quarta-feira, 29 de abril de 2015

29.04.2015 Maria Fumaça

Hoje acordei decidida de que iria a Indaiatuba me aventurar na procura pelo museu ferroviário. Eu nunca tinha ido até essa cidade de ônibus, muito menos sozinha, mas achei que seria desafiador ir lá, onde não conheço quase nada e teria que me virar na raça sabendo que sou descoordenada e atrapalhada o suficiente para acabar me perdendo. Acho que isso deu até mais emoção ao desafio. Então entrei no ônibus confiante. A paisagem do percurso me fez até fechar o livro. Cercada pelo verde dos morros e sítios, aquele misto do rural em meio a natureza me trás paz e é ótimo para se apreciar. Só  o trajeto já valeu a pena. Depois chegando lá em território novo [pois em Indaiatuba só fui a lugares específicos, nunca bati perna por aquelas bandas] fiquei meio assustada pois ai veio aquele choque de realidade "por onde é que eu começo?" Mas eu sou doida porém precavida. Dei print no mapinha que montei do trajeto pelo google maps [já que o gps do meu cel não vale nada e nunca funciona quando preciso] e ai tinha uma ideia vaga de como chegar, ao menos tinha o nome das ruas que deveria entrar. A principio parecia que ia ser fácil, achei os primeiros locais de boa, mas depois veio o problema... não achava a próxima rua, andei a rua Tuiuti inteirinha e nada. Nisso minhas pernas finas já estavam começando a demonstrar cansaço e o sapato não ajudou muito. Uma coisa que reparei é que ser pedestre nessa cidade é quase suicídio. Ninguém dá a vez pros pedestres atravessarem nas faixas [nem mesmo dão ceta] e a maioria das ruas por onde passei não tinham semáforo, resultando que quase fui atropelada algumas vezes. Mas segui em frente. Sobrevivi.
No mapinha mostrava que o local era bem perto então eu parei e pensei que deveria ter deixado de notar algo. Insisti mais uma vez, mas agora resolvi esquecer um pouco o cel e pedir ajuda. Numa praça fui salva por um senhor de aparência bem simples, aparentava até ser morador de rua. Ele tinha a barba longa e branquinha, com um bigode com as pontas levantadas pra cima estilo o visual do século XIX, tinha cara de filosofo com trajes meio surrados. Fui até ele. Disse o nome da rua ele a principio hesitou como se não recordasse, mas quando falei o nome da praça Newton ele logo associou as coisas e foi a única pessoa que pareceu saber onde era. Fiquei aliviada. Depois segui as coordenadas dele. Percebia que se tivesse seguido o celular nunca teria chegado no local. Mas cai numa outra praça que não era o meu destino. Pedi ajuda a um vendedor de guardanapos, e ele disse que era só descer na rua da frente. E ai finalmente eu consegui achar o lugar. Rodei tanto antes de chegar lá que conheci bem a cidade então o tour valeu a pena. Novamente entrei num casarão antigo com aqueles pisos de madeira que rangem <3 Dei uma olhada e li boa parte das coisas lá no museu, achei bem interessante e bacana, tirei foto de tudo e constatei que valeu a viagem. É um museu pequeno, simples, mas bem montadinho, assim como ontem, o próprio lugar já é uma atração independente do que guarda lá dentro. Depois fui lá fora para tirar fotos da Maria Fumaça. Eu adorei! Sou louca por trens e coisas antigas então estava surtando ali diante de uma coisa tão magnifica. Tirei muitas fotos, até levei a câmera Werlisa para registrar numa câmera de filme também. Foi muito gostoso estar ali, somando tudo: ter me aventurado numa outra cidade, conhecer lugares enquanto eu estava perdida, ter que me virar, chegar ao meu destino, gostar de verdade do museu, estar perto de uma coisa que me faz bem mesmo que eu não saiba o porquê. Foi maravilhoso, e não dá pra narrar, pra qualquer pessoa isso não é nada demais, ir numa cidade e achar um museu. Mas pra mim teve todo um significado.
Voltarei a Indaiatuba mais vezes. Passei por lojinhas que quero conhecer, a cidade também tem aquele lado mais antigo que eu tanto gosto. Esbarrei por lá com essas portas "semi-gêmeas" achei legal que os telhados também tem essa troca de cor. Vi umas outras coisas legais também e se fosse por foto de tudo o poste ia ficar saturado de tanta coisa. Aliás o blog era pra ter uma única foto por post, mas ultimamente não tenho me contido. Há sempre a foto principal, no caso sempre a primeira que posto [que serão as que formarão o álbum com as 365 fotos ao fim deste ano].
Em Indaiatuba descobri outras conexões que vão me possibilitar de ir a novos lugares também. E me poupa o transtorno de ter que ir até SP capital. E eu acho que ir de ônibus é bacana porque eu acabo tendo que me virar. Há até a possibilidade de eu ir a Boituva de busão, ou seja, pra pular de para-quedas agora não preciso pensar mais no problema da locomoção, já que meu carona/irmão vai casar e não vai mais poder topar todas aventuras que eu invento. Falando nisso finalizei o dia indo com ele agora a noite no shopping ajudá-lo na compra de roupas para a viagem de lua-de-mel. Não resisti e trouxe uma boina pra mim, eu ando colecionando chapéus inconscientemente rsrs aliás eu hoje fui até lá com uma boina para imitar um visual meio maquinista rsrsrs eu sou retardada mesmo. Mas enfim, foi um dia ótimo que ficará na lembrança. 

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