quinta-feira, 23 de julho de 2015

23.07.2015 Flor que não se cheira

Estava passando na rua quando me deparo com esse girassol que é enorme a flor tem o tamanho da minha cabeça rsrs e resolvi tirar uma foto. Embora eu até ache bonito eu não gosto dessa flor, amo insetos mas não simpatizo com as abelhas [embora admire a importância que elas tem para a natureza] e nunca dou sorte... é me aproximar dos girassóis pra essas danadas aparecerem, então já evito. Desta vez até que dei sorte, e pude apreciar a beleza do girassol sem alardes.
Cheguei em casa e decidi que ia dar um jeito nas plantas que tem no final da rua que moro. As ervas daninhas estavam tomando conta e dando um aspecto de descuido ao lugar. Fui até lá e gastei ao menos uma hora arrancando as daninhas e limpando a terra. Descobri que embora seja uma tarefa cansativa é bom pra quando eu estiver estressada, já que arrancar as daninhas pela raiz exige força, seria um belo meio de descarregar a raiva em algo produtivo. Sei que não é o tipo de trabalho que é elogiado, ou se quer notado, mas fiquei bem satisfeita de ter realizado essa tarefa, as árvores que estão plantadas ali pareciam agradecer o cuidado. Achei que o post de hoje seria apenas sobre isso. Mas durante a madrugada, quase amanhecendo algo ocorreu. Uma espécie de parte II do dia 30/01. A diferença é que desta vez eu tinha a distância a meu favor. Embora a catástrofe seja a mesma. Engraçado como mencionei o Mr. Big dias atrás e o equivalente a ele me surge do nada numa madrugada dias depois. Eu realmente achei que existia uma amizade possível, mas é hora de admitir que não. Eu me sinto como as árvores do final da rua... estou cercada de ervas daninhas que me sufocam, pareço estar largada ao dividir espaço logo com quem interfere atrapalhando no meu desenvolvimento. É por isso que por mais que eu tenha me habituado a este terreno descuidado, que doa a quem doer é preciso que o mal seja cortado pela raiz. Dá trabalho, as mãos ficam machucadas, [já que são muitos os espinhos] mas é o que tem de ser feito, ambos sabemos mas ninguém tem audácia de admitir. Algo que te faz mal, mas que você aceita por simplesmente estar acostumado: burrice. Sempre que me aproximo dessa criatura me distancio de mim mesma. Isso tudo me faz lembrar uma frase do livro a insustentável leveza do ser: "Mas era justamente o fraco que deveria saber ser forte e partir quando o forte fosse fraco demais para poder ofender o fraco." Já é difícil carregar minha parcela de culpa, não posso aguentar a culpa por nós dois. Debocha das consequências, e é ai que nossas diferenças começam a entrar em conflito. Eu sempre gosto de associar as pessoas ao que de bom elas representaram pra mim, por mais que tivemos bons momentos, não consigo mais te ver sem pensar que representa um erro. E mesmo não existindo nada ainda existe esse mal-estar que a gente tenta [em vão] converter em algo bom, e a cilada está justamente ai: tem coisas que não sobrevivem as mudanças. Você conhece bem minhas fraquezas mas chegou a hora de conhecer minha força. Preciso arrancar essas raízes, e diferente do que pensava nem mesmo será difícil, já que se permitiu ser tão superficial.   

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