira vez dirigindo para fora da cidade. Fui para dar um apoio moral, mas também para conter a agitação do cachorro que também estava de passageiro. Fomos levar o Cachorro a um veterinário e lá tive o privilégio de ler e admirar o livro lindo que estava na sala de espera: Ache Momo. Com fotografias lindas de Andrew Knapp onde o seu cão Momo, um Border Collie, que fica escondido em algum canto nas fotos. Eu achei com certa facilidade já que é o mesmo estilo de Onde está o Wally e eu já fiquei craque nisso. Acompanho o trabalho de Andrew via instagram, e mesmo assim o livro me surpreendeu. As fotografias são de uma qualidade e ternura impressionantes! É de encher os olhos ver o olhar mágico de Andrew, e claro as artimanhas de Momo que se camufla de um modo muito bem elaborado e divertido. Fiquei maravilhada, um livro criativo e inspirador, aquelas fotografias espelham bem o estilo fotográfico que aprecio e é nesse nível que um dia espero chegar.
A Kombi do Andrew e do Momo,
O carro perfeito!
Ao lado tirei uma foto do livro, com a Kombi amarelinha, amo esse carro ainda mais nessa cor, vivo dizendo que se fosse pra mim ter um carro seria ou uma Kombi ou uma Ford f150 daqueles modelos antigos, são meus carros preferidos. Carros para aventuras. E já que cai nesse tema vou fazer um desabafo.
Entendo a praticidade e os benefícios de poder sair de casa motorizada. Várias e várias vezes já me deparei com as perguntas: "Você dirige?", "Tem carteira de motorista?", ai dou um sorriso amarelo e digo não. Vejo que hoje em dia, mais do que pela necessidade as pessoas tiram carta mais por modismo ou pressão da mídia, virou uma forma de status, como se pra você ser bem visto é necessário ter o próprio carro ou ao menos saber dirigir. Como se fosse uma lei: Após fazer dezoito anos trate de providenciar sua carteira de motorista! Sei que é um belo jeito de se mostrar independente, mas nunca concordei com essa ideia de precisar de um carro para se auto afirmar, ou de tirar carta porque virou um costume. Se sujeitam a preços absurdos só pelo prestigio de dizer "eu tenho". É um bom bem material, mas pouca gente faz o uso devido. Ao mesmo tempo que se beneficia o usuário prejudica o todo. São famílias onde cada pessoas tem seu próprio carro, mesmo aquele que só consegue usar no fim de semana. E o pior não é ter que lhe dar com o espaço na garagem, mas sim no transito, onde essa busca frenética por autonomia motorizada faz um pequeno trajeto virar um enorme engarrafamento. Okay que é mais comodo, confortável, prático e sei das inúmeras vantagens de ter o próprio carro. Porém pensando no transtorno de dirigir nesse caos, nas manutenções, impostos, gasolina, seguro e etc. eu só vejo vantagem em seguir meu caminho por outros meios. O transporte público deixa sim a desejar, mas ainda é uma alternativa válida. Andar de bicicleta é uma alternativa maravilhosa também, em breve pretendo ter a bike dos meus sonhos, mas até lá me viro como posso e uso o que tenho a disposição.
Não pretendo tirar carta nem mesmo ter um carro até que isso se torne extremamente necessário.
Prefiro seguir por esse rumo mais ecológico do que esse rumo mais congestionado.
Prefiro me espelhar em algo que me permita refletir.

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