quarta-feira, 22 de julho de 2015

22.07.2015 Haja luz

Em desenhos animados a forma de ilustrar quando alguém tem alguma ideia é geralmente colocando uma lâmpada encima da cabeça do personagem. Eu na vida real posso dizer que vivo isso literalmente, já que meu abajur fica na parte de cima da minha cama, e é geralmente nas madrugadas em claro quando acendo essa coisinha que me vêem boas ideias. Eu lembro de quando fui comprar esse abajur. Tinham várias cores, preto, branco, prata, vermelho... mas eu me apaixonei pelo rosa. O mais estranho é que odeio essa cor. Quando coloquei ele no meu quarto a primeira coisa que minha mãe disse foi: "porque escolheu rosa?" com uma cara de quem queria rir. Realmente vindo de mim essa escolha era irônica. Mas se for ver há tantas coisas que escolho na vida que não condizem com o que as pessoas esperam de mim. Que vão contra até mesmo o que eu pensei que sabia a meu respeito. E sabe por mais contraditórias que escolhas assim sejam creio que há algo de interessante nisso, de superar um tipo de padrão auto imposto, de ver que não dá pra generalizar, de experimentar uma coisa diferente, a gente se descobre nessas coisas pequenas. Quantas e quantas vezes não acendi esse abajur pra ler, escrever, pra desenhar, pra simplesmente usar como sinal de desistência das tentativas de pegar no sono e ficar encarando o teto com o pensamento longe. Estranho como coisas que antes não nos faziam falta alguma a partir do momento que entram nas nossas vidas a gente se torna rapidamente dependente. Eu não me imagino mais sem um abajur pra clarear as ideias que vem nas madrugadas. Me conheço e sei que tem coisas que eu não teria feito por conta de não querer levantar a noite pra acender a luz do quarto rsrsrs Eu realmente gosto dessa coisinha cor-de-rosa é só um abajur, mas também é fonte de ideias, também é a própria contradição, e assim acaba sendo muito mais do que parece.

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