quarta-feira, 30 de setembro de 2015

30.09.2015 - Perder a viagem.

Hoje resolvi enfiar as caras e começar a ir atrás de um dos meus sonhos. Fui até o Senac em Jundiaí pra me inscrever no curso de jardinagem. Que amo plantas não é novidade, mas só recentemente determinei que quero me aprofundar nesse assunto e estudar trabalhar com coisas relacionados ao meio ambiente. Enfim, havia adiado a ida até lá por semanas, acompanhei pelo site quando anunciaram as vagas abertas, mas não sei o que há comigo, de ficar adiando as coisas e principalmente as mais importantes. Realmente me odeio por isso. Mas criei coragem e me empurrei até lá. Tinha ligado uma semana antes e haviam vagas livres a ponto de não ter o número mínimo pra fechar a turma. Então estava tranquila. Cheguei lá pra fazer minha inscrição e matricula e a notícia: "não há mais vagas" me fez ficar perplexa. Fui pega de surpresa. Expliquei que tinha ligado uma semana antes e que haviam dito que tinham vagas de sobra, mas não teve jeito, não perdi a paciência mas perdi a viagem, perdi a oportunidade, perdi o animo, perdi tempo... tentei não me deixar abater, mas realmente fiquei chateada comigo mesma. Serviu de lição, nunca mais quero passar pela mesma frustração que veio da minha própria negligência. Bom mas nem tudo foi perdido. Lá no Senac há um muro com esse grafite da foto do dia. É composto de duas coisas pelas quais sou absolutamente louca: Grafiti e trem! E meu é de uma qualidade impressionante, super realista e muito bem feito, queria essa parede ai no meu quarto rsrs Achei lindo demais. E isso me animou um pouco. Ao menos me fez olhar pra algo de bom.
Então na volta pra casa acabei que fui sendo presenteada por coisas legais, como se a vida tentasse me compensar, me alegrando novamente a cada passo. Um pouco adiante estavam cortando a grama, e um dos cheiros que eu mais amo é o cheirinho de grama recém cortada! Isso é tiro e queda pra me fazer bem... é uma delícia. Ai a inspiração já veio junto e tirei umas fotos pelo caminho. No ônibus de volta pra casa vi uma guria naquele perfil de pessoas que acabo por me simpatizar mesmo sem conhecer. Eu e ela estávamos lendo, o tênis dela era igual ao meu, então claro me identifiquei. Pena não estarmos muito perto pra eu tentar puxar conversa. (desconfio que o livro dela era um que eu queria ler, pelo que vi pela capa) Quando me levantei pra descer, não vi qual era o livro que ela estava lendo, pois tinha o guardado, mas consegui ler o que estava escrito na camiseta dela. "Despache mode", nome de banda. Desci cheguei em casa e fui ver que raio de banda era essa, o nome me soava familiar, mas não estava conseguindo assimilar. Então fui pesquisar e vi que era uma banda dos anos 80 e que muitas das músicas eu já tinha escutado, só não sabia quem cantava. Acabei curtindo. Me pareceu ser a mesma experiência de anos atrás, comecei a curtir Judas Priest depois que vi um senhor com a camiseta da banda no ônibus. Eu achei interessante no caso da guria que vi hoje é que ela certamente era bem nova, ou seja ela não era nascida quando a banda Despache Mode estava no auge. Acho legal isso da pessoa gostar de algo fora de época, não por ser "cult", mas porque mostra que ela não gosta de algo só por ser o que está tocando no momento, foi uma escolha. Não que a pessoa não possa gostar de algo do momento, falo aqui de gente que se deixa condicionar só pelo que está rolando e não busca algo fora disso, não tendo assim um próprio gosto musical. É legal quando você descobre músicas boas que já existiam e falavam do que você sente agora antes mesmo de você nascer. E tem bandas dos anos 80 que eu realmente amo, por isso não foi difícil gostar de mais essa. Ainda mais com as letras das músicas com as quais pude ver muito de mim descrita. Nem sei quem era a fulana no ônibus mas agora sou grata a ela. Tá vendo... era pra ser um dia perdido, mas rendeu um passeio, rendeu fotos, rendeu músicas... mas isso não vai me fazer amolecer quanto a minha falta, não quero fazer parte dessa coisa de que brasileiros deixam pra fazer as coisas sempre de última hora. Quem sai perdendo nisso sou eu então chega.       

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